◇ VII - O Velório da Liberdade

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Desde os primórdios do reino era de conhecimento geral que a família real recebia uma educação de primeira, sendo doutrinados a seguir uma rotina de estudos, boas maneiras, esportes e política. E baseado no que Iwaizumi pode acompanhar do tempo em que esteve em contato com o príncipe, era clara a diferença de intelecto de uma pessoa de classe alta, apesar de que Oikawa tivesse uma naturalidade e humildade surpreendente para alguém que cresceu sendo mimado por todos.

Sua irmã mais nova por outro lado, era o que poderia ser esperar de uma princesa, postura perfeita, sorrisos gentis e um vocabulário mais culto do que Iwaizumi se sentia confortável em presenciar.

Mas depois de alguns minutos de conversa – e a vontade de Tooru de deixar o ambiente mais amigável – ficou claro que Yamaka tinha basicamente a mesma personalidade de Oikawa, e quando os dois estavam juntos era uma disputa de quem falava mais. Iwaizumi também brincou um pouco com Takeru que era provavelmente a criança mais adorável que ele já conheceu. Nenhum dos irmão disse nada sobre o fato da princesa ter tido um filho que ninguém tinha conhecimento, ou sobre quem era o pai da criança, e Iwaizumi também não perguntou.

Mesmo sendo da família real, o soldado notava a simplicidade dos irmãos, era algo discreto e reconfortante, não passavam um por cento da superioridade que diziam que a família real tinha.

Antes que ficasse muito tarde eles voltaram para o quarto de Oikawa para que o mesmo pudesse se trocar para o café, naquele ponto, todo o castelo já estava muito barulhento, todos se preparavam para a chegada das delegações das famílias reais.

Iwaizumi se sentia inevitavelmente nervoso, nunca tinha chegado tão perto de pessoas tão importantes, sem falar que aquela era a semana em que o príncipe estaria mais exposto a riscos. Dali em diante Iwaizumi e os outros guardas teriam que fazer uma guarda reforçada. A pressão que sentia era enorme. Porém Iwaizumi se acalmava um pouco ao ver o sorriso tranquilo do príncipe, mesmo que por dentro ele também devesse estar um turbilhão de emoções.

Dessa vez, Oikawa tomou seu café da manhã ao lado do príncipe regente e sua avó, a refeição foi a portas fechada e nem mesmo os serviçais puderam estar presentes.

Os dois passaram um tempo no jardim aproveitando o sol e o vento característicos do outono eu seu rostos. Conversavam pouco, deixando o silêncio reinar na maior parte do tempo enquanto viam alguns dos cachorros da família real brincarem sobre a grama verde. O príncipe parecendo relaxar com o calor gentil do sol da manhã sob seus cabelos castanhos que, com a luz, estavam quase loiros.

As 11, muitos dos funcionários e guardas se dirigiram para a entrada do castelo, a família real — que Iwaizumi descobriu ser muito grande — aguardava os convidados na sala do trono.

Enquanto isso Oikawa e Iwaizumi estavam em uma pequena sala ali perto junto com outras três pessoas.

— Já que trabalharemos diretamente com vossa alteza de agora em diante, acho válido que possamos nos conhecer... — pronunciou Tanaka ao príncipe que sorria animadamente para os outros — este é Issei Matsuwaka e Takahiro Hanamaki. — os dois soldados se curvaram respeitosamente e Iwaizumi segurou a risada ao ver como os amigos estavam nervosos.

— Não precisa de toda essa formalidade, já que passarão tanto tempo comigo, vocês já são meus amigos! — Os quatro soldados o olharam com um olhar questinador. Se permitindo rir depois pela forma informal como o príncipe tratava seus subordinados.

Não foi necessário mais muito tempo até todos estarem conversando animadamente, Iwaizumi sendo o mais calado de todos, a verdade era que adorava ver o príncipe interagindo com outras pessoas, a forma como ele ria, brincava e deixava o ambiente confortável pra qualquer um, principalmente vê-lo interagir com seus amigos o deixava com um sensação muito boa.

Vida Longa ao Rei! ◇ Iwaoi ◇Onde histórias criam vida. Descubra agora