Capítulo 13 - Seguindo o coração?

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- Você é um jornalista ou um rato? Todos aqui em teoria são profissionais então por que você está agindo de forma tão rude e preconceituosa?

Eu falei exaltado e comentei pouco depois segurando firme a mão de Fluke que estava visivelmente assustado:

- O seu trabalho como jornalista e relatar os fatos que estão acontecendo. Ou seja, confirmar na sua revista de quinta o nosso relacionamento. Nós dois não fizemos nada errado.

Aquele homem repugnante bufou para mim e rindo de nós ele falou:

- Doí ver como pessoas como vocês mancham o nome da nossa indústria.

- Suponho que, você quis dizer pessoas como você. Afinal é você que está envergonhando aos seus colegas com tal atitude.

Falou Fluke ainda assustado com a postura do jornalista e eu completei:

- Saiba que eu prefiro ser um homem de verdade que protege quem ama. Do que ser alguém que tenta criar um conflito sem sentido e age como um rato apenas tentando prejudicar outra pessoa.

- Posso ser um rato, mas ao menos não estou desesperado para dormir com um afeminado.

Rebateu aquele homem nojento e eu sem conseguir me conter avancei para cima dele e dei um belo soco na cara.

Meu primo que até então observava me afastou e me pediu calma. Minha mão ficou dolorida, mas ainda assim não me arrependi do que fiz.

P'New mandou retirar o jornalista da sala e avisou que um comportamento como este não seria tolerado. Demorou alguns minutos para retornarmos as nossas posições, mas quando o fizemos Fluke falou:

- Espero que possamos seguir com a coletiva sem grandes problemas. Eu sei que para os olhares de muitos aqui não mereço um homem como Ohm. Admito que eu também pensei isso por um tempo, mas agora eu entendi que tenho que seguir meu coração e confiar que ele corresponde os meus sentimentos com a mesma intensidade.

O abracei por trás e sentindo o seu perfume cítrico lhe dei um selinho doce sem vergonha alguma na frente de todos. Vi o choque de alguns jornalistas e comentei:

- Meu namorado é um excelente ator e consegue fazer qualquer um dos papeis que se propõe. Se alguma empresa resolver negar trabalho para ele devido à nossa escolha pessoal de vida vai ser lamentável e eu só tenho uma coisa a dizer sobre isso.

Respirei pausadamente deixando eles tirarem mais algumas fotos e falei:

- Quem vai sair perdendo é a empresa.

Respondemos mais algumas perguntas, mas logo nos despedimos e eu admito que quando chegamos ao camarim eu estava cansado.

- Ok, certamente foi mais estressante do que eu esperava. Espero que de algum resultado.

Eu falei e logo vi que o pequeno estava fuçando no celular e olhando a time line do twitter. Imaginei que estaríamos no foco naquele momento e perguntei:

- Tem muita coisa a nosso respeito?

Ele concordou tremendo e eu assustado com a sua reação me aproximei querendo ver no seu telefone o que exatamente abalou tanto ele.

- Eu posso ver?

Pedi e logo peguei seu aparelho. Notei algumas lágrimas percorrendo seu rosto e fiquei assustado por um momento.

Admito que olhei para a tela do celular com medo, mas fiquei surpreso com o que vi e por este motivo perguntei:

- Meu amor por que você está chorando se essa postagem que você estava vendo é...

Falsidade ou realidade?Onde histórias criam vida. Descubra agora