Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! São dez e meia, eu deveria estar no escritório ás dez para me preparar para uma reunião importantíssima que começa -ou deveria começar- ás dez e meia. Céus, eu não deveria ter chegado tão tarde! Tudo culpa do Lamar. A nível de curiosidade, Lamar é o meu melhor amigo, sempre saímos para altas noitadas aos domingos, para dar aquele gás na semana, sabe?! Ontem eu não estava tão a fim de sair, mas ele insistiu e fez a carinha de cachorro que caiu da mudança que só ele sabe fazer. Eu não tive como dizer não diante daquela fofura. Saí, enchi a cara, acordei ás seis da manhã no apartamento de um desconhecido -para a Any sóbria, porque a Any bêbada deveria conhecê-lo muito bem- e acordei atrasada. Que ótima maneira de me preparar para uma reunião importante!
Calço meus tênis depois de me enfiar em um conjunto jeans com uma velocidade avassaladora e desço para tomar um café a jato.
-Bom dia, Dorota, tem como fazer aquele bolo de caneca que eu amo em, hmmm… cinco segundos?
-Bom dia, dona Any, o bolo de caneca acabou, a senhorita havia me pedido para comprar mais e eu estava indo ao mercado agora.
-Puts! O dia mal começou e já está tudo dando errado. Tudo bem, eu posso passar no Starbucks perto do escritório.
Dito isso, eu saio da cozinha na velocidade da luz e entro em meu carro, um Porsche preto blindado. As meninas insistem que eu deveria ter um motorista particular, com seguranças e toda aquela coisa de gente rica, mas eu prefiro ser completamente independente, odeio ter que dividir minha liberdade com outras pessoas, mesmo que elas só estejam ali para me proteger, me sinto presa, sabe?! Já tentei, sim, ter seguranças, foi três anos atrás, no auge dos meus 24 anos, por conta de problemas dos quais não quero me lembrar, eu precisei de proteção, mas, obviamente, não consegui aturar isso a longo prazo, dispensei os homens seis meses depois.
Dez minutos depois, estou passando pela enorme porta de vidro do Soares & Associados, meu escritório. Passei pelo drive thru do Starbucks e peguei meu tradicionalíssimo expresso de creme com chantilly, esse café, sem dúvidas, me deixa 100% mais preparada para enfrentar o mundo.
Pego o elevador, que graças ao céus está vazio e subo rumo á cobertura, onde o cliente -que eu não faço ideia de quem seja- exigiu que fosse a reunião, com certeza é um daqueles artistas metidos á besta que querem tudo do seu jeito, o cara parece ser tão estrelinha que nem ao menos me ligou para acertar os detalhes de seu caso, que eu não sei ao certo sobre o que se trata.
Dou bom dia para Lily, a secretária, e me dirijo ao amplo espaço destelhado que dá vista para o Central Park.
Assim que o figurão se vira, dou de cara com a última pessoa que eu imaginaria encontrar na minha advocacia e… na minha vida. O cara que eu quase me joguei em cima para conseguir um autógrafo no show de Chump Change aos meus 17 anos, o astro do meu filme favorito. Ninguém mais, ninguém menos que Noah Urrea, um deus grego perfeitamente arrumado e alinhado em seu terno feito de pura seda.
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Não existe amor em Nova York- Noany
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Any Gabrielly estaria disposta a superar a dor do luto e seguir em frente? As pessoas realmente são quem elas dizem ser? O amor existe em Nova York? Só saberemos as respostas quando essa história chegar ao fim.