Assim que a Any vai embora, saio logo atrás para entregar seu colar de girassol, ela o tirou em algum momento do qual não me recordo e acabou esquecendo. Corro para tentar alcança-la, mas o elevador chega antes. Penso em grita-la, mas mudo de idéia, se eu ficar com o colar, é mais uma desculpa para vê-la de novo. Quando estou me virando para voltar ao apartamento, uma cena me surpreende da pior maneira possível. A Any beija alguém que ela aparentemente não conhece. Quando ela dá espaço, percebo que era o Collin, meu ex advogado. Que talarico!
Ainda sem conseguir processar o que acabou de acontecer, entro furioso em casa e quebro tudo. Tenho um acesso de raiva que há anos não tinha. A última vez que me decepcionei tanto com alguém assim foi séculos atrás.
Quando destruo todas as louças da casa, sento no sofá e caio no choro. Não consigo entender porque ela fez isso comigo, não faz sentido, não entra na minha cabeça. Eu a levei para o meu quarto, eu nunca tinha levado ninguém lá. Eu fui atrás dela no Canadá. Eu fiz tudo o que eu jurei nunca fazer por outra pessoa, por ela. Ainda não consigo acreditar em tudo isso.
Estou indo para o banheiro tomar um banho frio para relaxar, até que a campainha toca, fico em silêncio e finjo que não estou em casa, mas não adianta.
Abro a porta e vejo a última pessoa que eu esperava e queria encontrar. Collin. Ao vê-lo raciocino que o motivo pelo qual ele veio ao meu apartamento foi para falar comigo, meu ódio só aumenta.
-O que você quer?-Digo antes que ele entre.
-Uau, é assim que você recebe suas visitas agora?Não sentiu saudades?
-O que você quer?-Repito seriamente.
-Olha, hoje nem o seu mau humor vai conseguir estragar a minha noite. Acabei de beijar…
-A MINHA GAROTA. VOCÊ ACABOU DE BEIJAR A MINHA GAROTA NA MINHA FRENTE.- Esbravejo depois de interrompê-lo.
-O que?Sua garota? Espera, então aquela gos…
-Nem termina. Sai daqui. Agora.
-Calma, cara. Vamos conversar.
-SAI DAQUI.-Grito e ele vai embora sem pestanejar.
Ainda atordoado, decido viajar. Ficar aqui não vai me ajudar em nada mesmo. Arrumo minhas malas em velocidade recorde e decido o destino no caminho até o aeroporto. Cartagena de las índias. Colômbia. Onde nasceu o meu único e maior amor. Vai ser bom poder relembra-la um pouco mais. A dor de não ter ela comigo é levemente curada com as lembranças que tenho dos poucos momentos que vivemos juntos.
Chego no aeroporto e descubro que o vôo mais próximo sai em 4 horas. Decido esperar por aqui mesmo.
Despacho minha única mala, faço o check-in, reservo o hotel de sempre pelo celular e a hora passa sem que eu perceba. Entro no avião disposto a deixar todos os meus problemas em Nova Iorque e a voltar renovado no ano que vem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não existe amor em Nova York- Noany
Fanfic[EM ANDAMENTO] Any Gabrielly estaria disposta a superar a dor do luto e seguir em frente? As pessoas realmente são quem elas dizem ser? O amor existe em Nova York? Só saberemos as respostas quando essa história chegar ao fim.