Automático.

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Eu não ligo pra você, Pode ir, apaga meu contato da agenda

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Eu não ligo pra você, Pode ir,
apaga meu contato da agenda.

Faça de conta que as nossas conversas foram um um delírio coletivo.
Faça de conta que só fez parte de um livro.

Caia, chore aos meus pés.
Eu não sinto pena,
Eu não sinto empatia,
Eu não sinto, que senti algo por ti um dia.

A última mensagem foi tua, se embebede dela.
Eu não volto mais,
Eu não venho atrás.
Talvez eu venha um dia,
Mas com outra energia.

Será falta de empatia?
Será que me abandonei na agonia?
Será que saí de mim, e transformei tudo em apatia?

Estou num vácuo, onde dia após dia,
Tudo que vejo,
Tudo que sinto,
Tudo que faço,
É apenas monotonia.

Eu não me incomodo,
Pelo contrário é aqui onde faço meu lar e me acomodo.

Não se sinta incomodado,
Não se mova para o meu lado.
Eu criei esse espaço,
Eu alimento meu demônios,
Eu aperto o laço.

Não se preocupes,
essa falsa empatia,
que carrega como uma grande arma,
em um mundo sem amor,
Será substituída por uma onda de dor.

Não sorria para mim,
Não venha estender a mão.
Eu faço meu caminho de solidão,
Eu mesmo saio sozinho da minha prisão.

Aqui é oco,
É tosco,
A falta de ar, dói mais que um soco.

As ações que tomei até aqui, com o automático ligado.
Vão refletir no futuro,
com certeza viverei amargo.

Se acaso eu criei a minha própria muralha,
e eu mesmo acendi minha fornalha.
Não preciso que mova sequer algumas palhas,
Pra me tirar dessa eterna prisão, onde a solitude me alimenta de migalhas.

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