𝐂𝐡𝐚𝐧𝐠𝐢𝐧𝐠 𝐌𝐲 𝐋𝐢𝐟𝐞 [livro 1] (tradução)

Capítulo 14

POV Tony

   Eu não queria ir sentar lá com a equipe e conversar com Steve como se nada tivesse acontecido. Em vez disso, fiquei apenas nos corredores, ouvindo sua triste história. 

   Começar a vida novamente em um período de tempo diferente é provavelmente mais difícil do que parece. Steve também disse que sempre foi gay.  

   Interessante. 

   Eu sorri imaginando o Steve pré-soro. Meu pai tinha vídeos do processo armazenados em algum antigo arquivos da S.H.I.E.L.D. que eu assisti. Steve definitivamente parecia o covarde que todo mundo perseguia até que ele saiu daquela unidade de contenção com abdômen fortemente definido. 

   Pensei em toda a conversa deles, repetindo certas partes em minha cabeça. Steve disse que iria ver a sua melhor amiga dos anos 40, que por acaso é a mãe de Ace? 

   Uau. 

Claro, quando cheguei ao laboratório, comecei a pesquisar mais arquivos sobre a situação. 

   Peguei registros da guerra mundial, Hydra, e aprendi mais sobre o soro que injetaram em Steve. Então eu descobri algo que realmente chamou minha atenção. 

   Meu pai ajudou a criar o soro do super soldado, que eu conhecia, mas ele também trabalhou em estreita colaboração com o Agente Carter. Ela costumava estar fora da rede, então era difícil desenterrar seus arquivos, mas Jarvis decifrou o código. 

— Ela trabalhou com Howard. — eu disse pensando em voz alta. — Talvez eu possa perguntar a ela sobre-

— Tony!

   Eu me virei e vi um Clint furioso marchando direto para mim. Ele tinha o arco na mão e a aljava de flechas nas costas. 

— O que eu fiz dessa vez? — suspirei.

— Você me colocou ao lado de Pietro para treinar! Eu tento evitá-lo e você me força a treinar com ele. — ele ferveu. Ele parecia zangado e exausto. 

— Não foi totalmente minha culpa. Steve criou os horários de treinamento-

— Bem, mude o meu. — ele disse rapidamente e bateu com o arco na mesa à sua direita. 

— Pergunte a Steve. Não tenho tempo para isso agora. — eu disse rejeitando seu pedido. 

   Clint suspirou e se deixou cair em uma cadeira. Sentei-me na mesa na frente dele e coloquei minha cabeça em minhas mãos. 

   Tudo ficou em silêncio enquanto Clint e eu estávamos exaustos e minha mente estava correndo. O silêncio não durou porque logo Clint falou. 

— O que você tem? — ele perguntou em uma voz muito mais gentil, mas ainda cansada. 

— Nada. — respondi rapidamente. Ele encolheu os ombros e ergueu os braços em sinal de rendição. 

— Ok, ok. Eu entendo.

   Silêncio. 

— Se você precisar conversar, estou aqui. — ele praticamente sussurrou. 

   Eu sorri com isso. Talvez seja por isso que Clint e eu nos demos melhor do que qualquer outra pessoa da equipe. Ele conhecia meus limites e minhas mentiras. Ele sabe que não vou compartilhar meus pensamentos até que esteja pronto.

— Eu estraguei tudo. — eu disse simplista. 

— O que há de novo? — ele zombou. 

   Eu mostrei o dedo do meio para ele, fazendo-o rir.