Capítulo 6 - Continuação..

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Quando terminamos o treino de tiro, levei-os para almoçar. Ao chegar lá, mandei que se dispersassem para comer e me sentei na mesa de Zeke para livrar um pouco minha mente.. Não me demorei muito, pois eu e os novatos, ainda tinhamos muito o que fazer, e eles muito o que aprender.

Levei-os até uma sala, onde eu ainda não os havia levado. Quando entramos, percebi que eles olhavam para tudo, e então pararam e repararam no que eu realmente os trouxe para reparar, que no caso, era um quadro de giz, que eu creio que nem se usavam mais em escolas, que era o quadro de pontuação deles. Nós na Audácia, nunca pensamos muito em tecnologia, mas sim em praticidade e eficiência.

No quadro, seus nomes estavam escritos em ordem alfabética. Em uma outra extremidade da sala, estavam os sacos de pancada, que sinceramente precisavam ser trocados, de tantos remendos e de tanto desbotamento. 

Pedi que se alinhassem em minha frente, de forma que fiquei no meio para que todos pudessem me ver e ouvir. Então comecei dizendo:

- COMO EU DISSE ESSA MANHÃ,  A SEGUIR, VOCÊS IRÃO APRENDER COMO LUTAR. O PROPÓSITO DISSO É ENSINA-LOS COMO AGIR. COMO PREPARAR SEUS CORPOS PARA RESPONDER A AMEAÇAS E DESAFIOS.  O QUE VOCÊS IRÃO APRENDER SE PRETENDEM SOBREVIVER A VIDA DA AUDÁCIA.

Continuo meu belo discurso dizendo:

- VAMOS TREINAR TÉCNICA HOJE, E AMANHÃ VOCÊS IRÃO COMEÇAR A LUTAR UNS CONTRA OS OUTROS. ENTÃO EU RECOMENDO QUE VOCÊS PRESTEM ATENÇÃO. AQUELES QUE NÃO APRENDEM RÁPIDO, VÃO ACABAR MACHUCADOS.

Nossa, até que não é ruim ser instrutor e passar meus conhecimentos em diante. É legal se sentir o dono do saber. Mas talvez, o Erick se vangloriasse com isso. Eu apenas consigo achar legal, e sinto que de alguma forma, consigo ajudá-los diretamente. Comecei a tentar imaginar como eles se sairiam. Então comecei a mostrar diversos golpes de ataque e defesa, com os braços, com as pernas e etc. Demosntrei primeiro no ar, e depois como deveriam agir com uma pessoa, mas aí, eu treinei para que vissem no saco de pancadas pendurado mesmo, já que não tinha nenhum voluntário. RSRS

Quando terminei a demostração, pedi para que cada um se dirigisse a um saco e começasse o treinamento. Vi que algum tiveram bastante dificuldades, então comecei a caminhar por entre eles, para analisar. Se eu visse alguém precisando de conselho, assim eu o faria, e ajudaria. Seria mais fácil.

Enquanto eu andava, não sei como, não conseguia tirar meus olhos de Tris. "QUATRO, CONTINUE COM SEU PAPEL. INSTRUA QUATRO. FOCO". Mas não dava, o magnetismo era maior que meu senso de trabalho. Isso nunca ocorreu. Mas ao chegar mais próximo, percebo uma certa dificuldade, e uso essa descupa para me aproximar, daquela linda CARETA. Sorrio mentalmente. "ESTÁ SORRINDO DE QUÊ, QUATRO? VIROU RETARDADO!". Rio de mim mesmo, pelo pensamento. Então paro em sua frente. Percebo que ela nota minha presença muito facilmente, e percebo ela ruborizando. "SERÁ QUE EU CAUSO NELA, O MESMO SENTIMENTO QUE ELA CAUSA EM MIM?"..  Então eu a encaro, e não consigo disfarçar, a olho de cima para baixo diversas vezes. Dou o olhar mais frio possível, mas clínico possivel. Me contolando. E para ela ter certeza, que de eu estava a desejando em minha mente, e eu realmente estava, disse a ela:

- VOCÊ NÃO TEM MUITOS MÚSULOS. O QUE SIGNIFICA QUE VOCÊ SE SAIRIA MELHOR USANDO SEUS COTOVELOS E JOELHOS. VOCÊ PODE COLOCAR MAIS FORÇA NELES.

Eu não resistir, podia muito bem falar para ela fazer algo, mas tinha que sentir o contando com seu corpo. Então como estava atrás dela, coloquei minha mão na altura de seu estômago. "UAU", penso comigo. Uma eletricidade passou por mim, como se eu tivesse acabado de encontar em um fio desemcapado. Era algo maravilhoso de se sentir. Meu coração começou a bater muito forte, parecia que ia explodir. De repende reparei que ela me olhava com olhos arregalados. E algo me dizia que ela sentia o mesmo, com meu toque. Então, tinha que arrumar uma desculpa para meu toque, então pensei em algo sensato que ela realmente deveria fazer. Então eu disse:

- NUNCA SE ESQUEÇA DE MANTER A TENSÃO NESSA ÁREA.

Eu sabia que se continuasse ali, com a mão nela, não iria conseguir me conter, e com certeza, eu a iria bejar. Agora eu percebo, como gostaria de beijá-la, toda aquela tensão, os olhos dela me encarando, seus lábios rosados e cheios. O que está acontecendo comigo. Saí dali andando o mais rápido que eu pude, olhando para os demais alunos e tentando esquecer "A SITUAÇÃO".

Percebi que depois daquele acontecimento, eu precisava de um banho, e comer. Então dispensei os novatos, e lhes disse para ir jantar. "AI QUATRO". Meu pensamento, em uma única palavra, me alertava.

Divergente - Tobias EatonOnde histórias criam vida. Descubra agora