Capítulo 10 - Terceiro dia de treinamento..

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Depois desse sonho tão ruim que eu tive, acordei e não consegui dormi mais. Faltava pouco tempo para eu me levantar, então fiquei na cama reflentindo sobre minha vida, e seus recentes acontecimentos. Minha vida estava dando voltas, assim como meus pensamentos, mas todos se voltavam para Tris. Que droga! Não sei se é uma benção ou uma maldição, mas eu me apaixonei por ela. Sinto que ela é minha força e minha fraqueza, meu tudo e meu nada. Eu queria tê-la em meu braços, cuidar dela. Queria amá-la sem resevas. Mas será que ela sente a mesma coisa por mim? Eu nunca me deixei transparecer em nada. Sempre com minha pose de "BOM INSTRUTOR". Como eu poderia demostrar meus sentimentos, sem que os outros percebam, apenas ela. É difícil!

Eu estava tão preocupado pela luta de ontem dela com Peter. Ela estava no hospital. Eu queria estar com ela e cuidar dela, da mesma forma, que eu não suportaria vê-la daquele jeito! Só de pensar em seu pequeno rosto escorrendo sangue ontem, me dá um aperto no coração. mas apesar de seus ferimentos, percebi que ela pode ser pequena e frágil, mas também percebi que ela é forte, tem garra, e não desisti. Pensei em quantos alunos mais fortes, inclusive Al, estavam entregando as lutas, mas ela não. O medo apenas a torna mais forte e determinada! "PORQUE TODO MEU PENSAMENTO ESTÁ VOCÊ TRIS? SERÁ QUE VOCÊ TAMBÉM ESTÁ PENSANDO EM MIM?", que aflição!

Resolvi me levantar, fui até meu banheiro, tomei meu banho me vesti, e desci para o refeitório, pois combinei com os novatos de encontrá-los hoje no trilho de trem para nosso próximo treinamento. Será que ela vai? Eu achava que não, pois seus ferimentos foram feios. "SEGURA CORAÇÃO"...

Me sentei na mesa de Zeke. Conversamos um pouco. Ele me disse como seu irmão estava animado com os treinamentos e sua posição no ranking, disse que ele era um dos melhores novatos, para não dizer o melhor. Mas eu estava muito monossilábico, sem muito o que dizer, eu apenas consentia e ouvia. Então quando eu terminei, pedi licensa e me levantei para me retirar, para me encontrar com meus novatos.

Passei pelo fosso, comecei a escalar a cova em direção ao prédio de vidro, e me dirigi a saída da audácia, onde se dava próximo aos trilhos de trem. Fiquei lá, parado, esperando. Os novatos começaram a chegar. Então dentro de pouco tempo, ouvimos a buzina do trem, eu estava parado bem próximo ao trilho. Então começo ver a silhueta do trem. Mas ao olhar em volta, "OH, MEU DEUS! É ELA! TRIS!". Meu coração parecia que ia saltar pela boca. Ela estava muito machucada, com olho roxo, hematomas em todos os lugares imagináveis, mas mesmo assim para mim, ela estava linda! 

O trem se aproximava, e eu estava na liderança do grupo. Eu estava tão próximo ao trem, mas eu já estava acostumado. Mas dei um passo para trás para que os novatos fosses primeiro. Eu era bem mais ágil, então poderia ser um dos últimos tranquilamente. Um por um, os novatos foram entrando. Vi Will entrando com bastante dificuldade, como não havia mais quase novatos do lado de fora, resolvi entrar. Então, com muita facilidade, agarro uma das alças e me lanço para dentro. Vejo que depois que entrei, olho para todos os formandos, e vejo Al com suas mãos na cintura de Tris! Meu Deus! Que sentimento é esse! Tenho vontade de ir lá, e tomar posse do que eu quero que seja meu. Ah sim, isso é ciúmes! Resolvi ignorar e prestar atenção no caminho em direção ao nosso destino. Quando de repente, escuto uma discussão, que me tira de minha concentração! Quando olho, é Peter e sua "gangue", perturbando Tris e os seus amigos. Então viro e digo:

- TEREI QUE OUVIR SUAS BRIGAS TODO O CAMINHO ATÉ A CERCA?

Percebo que pararam e me olharam meio chocados. Gostei disso. Mas ao fazer, percebi que atraí a atenção de quem eu queria. Tris me olhava de tempos em tempos. Será que ela pensava em mim, da mesma forma que eu pensava nela. Seu olhar, estava me deixando sem jeito. Eu não sabia mais o que fazer. Parecia que eu ia entrar em combustão instantânea. Então seguro ambas as alças internas e me lanço para fora das portas dos vagões para olhar o caminho. Eu adorava fazer isso. Sentir o vento contra meu rosto, contra meu peito. Eu estava praticamente com a metade do meu corpo fora do vagão. Estavamos quase chegando ao destino. Agora estavamos passando pelos prédios abandonados, em ruínas. 

Divergente - Tobias EatonOnde histórias criam vida. Descubra agora