Capítulo 15 - Lutas parte II ..

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Fiquei tão chateado com Tris.. Por mais que ela tenha sido corajosa, ela foi um pouco rude. Apesar do fato também, que ela não conhece Eric. Ele não deixaria ela sair dali, sem uma marca, de que ela não pode transpor sua autoridade de um dos líderes da Audácia. Achei melhor naquele dia me recolher a meu pequeno apartamento, para pensar e me recompor, pois amanhã, será o dias das lutas, e o dia seguinte será uma bagunça, porque será o dia das visitas para os novatos. Muitas facções poderão vir visitar seus entes.

Ao chegar em meu quarto, me despi, me enrolei em minha toalha e fui ao banheiro. Entrei no chuveiro, e me coloquei em água morna para assim relaxar e poder pensar melhor sobre a vida. Quando terminei, me enrolei na toalha e saí do banheiro. Fui ao meu quarto, peguei uma cueca box, e me deitei embaixo do edredom. Eu estava exausto, por ter suportar Eric, esconder meus sentimentos, e ainda por cima, Tris não compreender o recado que estou querendo mandar. Então, com esses pensamentos adormeço.

Eu estava novamente na sala de treinamentos, na sessão de atiramento de facas. Assim, que machuquei Tris e todos saíram, fui até ela para ver como seu machucado estava. Quando ela começou a reclamar, eu com a mão esquerda a segurei pela cintura e a conduzi para ficar colada a mim, enquanto minha mão direita viajava até seu cabelo. Assim, não perdi tempo e aproximei seu rosto de mim, enquanto chegava cada vez mais perto, eu podia sentir seu hálito fresco. E nossos lábios se entreabrindo para se tocarem. Quando fechei meus olhos, sua pele, assim como todo o lugar, começou a esfriar. Abri meus olhos, e Tris estava enrolada em meus braços, mas eu não conseguia vê-la, pois seu cabelo estava na frente. Percebi que eu estava de joelhos, apoiando-a. Então, retirei seus cabelos de seu rosto, meu choque foi imenso. Seu rosto estava com machucados profundos, arranhões, e muito, muito sangue. Eu conseguia sentir a vida se esvaindo dela. Então, ela preguiçosamente, abriu os olhos, me fitando, levantou a mão e tocou carinhosamente e meu rosto. Seu toque me fez fechar os olhos, ao abri-los, ela juntou forças e começou a falar. "Quatro, eu...", Mas seu fôlego não foi o suficiente, sua vida se foi antes de declarar o que queria. A angústia começou a a tomar conta de mim, comecei a sentir meus olhos quentes e lágrimas correram sem controle. "Nããããããoo".. Foi a única coisa que disse antes de acordar. Percebi que estava suado, quente, incomodado. Que sonho terrível!

Me levantei e fui para o banheiro, muito necessitado de uma ducha bem gelada. Me perguntei durante todo o banho, o porque desse sonho tão bizarro. Até que me lembrei, que aquele seria o dia das lutas eliminatórias. Eu tinha medo dela ser seriamente machucada, ou uma sem facção. Mesmo confiando muito sem seus talentos e habilidades, nada aqui é certo. Saí do banheiro, me arrumei e me vesti, e desci para a sala de treinamento.

Ao chegar na sala, reparo que todos os alunos chegaram, menos 'ela'. Então, tentei me distrair pensando em que duplas Eric formaria. Então, mas do atrasada, chega minha loirinha linda. Ela se aproxima de Christina e nessa hora, Eric chega e me passa a relação, para eu escrever no quadro. Pego o papel com desdém e me dirijo até lá. Escrevo o nome de de todas a duplas, e ao chegar no nome de Tris, fiquei muito feliz por não ser contra Peter. Ela realmente tinha chances de vencer a essa luta. Então me afasto do quadro, voltando a minha posição inicial, próximo a parede.

O primeiro par—Will e Myra—está frente a frente de pé na arena. Por um segundo ambos arrastam os pés para frente e para trás, um empurrando o braço para frente e depois o retraindo, o outro chutando e perdendo. Eu me inclino contra a parede e bocejo, com certo tédio.

Como esperado, a próxima luta entra Christina e Al é rápida e indolor. Al cai depois de alguns golpes forte no rosto e não volta a levantar, o que faz Eric sacudir a cabeça.

A luta entre Edward e Peter demora mais tempo. Embora sejam os dois melhores lutadores, a disparidade entre eles é notável. O punho de Edward bate violentamente no maxilar de Peter, ele é mais rápido e esperto do que Peter.

Quando as três lutas acabam, eu estou ansioso. Tris anda até a arena sem olhar para nada ou ninguém, exceto o centro da sala. Tris parece um pouco tensa, e Molly não transparece muita coisa.

Molly começa avançando para Tris e joga seu peso no soco. Enquanto seu corpo vem para frente, Tris escorrega para o lado e dirige seu punho para barriga de Molly, bem em cima do umbigo. Antes que ela coloque as mãos em Tris, ela desliza para as costas de Molly, Tris com mãos para cima, pronta para próximo tentativa de Molly. 'Isso Tris, eu sabia do que você era capaz'.

Ela não está sorrindo mais. Molly corre para Tris como se fosse a derrubar e Tris saio do caminho. 'Boa menina'.

Tris bloqueia o próximo soco de Molly com seu antebraço. O golpe parece doer, mas ela claramente ignora. Molly, range os dentes e solta um gemido frustrado, mais animalesco que humano. Ela tenta um chute na lateral de Tris, mas Tris evita e enquanto seu equilíbrio estava fraco, Tris avança para frente e força seu cotovelo no rosto de Molly. Ela puxa a cabeça para trás a tempo e o cotovelo de Tris raspa em seu queixo.

Molly a soca nas costelas e Tris esquivo para o lado, recuperando seu fôlego. Há algo que ela não está protegendo, e Tris sabe bem. Tris bate em seu rosto, mas talvez não seja o movimento mais inteligente. Tris a observa por alguns segundos. As mãos de Molly estão altas demais: elas estão protegendo seu nariz e suas bochechas, deixando o estômago e as costelas expostos. Molly e Tris tem a mesma falha em combate.

Seus olhos se encontraram por um segundo.

Tris dá um soco baixo, abaixo de umbigo de Molly. Tris, afunda o punho na carne de Molly, forçando uma respiração profunda de sua boca. Enquanto ela ofega, Tris dá uma rasteira e ela cai duramente no chão, levantando poeira no ar. Tris puxa seu pé para trás e chuta suas costelas, o mais forte que podia. 'Uau'.

Molly se enrola em uma bola para proteger e Tris chuta de novo, dessa vez a acerto em seu estômago. Como uma criança. Tris chuto de novo, dessa vez em seu rosto. Sangue brota de seu nariz e espalha-se por sua face. Olhe para ela. Outro chute em seu peito.

Tris puxa seu pé para trás de novo, mas já é o suficiente, já mostrou do que é capaz, não tem necessidade disso, de se igualar. Então, vou até lá e pego em seu braço e a puxo para longe dela com uma força irresistível.

"Você ganhou," Disse. "Pare."Pedi gentilmente.

Eu estou completamente assustado, por esse comportamento repentino e assustador. Eu a encaro por um momento, não conseguindo compreender, como minha garota, completamente, controlada e determinada, perdeu o controle. Então, ela passa a mão na testa limpando o suor e sangue e me olha novamente.

"Eu acho que você deveria ir," Digo suavemente. "Dê uma volta."Ela precisa espairecer um pouco a mente, e se desintoxicar dessa pressão e esse ninho de cobra.

"Eu estou bem," ela diz. Eu a encaro e ela me diz novamente "Estou bem agora," ela disse para mim, mas parecia que ela estava tentando de convencer do que acabou de fazer.

'Minha doce e brava Tris'.. Penso com carinho.

Divergente - Tobias EatonOnde histórias criam vida. Descubra agora