Capítulo 02

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Thomas Shelby narrando.

Fui logo atrás dos conhecidos que temos por aqui pra conseguir informações.

-- Soube que 4 homens desembarcaram nessa manhã com um carregamento grande. Será que são nossos homens?-- Arthur acendeu um cigarro me falando.

-- Vamos saber agora. Tem um Peaky Blinder em algum lugar por aqui.

-- Achei que ele fosse só um comunista -- sorriu pelo nariz -- Ele vai fugir de você assim que te ver.

-- Não vai.

--Ele engravidou nossa irmã Tommy deve tá se cagando de medo.

Fomos andando até o centro onde combinei de encontrar com o Freddye.

-- Olha só quem sentiu saudade. -- ele disse se aproximando.

O miserável engravidou minha irmã e chega com graça. Ainda estou pensando se não mato ele.

-- E eu achei que a Ada fosse vim com você.

-- E o que fez você pensar isso? Ela me odeia.-- digo

-- É um dom que você tem, as pessoas te odeiam... Aqui tá o endereço Tommy. -- me entregou um papel.-- São só vocês?

-- Sim.

-- Então acho que vão precisar de ajuda.

-- Vai deixar isso Tommy? -- o Arthur caçoou -- Você não ia mata-lo e arrancar o pau dele?

Ignorei os dois idiotas falando besteira e fomos andando até o galpão procurar as armas. Já estava de noite e o movimento nas ruas era muito pouco, ficamos na espreita esperando a hora certa pra atacar.

-- Eles estão em maior número, precisamos de uma distração. -- o Freddye falou.

-- Eu cuidei disso. -- respondi. Em poucos minutos um estrondo chamou atenção fazendo os homens se retirarem do lugar onde estavam de guarda. -- Agora!

Corri pra dentro do galpão e a gente se espalhou pra procurar algum rastro das nossas armas.

-- Estão todas aqui Tommy. -- o Arthur chamou. As 9 armas estavam jogadas dentro de uma cova com um pouco de terra jogada em cima.

-- Me ajuda vai, coloquem aqui. -- falei e abri um saco grande pra guardar as armas.

-- Aquela bomba não vai destruir eles por muito tempo. -- Freddye falou.

São somente 9 armas então não vai ser difícil. Sem contar que são armas, se tiver confronto estaremos em vantagem.

-- Ora, vocês tem muita coragem mesmo. -- um homem barbudo falou irônico -- Três Peaky Blinders de merda aqui no meu pedaço.

-- Como ousa seu desgraçado... -- o Arthur se alterou. Levantei a mão pra que ele parasse.

-- Você quem entrou no meu território e pegou minhas armas. -- encarei o homem a minha frente.

-- Se fossem suas a polícia não teria me contratado pra recuperar essas armas. Pra que você quer tanto?

-- A polícia contratando bandidos pra roubar um Peaky Blinder... Irônico vc não acha?

-- Realmente admiro sua coragem Thomas Shelby. Soube do seu acordo com os Lee e sabe eles me traíram como se eu fosse uma barata.

Ignorei. Quem liga pra ele?

-- Agora me dá licença eu preciso resolver umas coisas em casa. -- carreguei nas costas o saco com as armas e fui andando pra sair de lá.

Ele correu segurando uma faca na minha direção e o Arthur foi na direção dele com a bôina na mão e atacou o homem. Ainda não vi um pra brigar com meu irmão e ganhar.

-- Ninguém desafia um Peaky Blinder e vive pra contar a história! -- o Artur disse dando os últimos socos antes que ele apagasse.

-- Mais um Kimber morto pra contar a história. -- Freddie disse.

-- Vamos. -- falei.

Na verdade não tinha como saber se era um Kimber mas tudo aponta pra isso, já que estamos na área deles.

Roubamos um veículo qualquer que estava parados e fomos pro cais. Freddye ajudou pôr as armas no barco e depois se despediu.

-- Parece que agora é um adeus Tommy. -- olhou pra mim.

-- Não Freddye, quero que volte pra casa com a Ada aqui não é o lugar de vocês.

Ouvi o riso dele: Então eu tô perdoado pelo grande, pelo poderoso Tommy Shelby?

-- Depois de hoje a guerra tá declarada e eu não quero minha irmã e o bebê dela em perigo.

-- Até logo meu amigo!

Eu liguei o motor e o barco foi se afastando aos poucos até a imagem do Freddye sumir da minha vista.

-- Tommy, os policiais sabiam onde estavam escondidas as armas.

-- Entregaram a gente Arthur, alguém nos traiu.

-- Compramos briga com a polícia e com os Kimbler isso tá bem longe de acabar. -- acendeu um cigarro e me deu outro.

-- Não quero que acabe ainda. -- risquei o fósforo.

O Arthur sorriu e fumamos nossos cigarros.





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Agradeço por terem chegado até aqui. Agora que a história começa ficar interessante, boa leitura amores. 💚

𝐀 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲 | 𝐏𝐄𝐀𝐊𝐘 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora