Mundos Invertidos - YUNGI!¡

A Criatura.

A música alta era escutada a quilômetros dali, agitada e contagiante, ainda mais a fila para entrar na casa do garoto. Aquela festa parecia ser a melhor de todas as que frequentou. Nem diria o porquê desse pensamento.

— Hey, Yunho. — San o olhou enquanto abraçava a cintura do namorado. — Se quer tentar algo com mingi. Te aconselho por em mente que ele não é de ter relacionamentos com ninguém.

— Ah...sim, obrigado por...?...

— Yunho. — Wooyoung suspirou. — Relaxe.

As vezes San era realista até demais, dava nos nervos. Então entrou dentro daquele local; jovens bebendo, uns se drogando, quase se comendo na parte pública, vomitando, mas em meio a isso tudo. O Song brilhava no meio da pista, dançando de forma descontraída e animada. San o chamou, e logo ele veio, o que fez o coração do de fios coloridos disparar.
Por um milésimo segundo pensou ter visto mingi sorrir depois de seu coração saltitar.

— Esse é o yunho. A pessoa que falei que lhe apresentaria.

— Oh, sim, obrigado! Ele é lindo mesmo, igual me contou. — Sorriu tímido. — Se divirtam!

— F....Feliz aniversário! — Yunho sorriu de volta.

— Obrigado! Vem, eu te mostro onde guardar os presentes. — Disse mingi, pegando na mão do mais baixo.

Mingi estava mesmo pegando em sua mão?! Yunho estava pirando só por essa ação? Será que ele realmente era completamente bobo por ele? Mas...só tinha uma coisa errada. Ele não havia levado presente.

— Hey, eu...eu...não trouxe nada...

O arrepio na espinha feio, mas logo sentiu a cintura sendo agarrada. Colando os corpos, sentindo a respiração do song em seu pescoço. Onde logo sentiu seus lábios macios.

— O presente....é você....

— Eu....?

No momento tudo deu pane, o corpo paralisou totalmente e apenas observou as ações do mais velho. Os lábios se colaram e as borboletas no estômago vieram. Atacando-o como um todo, envolveu as mãos na nuca deste e apertou fraco, onde as mãos do ruivo passeavam por todo o corpo bem feito do rosado. Porém se assustou com as mãos dele indo ao colar da família, se afastando por reflexo.

— O que pensa que ia fazer? — Arqueou a sobrancelha sério.

— Oh, nada, me desculpe. Só achei belíssima.

Estalou o céu da boca e se afastou, negando com a cabeça o que acabará de acontecer ali. Indo atrás de wooyoung; a mente bugou completamente, não parecia que iria pegar penas para apreciar, mas sim para tomar. Não mentira que estava um tanto assustado com aquilo, mas precisava contar ao amigo.
Ver wooyoung se divertindo com o namorado fez o coração aquecer, esperava ter alguém e ser assim. Um belo casal apaixonado em cada mínimo detalhe.

Não queria ficar ali, então se dirigiu para o toalete, indo diretamente para a cabine; se sentou sobre a tampa ainda pensante com aquilo. Estava com medo, aquele ato havia assustado o pobre garoto, ainda mais por não ter como discutir aquilo com o melhor amigo. Então respirou fundo, e contou até o número que o deixaria relaxado.

— Está tudo bem...não irá acontecer nada hoje, é só mais uma fase antes de acontecer algo bom entre mim e minha paixão! Mas só que-

Se calou assim que ouviu os passos ecoarem pelo banheiro, pareciam três pessoas ali. Murmuros ecoavam por todo o banheiro, fazendo yunho se manter quieto para escutar. Mas logo as luzes começaram a piscar, não seria possível faltar luz logo ali. A luz apagou, o corpo ficou em alerta e a tensão tomou conta de tudo ali.
Sons estranhos estavam o assustando. Ouvia rosnados perto da porta, assim como o arranhar forte na porta.

— Me dê o colar, e não acabarei com tua vida agora mesmo. — murmurou a coisa em bom tom para a porta.

Yunho estremeceu, estava com medo. Não queria morrer ali, não queria mesmo. O soluço silencioso tomou conta de si, não conseguia chorar e se manter calmo ao mesmo tempo. Mandou mensagem para o amigo o mais rápido possível. Esperando que viesse logo.
A força extrema daquela tal coisa derrubou a porta que os separavam, porém algo aconteceu; o colar brilhou de forma radiante e atrativa, seu tom azul clareou todo o banheiro, que não demorou a lançar um campo invisível, fazendo a coisa ir contra a parede com tudo.
Se levantou rápido, correndo para a porta. Um gemido de dor foi dado pelo garoto assim que caiu com tudo no chão após ser agarrado pelo pé, choramingando enquanto sentia as unhas afiadas adentrarem em si.

— Wooy-ah...cadê você....

As esperanças haviam acabado ali, deixaria a tal coisa fazer o que queria.
Porém a voz longe do melhor amigo se fez presente, que chegou lá e jogou algo contra a coisa que – agora em cima do menino – berrou e gritou com todas as forças. Sumindo totalmente e a luz voltando.
A visão estava embaçada, estava fraco. Algo escorria pela perna.

— E-eu... — Não conseguiu completar, desmaiou totalmente.

Esperava que tudo aquilo fosse um sonho ruim, muito ruim.