Mundos Invertidos - YUNGI!¡

A verdade.

Cheguei com yeosang e jongho no esconderijo, era bem pequeno mas ao mesmo tempo grande para duas pessoas. Ambos pegaram yunho e o levaram para fazer a remoção do veneno. Eu me sentia mais leve sabendo que tudo ficaria bem de alguma forma.

Mas ainda estava pensativo sobre o que iriam fazer com os monstros soltos por aí. Não tinha ideia de como estava as coisas no mundo humano e também não fazia ideia do que poderia estar acontecendo por lá.

— Mingi.

— Oi, Jong!

— Quero te avisar, que o yunho pode se recordar de tudo.

— O quê? Como assim se recordar de tudo? Você sabe que ele não pode!

— Ele não pode? Ou você diz que não?

— Não é isso, você sabe o porque que eu-

— Não importa, já interferimos demais tudo que envolvia ele durante esses anos. Ele precisa saber de tudo, mingi.

Senti aquele peso novamente, mas por quê? Por que aquilo tudo iria voltar novamente? Não queria ter a mesma sensação, não queria ver eles se machucarem.

A fraqueza me derrubou com tudo, já não comia fazia alguns dias e também não ingeria água. O assunto também fez que chegasse a um colapso. Conseguia ouvir os amigos o chamando, mas estava tão longe, longe demais.

— Mingi... — A voz de yunho saia chorosa.

Onde ele estava? Não conseguia achar, estava tudo tão escuro, queria salvar ele, queria deixar tudo bem.

Um clarão surge derrepente, que lugar era aquele? Estou em um jardim e ao meu lado está todos os 7 reunidos, estávamos brincando de contar histórias.

— Sannie! — Yunho falou enquanto gargalhava.

— Ya! Pare! Minha história é magnífica!

— Com certeza, um polvo gigante que fazia casas de chocolate! — Retrucou wooyoung rindo ainda mais.

— Woonie!

— Min? Por quê está tão pensativo? — Yeosang perguntou. 

— Bom...sabemos que as asas do yunho nunca saíram, e que ele não é um de nós, então o que ele pode ser?

— Guardião. — Wooyoung respondeu rapidamente. — Ele é o Guardião de vocês.

— Exato, ele recebeu o colar e vai manter isso até que passe pra alguém.

— Nós somos só crianças, não deveríamos nos divertir ao invés de pensar nisso? — Perguntei.

— Sim, mingi. Mas isso não impede de ter responsabilidades.

Eles estavam certos, não impedia nada, mas eu só queria ter uma vida normal junto com os meus amigos. Por quê nós?

De certa forma, aquele dia foi normal, até chegar na maldita festa anual da cidade. Todos nós nos divertiamos, comer bolo nunca tinha sido algo tão bom! Naquele dia eu fiquei muito feliz por ter ganhado um beijinho de yunho, pra mim foi tudo muito mágico.

Isso até nós ouvirmos seus gritos desesperados; ele havia sido arrastado para a floresta da cidade, algo que tecnicamente nunca era bom, lá tinha várias criaturas e apenas nós conseguíamos ver. Era assustador para san, embora ele se fizesse de forte.

Tentamos ser rápidos, mas quando chegamos lá era tarde demais. Yunho estava quase sem vida, havia um buraco enorme em seu peito e tudo que eu conseguia pensar era que aquilo só poderia ser maldição.

— Mingi-ah...

— N-Não se esforce, por favor, yunho. — Falei já em lágrimas, sentindo o coração doer. — Eu prometi que ia te proteger, me perdoe por falhar.

— Você...nunca falhou. — Ele tossiu, deixando as lágrimas rolarem. — Você sempre foi o meu príncipe, Mingi.

Como, como aquilo poderia doer tanto? Wooyoung gritava por ajuda e todos tentavam fazer algo, mas eu só conseguia ficar travado, não tinha mais reações, era como se o mundo perdesse completamente a cor.

Ele morreu em meus braços..ou foi o que pensei. O colar brilhou forte e fez com que seu corpo se reerguesse, se curando aos poucos. Todos nós achamos aquilo ótimo, se não fosse algo que iria afastar a todos nós mais para frente.

Yunho acordou depois de duas longas semanas, mas como a vida nem sempre é justa, ele não se lembrava de nenhum de nós. Então, entramos em um acordo de que ficaríamos longe dele para que tivesse uma vida normal e segura.  Wooyoung e hongjoong prometeram a si mesmo que nunca iriam deixar ele.

Eu e os outros prometemos que iríamos proteger por fora, e por isso, no dia do meu aniversário, tentei tomar o colar. Naquele mesmo dia, descobrimos que iriam matar ele novamente se estivesse com o maldito colar.

Mas nunca tive certeza de que estava realmente certo fazendo aquilo...eu só queria proteger a minha paixão.