"O mínimo" ²

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— Demoraram. — Ditou hong com a feição séria. — Se sente melhor, Yuyu?

— Bom, desculpa a demora, minha mãe tinha ido lá. — Suspirou. — Um pouco...

— Nem um " de nada mingi por cuidar dele?" — Fez bico.

— Você sabe que normalmente te agradeço, mas não fez nada além do mínimo. — O mais baixo riu. — Vem, você também vai morar aqui, já que estão atrás de você. E yunho, amanhã vamos começar a te explicar melhor.

Ambos concordaram com a cabeça, adentrando a casa e indo de encontro aos outros. Se sentando junto a eles na mesa, que levaram o olhar ao avermelhado.

— Não fez nenhuma besteira, fez? — Wooyoung o encarou.

— Woo-ah ele foi chato o dia inteirinho! — Fez bico, cruzando os braços.

— Ah, isso é normal até. — San falou enquanto ria.

— Se diz sobre ter tentado matar ele durante o dia, não, não tentei. — Sorriu cínico.

– Sabe muito bem o que te acontece. — Falou Hongjoong se sentando na bancada. — E eu o farei sem dó nem piedade.

— Me sinto um máximo sendo protegido por vocês! — Jeong falou enquanto ria, mexendo nos próprios fios. — Bom, vamos ir dormir?

— Sim, vamos. — Os outros falaram ao mesmo tempo.

Riu baixinho, se levantando dali e subindo as escadas para o quarto. Iria ter um bom sono e estaria totalmente disposto para aprender qualquer coisa no próximo dia.

[ ♡ ]

Após terminar o banho e ir se vestir, já pronto para deitar, saiu do quarto, iria beber um pouco de água. Mas a conversa dos woosan o chamou a atenção, se aproximando da porta para ouvir mais.

Eu estou com medo....sannie...

— Do quê, meu bem?

— De pegarem todos nós, principalmente, você, mingi e yunho.

— Não vai acontecer, o que te disse sobre ser negativo demais?

— Que esse cargo era seu?

— Ah não, realismo é diferente de negatividade ok?

— Mas é relativ-

— sh....Você é a minha prioridade, não vou deixar nada te acontecer.

Suspirou, se sentia meio culpado por tudo isso ter acontecido. Preocupar os amigos e dar o trabalho de ser protegido. Isso nunca deveria ter acontecido.

— Sabia que escutar por trás da porta é feio? — Song falou, assustando o de fios rosa, que acabou por dar um soco no rosto do garoto. — AI-

— Meu deus!? Desculpa, desculpa-

Puxou song diretamente para o próprio quarto, fazendo o garoto se sentar na cama enquanto ia pegar algo para limpar o sangue do nariz. Assim voltando logo em seguida.

— Isso é culpa sua, nunca te falaram pra não assustar as pessoas? — Suspirou pesado, limpando o local.

— Nunca te falaram que ouvir conversa atrás da porta é invasão de privacidade? — Revirou os olhos. — Ridículo.

— Ridículo é o seu pai, aquele corno.

— Ele nem vivo tá pra ser corno. — O ruivo riu.

— Nossa...sinto muito por ele.

— Tanto faz. O que me intriga é você ter me causado dor. — O olhou intrigado. — Humanos não me dão dor.

— Calma, não entendi. — Parou o que fazia.

— Quis dizer, que um soco de um humano, não é forte o bastante para me dar dor. Muito menos no San.

— É que eu como muito feijão, sabe?

— Engraçadinho. Mas de fato, deve ter algo errado contigo. — Falou sério.

— Não, eu sou humano. É o colar que me dá forças, apenas.

Não aceitaria se estivesse virando alguma coisa, gostava do jeito que era e queria manter daquela forma. A informação repentina fez o garoto começar a ter paranóias, ao ponto de começar a usar frio e desregular a respiração.

— Yunho.... — Song suspirou levemente preocupado.

— Eu não quero.....

O garoto se levantou, começando a mexer nos fios toda hora, andando em círculos enquanto a mente tomava pensamentos ruins, ao ponto de desabar ali mesmo. Fazendo o Song se levantar e o segurar pelos ombros, limpando as lágrimas teimosas que insistiam em cair.

— Vai ficar tudo bem.

— Esse...

Fora calado com um selar, que logo se transformou em um beijo calmo, mingi acariciava os ombros do menino calmamente, enquanto esse levava as mãos a nuca do mais alto, enrolando os dedos nos fios vermelhos. Por um momento conseguiram esquecer tudo que acontecia, esqueceram que havia mais gente em casa. Os pequenos toques faziam o coração do mais baixo aquecer de certa forma.
Mingi o pegou no colo, deitando na cama sem romper o ósculo. Ajeitando-o na cama, e assim afastando os lábios, tirando os fios de seus olhos.

— Durma, durma bem. — Song selou a testa do menino, o deixando mais um selar nos lábios antes de se levantar.

Assim a figura maior saiu. O Jeong não tirava o sorriso bobo dos lábios, havia gostado daquilo. O coração estava a mil, mas a mente, completamente sã. Agora sim, iria dormir muito bem.

Acordou completamente assustado com os gritos vindo da sala. Se levantando rapidamente da cama e correndo até lá com o pijama de princesas que tinha. Olhando hongjoong e a pessoa desconhecida um tanto confuso.

— Eu...ouvi gritos..

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