Início do caos.

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O sol batia diretamente sob o rosto bem feito do garoto. Não tinha muitas lembranças do que aconteceu após ter apagado naquela hora, mas wooyoung estava lá. Mesmo sonolento, conseguia pensar naquilo. Dormindo até.
Um resmungo manhoso se fez presente, se sentando de forma preguiçosa na cama.

— Então acordou. — Wooyoung falou baixo, se aproximando do amigo. — Como se sente?

— Estranho. O que era aquilo ontem? — Tirou os fios dos olhos. — Eu tenho certeza que não era um animal....

— E não era. — O garoto suspirou. — Depois te explico bem sobre. Apenas vá tomar um banho e desça para almoçar.

— Almoçar?!

— Já são meio dia, Yuyu.

Fez um bico enorme, mas logo concordou com a cabeça. Queria respostas e logo o teria, já que seu melhor amigo não o escondia nada. Ou ao menos esperava que não.

[♡]

— Dá pra comer devagar?! — Choi murmurou do outro lado da mesa.

— Me deixa, seu chato.

— Sempre se implicam, né? Não digo nada. — Hongjoong riu.

— Não acredito que você esteja tão curioso ao ponto de quase se engasgar comendo. — Wooy suspirou. — Você é apenas uma criança grande.

— Parou! Não sou. E agora vai dizendo que merda era aquela. E me diz também; eu vou perder o tornozelo? Fiquei contaminado? Tô doente? Vou me tornar aquilo? Minhas unhas irão crescer? E porquê querem meu colar?

— Puta que pariu.... — Os três garotos começaram a rir juntos, ver o desespero de yunho era a coisa mais engraçada no momento, ainda mais por seu rosto estar totalmente sujo.

— Eu sou a sua piada pra' vocês?

— Amor, tá tudo bem, você só se transforma se as garras tiverem ido bem fundo.

— E como vou saber se não foram?

— Isso só se sabe com o tempo.

— Que saco hein.....

— Vai ficar tudo bem, ok?

— OK. Como sabe tanto sobre isso?

— Bom.... Eu e Hongjoong somos caçadores. Já San...uma criatura da noite.

— Uma o quê? Caraí menó, ele é um vampiro?

— Não seu burro, eu sou um demônio.

— Pra quê agredir?! Faz sentido o seu sumiço....

— Já seu colar.. — Choi se levanta pegando os pratos da mesa. — Trás proteção. E poder para qualquer criatura. Por isso queriam; então já sabe, cuidado a partir de hoje.

— Por quê nunca me falaram sobre isso antes?

— Bom, já tentamos. Mas só presta atenção em mingi, fora que é muito lerdo. — Hong falou enquanto negava com a cabeça. 

Era muita informação para um mero almoço. Então jogou os fios para trás, suspirando em pura frustração com tudo.

— Mingi..tentou pegar meu colar, por quê? Ele também é?

— Sim. Só que um caso mais raro que o meu. — San ditou. — Ele é meio a meio.

— Meio a meio?

— Chega dessa conversa. Yunho. Irá passar a morar conosco. Vai ser mais fácil pra se proteger, e te proteger; vamos te ensinar umas coisas Também. — O mais baixo dali falou sério. — Vou criar um grupo para nós no zipzop.

Concordou com a cabeça. Iria ir se trocar para irem a faculdade. A dor onde foi perfurado ainda lhe preocupava, não queria virar seja lá o que era aquilo. Já que aparentemente era totalmente diferente. A questão do colar também não foi esclarecida, mas esperaria o tempo certo.

[♡]

— Yu, venha cá. — Chamou o melhor amigo, parando em frente ao portão da faculdade. — Vou colocar isso em você. É uma pulseira, você aperta na pedrinha dela se estiver em situação de perigo, ok?

— Ok!

Era uma pulseira um tanto bonita! Nem parecia que era para aquilo. E esperava que a tal coisa também não soubesse.

Já havia tido a primeira aula, agora se encontravam deitado no corredor do colégio. Queria ir atrás de mingi, mas não sabia se deveria. Então tirou na sorte e foi atrás do menino. Com certeza estaria paquerando alguém pelos corredores.
E logo avistou o avermelhado. Seu chute havia sido certeiro. Lá estava o menino a se pegar com uma das garotas da própria turma, sorte dela, não?

— Mingi...precisamos conversar. — Falou baixinho.

— Certo. — Arqueou uma das sobrancelhas, se despedindo da garota e o puxando para o banheiro próximo dali. — Diga.

— Bom, eu acho que você soube do que aconteceu na sua festa, né?

— Hm....você caiu no banheiro e machucou feio. — O olhar deste foi diretamente para a perna enfaixada do mais baixo. — Por quê?

— Não, você sabe o que aconteceu! O san disse que-

— Não importa. Não aconteceu. Não fale comigo.

O tom curto e grosso do garoto o partia em pedacinhos, não deveria ser assim, deveria? Choi disse para perguntar diretamente a ele. Mas parece que não era uma boa escolha pela forma de agir.

— Então devo contar a todos o que aconteceu e o que você é?

Tirou coragem de onde não existia. Ver o Song vindo totalmente raivoso em sua direção fez as pernas tremerem, mas tentou disfarçar. Porém engoliu a seco quando foi puxado pela agola e preensado na parede com força.

— Olha aqui. Não é por saber disso tudo que tenho o favor de te poupar, então fique longe de mim antes que acabe com você pelos rastreadores. — O tom avermelhado nos olhos do mais alto se destacou.

— Você....está me machucando...

— Ótimo. Agora fique longe de mim.

Yunho sempre foi impulsivo, mas nunca escondeu que por poucas coisinhas o faziam entrar em pânico. A crise veio com tudo, o ar começou a faltar, assim como os olhos lacrimejando e o corpo tremendo. Song o olhou um tanto perdido, mas logo arregalou os olhos, aquele pingente estava brilhando novamente, sabia o que ia acontecer logo depois.
Soltou-o mais rápido possível para que pudesse sair dali, porém o tempo mínimo acabou. A onda invisível se fez presente novamente, jogando ambos para longe em cada canto daquele banheiro. O tamanho do impacto apagou ambos, assim como o barulhão ecoou pelo Colégio.

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