"Hoje, em algum momento, soprei adeus e recebi mais beijos"
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A água escorria por sua pele, mas parecia de nada adiantar. A sensação do sangue seco grudado, não somente na pele, mas na alma. Sierra mordeu fortemente o lábio inferior quando esfregar mais os palmos debaixo da água que escorria daquela torneira não adiantou para aliviar sua culpa. Tal qual um filme de terror onde ela era a protagonista, podia ver com clareza repetidas vezes a cena em que golpeava a traqueia daquele homem diversas e diversas vezes.
Era como se sua máscara de boa heroína cheia de princípios tivesse caído ao vê-lo apontar uma arma para Klaus na maldita missão que houvera pela manhã.
Saltou até ele e o matou.
Porque o assaltante teria matado seu irmão caso não o tivesse feito. Então, por que ainda doía? Por que a culpa ainda estava marcada em sua pele?
A água escorria há mais de cinco minutos, deveria ser entre duas ou três horas da manhã, mas nada disso importava para Sierra, ela só queria se livrar do sangue.
Mesmo que não houvesse resíduo ali.
- Número Oito!- A voz de Reginald ecoou longe de sua mente, o foco continuou em arrancar os demônios de sua estrutura. - Sabe que é terminantemente proibido zanzar sem motivos pelos corredores desta academia! Temos regras, mocinha e eu não permitirei que..- Parou de falar quando finalmente conseguiu chegar ao lado dela e ver o que tanto fazia.
Lavava suas mãos com força exagerada, de forma que a pele já estava avermelhada e machucada. Seguiu o olhar até o rosto da garota, vendo sua coloração vermelha e as lágrimas caindo livremente pela extensão do rosto. - Número Oito?!- Chamou irritado por nem ao menos ter sido encarado. Estava quase verbalizando mais um de seus discursos sobre não se deixar abalar pelas emoções, que um herói precisava ser forte.
Mas um bolo enorme se fez em sua garganta quando a escutou soluçar.
Antes de adotar as crianças, Reginald sabia que teria de lidar com a parte emocional destas, obviamente ensinando a matar sentimentos e soterrar dentro de si emoções, porque eram sinônimo de fraqueza e heróis não tinham tempo para isso. E veemente achou ter conseguido, pois desde os onze não vê seus filhos chorarem ou demostrarem medo.
Mas ali estava a prova concreta de que não abandonaram esse lado, só escondiam dele.
Porque, sim, até mesmo Cinco depois de uma missão difícil, deitava a cabeça no travesseiro e chorava para que aquele inferno acabasse. Aprenderam desde cedo que não teriam apoio do pai e então se tornaram o porto seguro um do outro.
Comprimiu os lábios, sem saber como reagir, porque algo dentro de si o proibia de seguir com a ideia de usar palavras duras com aquele ser frágil. Sentiu o que sempre fizera questão de ignorar; compaixão. Mas dessa vez, na calada da noite, em meio aquela cozinha escura, esse sentimento viera intensamente e ele não conseguia repreender. Engoliu a seco, sentindo quase dor física e estendeu a mão para tocar no ombro dela.
Um único toque.
Qualquer coisa que a fizesse entender que ele estava ao seu lado.
Mas recuou, porque seria o contrário de tudo que ensinou. Demostrar fraqueza ou instigá-la. - Termine com isso logo e volte para o seu quarto.- Ordenou em tom frio, dando as costas e deixando-a para trás, mas nada o salvou da turbulência violenta que abalou todas suas estruturas ao escutá-la, novamente, soluçar baixinho. Parecia mais um grunhido de dor, sofrido, abafado; um pedido de ajuda.
Ergueu o rosto, ignorando o amargor intenso no canto da boca e seguindo para o quarto.
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Welcome To The Umbrella Academy..Again!
Fanfic"Bem-vindo a Umbrella Academy.. de novo!" Um anúncio misterioso faz com que os oitos irmãos saíam de lugares diferentes do país e voltem para Toronto, onde fica a tão famosa The Umbrella Academy! Agora, reunidos e curiosos, eles vão lavar roupa suj...