Nós já estávamos no Agreste Avion, viajando diretamente para o Brasil. Seria uma voo de onze horas, e já estávamos quase na metade da viagem.
Para matar o tempo, eu estava assistindo Star Wars: V - O Império Contra Ataca, o meu filme favorito. Estava na cena onde Darth Vader corta o braço de Luke Skywalker com seu sabre de luz.
- Obi Wan never told you what happened with your father - A cena que marcou todos os cinemas no final da década de 70 estava prestes a acontecer.
- He told me enough! - Pausa. - He told me that you killed him.
- No. I... am your father - Darth Vader revelou e eu prendi a respiração, sentindo meus braços e pernas se arrepiarem. Não importava quantas vezes eu assistisse a saga Star Wars, eu sempre - sempre -, sentiria as mesmas emoções de quando eu assisti pela primeira vez
Eu tinha apenas oito anos de idade quando conheci esse magnífico universo, e ainda me lembro muito bem como foi.
Meu pai ainda não era muito reconhecido na época, então não tinha muitas responsabilidades. Ele estava na sala com a mamãe, assistindo A Vingança do Sith, eu acabei me juntando a eles... E desde então, eu desenvolvi uma obsessão nem um pouco saudável por Star Wars. Principalmente depois da morte de minha mãe, onde foi o período que eu mais me agarrei emocionalmente nesses filmes.
Eu tinha uma coleção extensa de coisas de Star Wars: sabres de luz, livros, roupas, bonecos de ação, pôsteres... Tudo o que você pode imaginar. Acho que essa é uma das vantagem de se ter um pai rico, você pode alimentar suas obsessões o quanto quiser.
Eu dei uma espiada no meu pai, ele estava concentrado no trabalho, desenhando alguns designs novos. Desde que entramos no avião, a única coisa que ele havia me dito era bom dia, e mais nada. Suspirei. Já havia desistido, nunca conseguiria trazer o meu pai de volta, igual Luke Skywalker fez com o seu pai.
Quando o filme acabou, resolvi cochilar um pouco, mas acabei acordando horas depois com Natalie me avisando que haviamos chegado.
Esfreguei os olhos, sonolento e olhei para a janela, me deparando com uma das vistas mais lindas que eu já havia visto nos meus dezessete anos de vida.
Primeiramente eu contemplei o céu azulado, com apenas algumas nuvens o decorando, mas quando eu olhei para baixo... Não pude deixar de soltar um suspiro. Era verde misturado com a civilização. Eu não conseguia parar de contemplar a viagem na minha frente, era hipnotizante.
Peguei meu celular e tirei uma foto. Postei nos stories do instagram com uma legenda escrita "Finally, #Brazil", e em pouquíssimos segundo já havia quase mil vizualizações no meu story. Guardei o celular no bolso da calça e voltei à contemplar a vista.
Eu não sabia o que aconteceria comigo nesses dois meses, mas eu sentia que grandes coisas estavam por vir. Senti uma eletricidade percorrer no meu corpo de animação. Eu estava ansioso.
Finalmente... Brasil.
<3
Quando desembarcamos, já havia um carro preto esperando por nós, que nos levou para um prédio grande e chique, que ficava de frente para a praia.
Descemos no carro e deixamos para o serviço do hotel levar nossas malas para cima.
- Adrien, antes de subirmos precisamos cumprimentar meu sócio - Meu pai disse, passando por mim e me guiando para um grande salão, onde havia pessoas elegantemente vestidas conversando enquanto tomavam champanhe ou vinhp, mas havia outras que jogavam sinuca ou truco, rindo e xingando bem alto.
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La Belle de Jour - [AU Adrinette] (EM ANDAMENTO)
FanfictionOnde Adrien Agreste viaja para uma praia localizada no Brasil e encontra a menina dos seus sonhos, quem ele julga ser sua alma gêmea e seu primeiro amor. O parisiense certinho que se apaixonou por uma brasileira problemática, quais são as chances de...