6 - Marinette Dupain-Cheng

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Marinette Dupain-Cheng

Eu me chamo Marinette, e tenho apenas dezessete anos, mas já sou completamente ferrada.

Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu tinha cinco aninhos, aí eu fui levada para um orfanato porque ninguém dos parentes de meus pais queriam cuidar de mim, e depois de dois anos, um casal de velhinhos resolveram me adotar. O moço era asiático, assim como minha família, e então isso me deixou um pouco mais aliviada de certa forma.

Seu nome era Fu Wang, mas eu sempre o chamei de Mestre Fu (uma piada interna que vocês não precisam saber, porque não fará diferença alguma em suas vidas, então prefiro deixar apenas entre mim e meu pai adotivo). Infelizmente Mestre Fu morreu ano passado de infarto, e então só sobrou eu e a esposa dele que eu nunca fui próxima o bastante. Marianne só não me mandou de volta para o orfanato, porque Mestre Fu a fez prometer que ela nunca faria isso, e para a minha sorte, ela está cumprindo sua promessa. Mas para não a incomodar e não arriscar, eu mantenho a maior parte do tempo fora de casa. Na casa do meu namorado, Luka, para ser mais específica.

Quando meus pais morreram, uma parte de mim morreu também. Quando eu fui para o orfanato, uma parte minha se perdeu, mas quando Mestre Fu decidiu me adotar, essa parte foi encontrada... Mas ela se foi de novo junto com ele. 

Nas primeiras semanas eu estava devastada. Fiquei três semanas sem ir para escola e ignorando todo o contato, até que Marianne me obrigou a voltar, e quando voltei não foi como o esperado. Todos estavam contente com a minha chegada, claro, mas havia algo - ou alguém - que estragou tudo.

Lila Rossi. Esse é o nome da minha desgraça.

Para contextualizar, ela não pareceu ter ido muito com a minha cara, então começou a fazer da minha vida um inferno. Eu tentei dizer o que estava acontecendo para alguém, ou pedir ajuda, mas ninguém me ouvia. Eles não acreditavam em mim, mas acreditaram de primeira nela quando ela começou a dizer que eu estava a atacando. Nenhum amigo meu sobrou. Inclusive Alya, quem eu considerava ser minha irmã. E então... Eu encontrei o Luka.

Eu já o conhecia antes, Luka era o irmão da Juleka, então eu já havia trocado algumas palavras com ele. Mas em um dia específico, foi quando nos aproximamos e começamos a namorar. 

Flashback
E

ra um dia em que eu não aguentava mais todo mundo me ignorando - e quando não estavam me ignorando, eram grossos comigo. Eu saí da escola e fui correndo para a ponte.

Eu estava considerando pular, mas então o irmão mais velho de Juleka chegou com um violão, e se apoiou no muro da ponte, onde eu estava de pé e disse:

- Você não quer pular.

- Sim, eu quero - Respondi em prantos. Ele não falou mais nada, apenas pegou a guitarra e começou a tocar uma música que eu não reconhecia. 

Eu olhei para ele, e comecei a descer devagar da ponte. Ele parou de tocar e me deu um sorriso.

- Venha comigo, quero te mostrar uma coisa - Ele estendeu sua mão e eu a peguei sem exitar.

Luka, me levou até no lugar da praia onde tinha apenas pedras. Ele me ajudou a subir, e quando chegou em um lugar específico que dava para ver claramente o oceano, ele se sentou. - Sente-se aqui. Se você quiser me contar o que está acontecendo, tudo bem. Mas se você não quiser, tudo bem também.

Eu sentei em silêncio enquanto ele tocava em seu violão. Dessa vez eu reconhecia a música. Chamava-se NFWMB, do Hozier.

- A vida é injusta - É a primeira coisa que eu digo.

La Belle de Jour - [AU Adrinette] (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora