4 - Do you think that this is real love?

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Por mais que eu tentasse, eu não conseguia parar de pensar em Marinette. Eu sentia que ela precisava de minha ajuda, o que era totalmente icompreensível, eu havia a conhecido há exatamente um dia e mal havia trocado 5 palavras com ela.

Pela segunda vez, Alya e Nino me levaram para a praia de Boa Viagem - a praia da noite passada, mas desta vez estava de dia e cheia de pessoas.

Era inacreditável, mas meu pai parecia confiar em Alya, porque ele nunca teria me deixado sair com qualquer outra pessoa em um lugar desconhecido, e pior, ele nunca teria deixado eu sair sem Gorila - o que era exatamente o caso. Eu me sentia tão livre sem um guarda-costas me levando para todo quanto que é lado. Eu gostava do Gorila, mas muitas vezes era desconfortável para caramba ter um cara te seguindo para tudo quanto que é lado.

Eu estava sentado na areia, sem camisa e tomando sol enquanto observava as pessoas brincando no mar. Eu realmente não sabia como eles tinham a coragem de entrar em um mar com ondas super fortes igual aquelas.

Alya havia ido em algum lugar encontrar com Marinette, e Nino se encontrava ao meu lado se lambuzando com seu picolé.

Eu acabei ficando um pouco entediado, sem nada para fazer, então comunico a Nino:

- Acho que eu vou dar uma volta por aí, volto daqui alguns minutos - Me levanto.

- Cuidado para não se perder por aí, cara - Ele deu uma piscadela e eu saio sem rumo.

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Eu já havia andado por aproximadamente vinte e cinco minutos quando cheguei em uma construção de madeira inacabada. Decidi explorar mais o local, que era um pouco afastado da praia.

Eu não conseguia imaginar o que um dia foi ali, pois o chão era só a areia, e as paredes não davam muitas dicas, então decidi deixar minha imaginação voar um pouco.

Imaginei que um Jedi havia se perdido nas galáxias enquanto fugia da Ordem 66, e ele acabou encontrando um pequeno planeta estranho chamado Terra, e fez desta casa abandonada seu abrigo, até achar alguma maneira de destruir o Império de uma vez por todas. E quando descobriu, usou a Força, fazendo R2-D2 e C3PO se encontrarem com Luke Skywalker em Tatooine, que acabou conhecendo Obi Wan Kenobi, se dando o início de toda aquela história de A New Hope.

Estava muito divertido pensar em tudo isso, quando escuto passos chegando na casa. Rapidamente tento me esconder em algum lugar, com medo que fosse alguns homens sem bondade alguma no coração. Nunca desejei tanto que Gorila estivesse comigo quanto naquele momento.

Mas suspiro de alívio quando escuto vozes de duas garotas. Elas pareciam bem conturbadas, então decido permanecer quieto no esconderijo mais próximo que consegui encontrar.

- Não comece com isso, Alya! - Escuto uma voz irritada e percebo que era Alya e Marinette que se encontravam ali.

- Mari... Por favor, eu posso te ajudar, você só precisa deixar eu te ajudar, Marinette! - Alya responde com uma voz desesperada.

- Não! Tudo o que eu preciso, é que você me deixe em paz - Ela parecia estar quase chorando.

- Eu não consigo ver minha melhor amiga, minha irmã, sofrendo assim e não poder fazer nada.

- Mas não foi assim quando você viu Lila fazer de minha vida um inferno, não é? Você acreditou em todas aquelas mentiras esfarrapadas! - Marinette gritou.

- Mari...

- Eu estive com você por todo esse momento, Alya, e quando eu mais precisei da sua ajuda, você virou as costas para mim, assim como todo mundo que se dizia ser meu amigo fez! - Alya se calou. - Você foi minha melhor amiga desde quando éramos crianças, e eu nunca, nunca, fiz nada para trair sua confiança, e no primeiro momento em que uma garota testuda chega profanando mentiras sobre coisas que eu nunca fiz, você é a primeira a acreditar nela e me deixar para trás. Como você acha que eu me senti, Alya? - Marinette deu uma pausa para respirar. - Você era a pessoa com quem eu mais contava naquele momento, e onde estava você?

- Eu te pedi desculpas por isso... - Eu podia ouvir que Alya estava em prantos - E isso foi anos atrás, por que você está trazendo tudo a tona agora?

- As cicatrizes permanecerão para sempre, Alya - A voz de Marinette estava fria e sem emoções.

Um minuto de um silêncio constrangedor se instalou na casa abandonada.

- Sabe quem foi o único que não virou a costas para mim? - Marinette quebrou o silêncio. - Luka. Ele acreditou em mim todo o tempo, ele não me deixou desistir, ele cuidou de mim. Ele foi para mim o que você deveria ter sido. Então não me venha com suas críticas sobre o nosso relacionamento, Alya. Ele pode ter seus defeitos, mas ele me ama e isso já é o suficiente.

- Você chama isso de amor? - Alya respondeu depois de ter ficado em total silêncio. De onde estava conseguia ver um pouco da cena, e vi Alya apontar para algo em Marinette. - Você chama isso de amor, Marinette? - Ela repetiu mais uma vez, visto que Marinette não respondia. Consegui escutar sua respiração pesada.

- Ele só estava um pouco alterado nesse dia - Ela sussurrou.

- Alterado igual a primeira vez? Igual a segunda? A terceira? A qua...

- EU JÁ ENTENDI, ALYA! 

- Mari... Eu sei que eu errei com você antes. Eu sei que eu fui injusta e uma idiota toal, mas me deixe recompensar te ajudando a se livrar desta situação - Marinette ergueu os olhos para Alya com raiva e replicou com a voz elevada.

- Você pode me ajudar deixando o meu relacionamento com o Luka em paz! - Dito isso ela saiu brutalmente. 

- Você não era assim, Mari... Quando foi o ponto que você perdeu a si mesma? - Alya sussurrou. - Eu deveria ter prestado mais atenção em você... - E dito isso ela saiu cabisbaxa.

Saí do meu esconderijo processando tudo o que aconteceu e fiquei um tempo parado processando tudo o havia ocorrido. Um arrepio sombrio correu pela minha espinha. Será que o que eu estava pensando era o que estava acontecendo com Marinette? Não, eu não poderia estar certo.

𖡼

- Adrien, cara, por onde você andou? Estava começando a achar que você havia se perdido de verdade - Nino exclamou assim que me viu. Alya estava sentada do seu lado, segurando os joelhos olhando fixamente para a areia. Ela parecia pensativa, mas assim que me viu, ela abriu um sorriso e disse:

- Já estava imaginando como que iria contar para o Senhor Agreste que eu deixei o filho dele ser assassinado por algum maconheiro - Eu dei uma risada nervosa, com medo de ela descobrir que eu escutei toda a conversa.

- Eu estava apenas explorando - Não disse muito e me sentei ao lado de Nino.

Peguei meu celular para conferir as mensagens. Havia uma de Chloé dizendo que estava morrendo de saudades e mal podia esperar para me ver de novo. Revirei os olhos, aquela menina sempre foi muito irritante, mas sempre permaneci educado e fingindo que gostava de tê-la por perto. Segundo meu pai "maravilhoso", era bom para a imagem o filho de Gabriel Agreste ser próximo a filha do prefeito de Paris.

- Pronto ir para a casa, Adrien? Não quero que seu pai perca a confiança em mim - Dei de ombros e me levantei. Alya me olhou meio suspeita, percebendo que eu estava quieto de mais.

- Está tudo bem, Agreste?

- Sim, sim, só cansado da caminhada - Dei um sorriso e seguimos para o hotel.

La Belle de Jour - [AU Adrinette] (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora