𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮?
Eu sou Crystal Maximoff, tenho 21 anos e sou uma garota comum de Atlanta,capital do estado da Geórgia. Antes do surto, eu trabalhava no FBI como detetive e entrava em campo quanto preciso.
O FBI sempre foi meu sonho, e em pouco tempo se tornou também o sonho de minha mãe,era ótimo ter o apoio dela e depois que ela morreu, eu quis honrar sua memória e me esforçar muito para entrar no FBI.
Por nós duas.
A cinco anos atrás, ela foi vítima do câncer e apesar de ter começado o seu tratamento relativamente cedo, não tínhamos dinheiro para pagar tantos remédios e cirurgias, estadia do hospital e as despesas de casa. Meu pai era professor de baseball em uma das escolas públicas da nossa cidade, eu e minha irmã não trabalhávamos, éramos muito pequenas e mal conseguíamos ir para a escola com toda essa situação.
Aos meus 14 anos, o relacionamento deles já não era mais o mesmo, as brigas começaram, meu pai começou a largar o trabalho aos poucos e começar as noites de bebedeira. As vezes ele não voltava pela manhã. Sumia por dias, semanas e não sumia por meses porque voltava pedindo perdão e prometendo mudanças à minha mãe, mas é como dizem: Um pedido de perdão que não é seguido por uma mudança, é mentira.Aos meus 15 anos, vi as agressões começarem. Primeiro minha mãe, depois eu. Apanhava o dobro pois não deixaria minha irmãzinha de 10 anos ser agredida por ele. Não! Já bastava eu, as vezes entrava na frente de minha mãe e apanhava por ela. Era minha mãe, que tipo de filha deixaria algo assim acontecer com a pessoa que deu a você a vida, amor e tudo que poderia desejar? Eu a amava incondicionalmente, e mais do que eu amo a mim mesma.
Sempre que podia, colocava ela e minha irmã a cima de qualquer necessidade minha, mas eu não me arrependo.Um ano depois, descobrimos o câncer e mamãe o traiu com um dos meus tios.
Não a julgo, ele era bom.
Respeitava e tratava ela do jeitinho que ela merecia, como uma rainha, a única mulher de sua vida. Eu o amava também, o melhor tio de todos e ter ele como padrasto seria incrível! Afinal, eu já o tinha como uma figura paterna. Fantasiei várias vezes o casamento deles, mas nunca aconteceu.
O tempo não permitiu.No ano em que descobrimos a doença, ela se foi. Lembro-me até hoje a forma como minha mãe não havia demonstrado nada. Não demonstrou tristeza, não demonstrou melhoras. Eu sabia que estava apenas fingindo estar bem enquanto os médicos conversavam com ela. Mas, quando eu entrei no quarto de hospital com minha irmã, seu sorriso foi radiante e verdadeiro, eu vi felicidade e o amor que ela sentia por nós apenas em seu olhar. Seus olhos brilhavam e seu sorriso iluminava o quarto branco e sem graça.
Naquele dia, conversamos sobre tudo. Sobre minha futura carreira no FBI, sobre as amigas e brinquedos da Max e depois que minha irmã saiu, conversamos sobre um segredinho nosso. Ela estava secretamente me ensinando a atirar com arco e flecha. Sabiamos que era algo que eu desejava, mas também algo nescessário, pois sabiamos o maldito que habitava em nossas vidas.
Bem, tive chance de dizer "Eu te amo" para ela uma última vez, assim como ela teve chance de me dizer algo que eu nunca vou esquecer.
-Filha, ouça-me: Você conhece o maior perigo que já tivemos em nossas vidas, então eu imploro a você, seja corajosa como eu te ensinei a ser, mas tome cuidado. Seja sutil com suas palavras e ações perto dele. Você conhece a maior fraqueza dele, o que vai fazer ele se culpar todos os dias e todas a noites, vai saber, vai ter tempo o suficiente pra descobrir. Cuide-se, por favor, e cuide de sua irmã. Eu criei vocês para serem mulheres fortes, nunca abaixem suas cabeças para ele, principalmente você. Derrote-o. Lembre-se de mim. Lembre-se que eu vou estar com vocês para sempre e um dia vamos nos encontrar novamente, ficaremos juntas de novo, eu, você e sua irmã pra sempre. Eu te amo, minha filha. Você é tudo que eu sempre sonhei e eu tenho orgulho de você, do que se tornou e do que está prestes a se tornar. Tenha coragem e seja gentil.-Disse minha mãe com lágrimas grossas escorrendo em seu rosto pálido e sofrego, enquanto me entregava uma pequena caixinha verde e aveludada. Solucei vendo o conteúdo da caixinha. Um cordão simples e prateado com um pingente de arco com uma flecha. Eu desabei,era desesperador saber que eu a perderia tão rápido sem poder fazer nada a respeito.- Isso é para que se lembre de mim, para que se lembre que estarei sempre aqui -Disse minha mãe,apontando seu dedo indicador para o meu coração. -E cuidando de você, sei que não precisa de um objeto para isso, mas eu queria deixar algo que foi meu com você, e eu espero que passe isso para sua filha ou filho um dia. Eu não tenho muito tempo,Crystal. Eu não falei tudo que tinha para falar, mas sei que você entende. Eu te amo, sempre e para sempre.
E lembre-se: Seja astuta como uma raposa, a natureza é sua casa. -E então, seu aperto em minha mão afrouxou e seus olhos fecharam aos poucos, derramando mais uma última lágrima após serem fechados completamente. Eu sabia que tudo tinha acabado ali. Caí de joelhos no chão e gritei.
Gritei a plenos pulmões como nunca havia gritado em toda minha vida. Demonstrei todo o sofrimento que passei com um único grito. Os médicos entraram correndo no quarto e só confirmaram o óbvio: Minha mãe estava morta. As pessoas do hospital se amontoaram na porta, curiosas ao me ouvir lamentar alto e me olharam com pena, mas eu não precisava de pena, eu precisava da minha mãe.
Não foi só a doença que a matou, foi ele.
Naquele momento, eu pedi a qualquer coisa que estivesse me ouvindo para que fizesse ele pagar.E eu jurei que ele pagaria.
Ele morreria, e eu implorei ao destino para que fosse por minhas mãos.•
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•Colar que a mãe da Crystal deu para ela:
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•Eai, isso tá bom pra um primeiro capítulo? Eu quase chorei escrevendo KKKKKKKK Me coloco no lugar dos personagens e sempre da certo, afinal, da pra captar melhor as emoções quando elas são reais.
Até o próximo capítulo.
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Daryl Dixon • The Night We Met 🏹
FanficCrystal e sua irmã mais nova assistiam TV em casa quando seu programa foi interrompido. "Notícia Urgente! Um vírus que faz as pessoas voltarem da morte como canibais está se alastrando pelo mundo! A cidade não é segura, vão para o campo ou para luga...