Capitulo 56

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SABINA

Noah? — fico surpresa com a presença do garoto ali. — O que você está fazendo aqui? — pergunto tentando entender o que está acontecendo. Juro, eu achei que essas coisas só aconteciam em filmes.

— Sabina, eu preciso conversar com você. — ele responde.

— Que? Não! — falo irritada.

— Por favor, Sabina. — ele pede chegando mais perto.

— Eu não sei se você percebeu, mas eu preciso pegar um avião. Agora! — falo irritada.

— Olha só, eu não posso deixar você pegar esse avião. — ele só pode estar de brincadeira com a minha cara. — Eu preciso conversar com você, depois dessa conversa você decide se vai ou não ir embora. — quando ele termina de falar escuto a mulher fazendo a última chamada para o meu voo.

Olho para Noah que está apreensivo na minha frente. Será mesmo que essa conversa iria valer a pena? Ou seria mais um tempo e dinheiro jogado fora? Eu ja estou cansada de me arrepender de fazer algo que eu tive a oportunidade de não ter feito.

— Por favor, Sabina, só me dá a última chance de conversar com você. — Noah continua implorando.

Pior do que se arrepender, é não saber o que poderia acontecer se você tivesse tido a coragem.

— Tudo bem, mas é a última conversa que vamos ter Noah. E se eu quiser voltar para o México, você vai me deixar voltar. — vejo o mesmo afirmar com a cabeça e comemorar na minha frente.

Ele pega a minha mala e vai comigo até o seu carro. O caminho até sua casa foi silencioso, nenhum dos dois tinha coragem de falar nada, por mais que muita coisa precisasse ser dita, mas aquele ainda não era o momento certo. Não para aquela conversa.

Olho para o garoto ao meu lado, e vejo o mesmo concentrado enquanto dirige, mas não demora muito pro seu olhar encontrar com o meu fazendo com que eu desviasse o meu. Encosto minha cabeça no vidro do carro e respiro fundo. Em que momento a minha vida se tornou todo esse caos?

— Chegamos. — Noah fala assim que estaciona o carro em sua garagem. Desço do carro e sigo ele, entrando na sua casa.

—  A Lins está? — pergunto curiosa, e desconfortável.

— Não, ela foi pra casa da Haley. — ele diz jogando a chave na mesa da sala e me olha, aparentemente tentando decifrar o que o meu olhar dizia. — Vem. — ele estica o braço para que eu possa pegar na sua mão. Intercalo o meu olhar entre seu rosto e sua mão, até sentir firmeza de que eu estava pronta pra isso. Seguro na mão dele, que me leva até o seu quarto, na parte de cima.

Descubro que estou mais nervosa do que imaginava, depois de ter esfregado minhas mãos algumas, muitas, vezes na minha calça.

— E então? — pergunto, doida para que essa conversa acabasse logo.

— Pra ser sincero eu não sei muito bem o que te dizer. — arregalo o olho assim que ele termina de dizer. Não é possível que ele não deixou que eu embarcasse, pra chegar agora e falar que não sabe o que dizer. — Mas eu vou seguir o meu coração, como eu segui quando ele pediu para que eu fosse atrás de você naquele aeroporto.

— Noah, eu não estou entendendo. — rio, porque pra mim só pode ser piada o que ele está dizendo.

— Você pode até não achar que seja verdade o que eu vou te falar, mas eu preciso que você me ouça, Sabina. — respiro fundo e olho para ele, que estava olhando para mim. — Eu sei que fui um idiota desde o momento em que eu saí de New York e vim para Los Angeles sem me despedir. — afirmo com a cabeça, porque sim, ele fui um idiota. — E eu sei também que você me ouviu na casa da Sina. — sinto meu corpo gelar na hora. — E eu te juro, Sabina, que a última coisa que eu queria era que você estivesse ali.

New Life • UrridalgoOnde histórias criam vida. Descubra agora