QUEIME A BRUXA ✪
Onde Bucky descobre um
fato peculiar sobre as bruxas:
quando uma delas entra na
sua vida, é praticamente,
impossível se livrar dela.
Não que isso fosse ruim.
Afinal, Bucky não tinha a
menor intenção de tirar
Ivy Xavier de sua...
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Eu costumava pensar que não existiam finais feliz quando se tratava do amor. Agora, vendo Wanda e Visão a minha frente trocando sorrisos apaixonados, eu só consigo pensar que talvez existam finais felizes, mas não para mim.
Em minha opinião existiam dois tipos de amor. O primeiro é aquela grande paixão, aquele sentimento que te leva as nuvens, que faz você acreditar que é indestrutível, que faz você sentir grande. Geralmente, esse é o tipo de amor faz com que você passe por cima do seu próprio bem estar para levá-lo adiante e no meio de toda essa euforia você esquece a realidade. Quase sempre, o tempo destrói esse tipo de amor.
O segundo tipo de amor é diferente, talvez porque você já está bastante calejado ou talvez só porque ele precise ser diferente mesmo. Esse tipo de amor não te leva as nuvens, ele mantém seus pés no chão porque ele é sua âncora, ele não faz você se sentir indestrutível porque ele te torna imbatível, ele não faz você se sentir grande porque ele te torna poderosa. Esse tipo de amor não faz você esquecer de si próprio, ele faz você se sentir protegido, não há aquela euforia de antes pois esse amor te deixa confortável, você não precisa ter medo de acorda pela manhã e descobrir que ele não está lá.
E diferente do primeiro amor, esse amor o tempo não esfria, não destrói e não afasta. Porque esse amor foi construído em meio a tempestade.
Desviei o meu olhar da tela do computador quando vi Sam se sentar ao meu lado em uma das cadeiras da mesa de jantar da cozinha.
- O que você tá fazendo aqui assistindo esse romance de telecine?- ele perguntou.
- Eu estou estudando.- dei de ombros.
- Mas já é noite, Ivy - Sam reclamou.- o expediente acabou, mulher.
- Não se preocupe com isso - respondi.- eu estou quase acabando.
- O que você está estudando tanto?- Sam perguntou.
- Conversei com o Bucky mais cedo, descobri umas coisas interessantes e estou pesquisando sobre isso.- expliquei.
Era uma meia verdade. Na verdade o que eu estava procurando naquele momento e durnate a tarde toda era mais sobre o tal Zemo de que Bucky ainda havia falado e sobre as tais palavras que ativavam o tal Soldado Invernal.
- Então você e o Bucky estavam conversando?- Sam perguntou.
- Claro que estávamos conversando - respondi e vi o sorriso malicioso de Sam aumentar.- aaa não, nem vem, não tem nada a ver com o que você está pensando.
- Você bem sabe o que eu estou pensando.- ele se defendeu.
- Ora não sei - reclamei e coloquei as mãos na cintura.- eu sei muito bem o que você está sugerindo e não tem nada a ver.
- Qual é, Ivy? Vai dizer que você não reparou que ele é bonitão. - Sam sorriu irônico.
- Eu também não sou cega, passarinho.- respondi voltando meus olhos para a tela.
- Então admiti que acha o Bucky bonito?- Sam perguntou.
- Quem acha o Bucky bonito?- Wanda perguntou curiosa.
- A Ivy. - Sam respondeu.
- A Ivy nada - retruquei. - volta pro seu namoro aí, bruxinha.
- A doutora está gostando do Sargento Barnes?- Visão perguntou confuso.
Suspirei rolando os olhos diante de todo o circo que Sam havia montando.
- Não, eu não estou gostando do Bucky, Visão - respondi.- na verdade eu não estou gostando de ninguém, estou fechada a negócios no momento.
- Se você diz.- Wanda deu de ombros.
Wanda e Visão voltaram a preparar o jantar e voltei a prestar atenção no notebook a minha frente. Cliquei em mais algumas páginas e reuni mais algumas informações sobre Zemo antes de tomar a decisão que eu estava pensando sobre desde que comecei aquela pesquisa.
- O que você tanto procura aí?- Sam puxou o notebook da minha frente e franziu o cenho quando leu as informações na tela.- Zemo?!
- Fala baixo seu idiota - reclamei e puxei o objeto de volta pra mim.- ninguém pode saber disso.
- Porque você está pesquisando sobre o Zemo?- Sam me olhou confuso.- sabe que ele é o responsável pela Guerra Civil não é?
- É, eu sei - afirmei.- mas eu também sei que ele é a pessoa mais sabe sobre super soldados e sobre o que quer a HYDRA tenha feito com o Bucky.
- Você não tá pensando em ir até ele, está?- ele perguntou preocupado.
- Ele pode me ajudar - dei de ombros.- eu quero saber mais sobre as tais palavras que ativam o Soldado Invernal e sobre a HYDRA.
- Porque você vai querer uma coisa dessas?- ele me olhou.
- Pensa comigo passarinho - pedi o encarando.- se Zemo sabe sobre o Bucky, sabe também sobre o que fizeram com ele e talvez como tirar dele, entendeu?
- E então seu melhor plano é ir até o Zemo?- Sam perguntou sarcástico.- ele não vai falar nada.
- Porque você acha isso?- perguntei confusa.
- Porque assim como ele foi o responsável pela Guerra Civil, ele também foi o responsável por fazer Steve te deixar. - Sam contou.
- Do que você tá falando?- perguntei franzindo o cenho.
- Zemo queria acabar com os Vindadores e você tendo uma ligação bem íntima com um de nós era um alvo fácil para ele - Sam explicou.- você sabe como o Steve é, ele jamais iria se perdoar se algo acontecesse com você.
- Esse é o problema - respondi. - vocês sempre acham que eu não posso aguentar as coisas, que eu sempre vou me machucar, que eu não posso me defender sozinha. Eu não sou uma garotinha que precisa de proteção, vocês todos ainda me vêem da mesma forma: como a namoradinha do Steve Rogers e eu não sou mais isso.
Balancei a cabeça afastando toda a vontade que eu tinha de ir atrás de Steve e dizer o quanto ele era idiota por ter me deixado por aquele motivo.
- Eu vou atrás do Zemo e vou falar com ele - avisei a Sam.- vou descobrir uma forma de ajudar o Bucky, dar o fora daqui o mais rápido possível e nunca mais ter que olhar para a cara perfeito do grande Capitão América.
Peguei meu notebook e minhas anotações e sai dali o mais rápido possível. Sentia todos os meus nervos a flor da pele e uma enorme vontade de socar o primeiro que aparecesse na minha frente.
Bati a porta do quarto que estava ocupando com força e me joguei na cama. As lágrimas rolaram pelo meu rosto logo em seguida.
Maldita hora que eu aceitei isso tudo, maldito Steve Rogers que ainda me fazia sentir como uma boba apaixonada, maldito coração que se recusava a aceitar a verdade e sempre me colocava em furada.
