Quarta-feira, às 12h27min
Um, dois, três, quatro. E no quinto toque do celular eu resolvi desligar a ligação e observar as horas no relógio. Exatas doze e meia da tarde e todos já estavam saindo do colégio, mas nada de achar ela tanto saíndo, como entre os alunos da sua sala de aula… Até estranhei, pois de certa forma ela era uma das últimas a sair da sala. Só que hoje foi completamente diferente do que imaginei, ela já não estava mais na sala de aula. Joguei o meu celular de volta no bolso lembrando que ela não trazia o aparelho para a escola, mas deixava escondido em casa. Droga, como vou falar com ela agora? Resolvi seguir até meu carro no estacionamento e destravei o mesmo em seguida, entrei lá e dei a partida saindo do fundo do colégio e andando pelas ruas da cidade. Resolvi passar pelas paradas de ônibus para ver se encontrava com ela ali, mas não tinha ninguém, muito menos ela. Onde será que essa menina se meteu? Sei que ontem tivemos uma pequena discussão pelo meu ciúmes, mas agora eu quero me redimir e pedir ao menos perdão pela forma como agi com ela. Fui realmente um babaca, sinto até vergonha só de lembrar.Até que, um pouco mais distante e olhando pelo calçamento, consegui avistar uma garota andando e com o fardamento da escola. Direcionando o carro até perto o suficiente para saber quem era.
Fui parando o carro aos poucos conforme ela caminhava devagar para sua casa. Que estranho, por que hoje ela não vai no ônibus? Alguma coisa aconteceu, será? Essa garota é tão ingênua, nem ao menos se deu conta que tinha — e ainda tem —, um carro praticamente seguindo os seus passos. Se fosse por acaso um assalto ou algum homem querendo fazer mal a ela, agora não teria mais jeito algum. Abaixei os vidros do carro aos poucos e fui olhando ela que nesse mesmo momento prestou atenção no carro e me viu ali dentro, logo soltando um sorriso e mostrando seus dentes.
— Para onde vai? — pergunto um pouco curioso e vejo ela se aproximando para falar comigo.
— Minha casa. Por quê?
— Entra, eu te levo. — destravei o carro e ela abriu a porta em seguida, logo mais entrando, deixando sua mochila no banco de trás e passando o cinto pelo seu corpo. — Mas antes da sua casa, quero te levar a outro lugar mais reservado e melhor.
— Que lugar é esse? — Olhei para ela e soltei um sorriso meio forçado nesse momento.
— Surpresa. — ela riu fraco e assentiu. — Por que não voltou de ônibus hoje?
— Sem dinheiro. Minha mãe vendeu tão pouco que não conseguiu dinheiro para o transporte hoje. — Voltei a encarar a estrada e reduzi para quarenta.
— Você já comeu hoje?
— Sim. — ela sorriu de lado e não me encarou mais, passou a olhar apenas para as ruas da cidade. Ela está mentindo.
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𝐏𝐋𝐀𝐘𝐁𝐎𝐘, 𝘓𝘦𝘦 𝘛𝘢𝘦𝘺𝘰𝘯𝘨 [✔]
Fanfiction「 Taeyong era um professor bem sucedido, elogiado e amado por todos, em suas horas vagas pagava de tatuador. Ele poderia ter todos aos seus pés, mas escolheu justamente a garotinha calada da sua turma. E nunca imaginou que realmente conseguiria ter...