ღ Capítulo 08 ღ

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Inspira, 1, 2, expira.

Inspira, 1, 2, expira.

Eu fazia a anotação mental de como respirar corretamente porque meu cérebro parecia estar em parafuso e não sabia como ordenar as minhas funções vitais de maneira certa, por isso pilotei com todo o cuidado do mundo em direção à minha casa.

E a certeza de que eu mataria Ivana em algum momento brilhava em minha cabeça em vermelho enquanto fazia o caminho de volta ao meu prédio.

Ela era a causa do meu encontro ter acabado precocemente. Estava na casa da amiga, mamãe em algum bingo e Lucas foi deixar Lara, ou seja: encontrou o apartamento vazio. Sério, eu estava exausta de ficar cobrindo as merdas da minha irmã.

— Desculpa a demora, Lucas. – falei quando estacionei em frente ao carro dele, no estacionamento do prédio. Lara corria pela calçada, enquanto ele observava.

— Pensei que Ivana viria. – franziu o cenho.

— Ela me mandou mensagem, está longe daqui... – dei de ombros e lutei para não revirar os olhos.

— Eu avisei que viria deixar Lara as sete, poxa.

— Você deve saber melhor que ninguém que sua ex é uma cabeça de vento. – lhe lembrei e ele acabou rindo.

— É, ainda bem que Larinha te tem como referência....

— Dinda! – Lara praticamente gritou, só então notando minha presença. Correu até mim e abraçou as minhas pernas. Eu a coloquei no colo e encarei seu rostinho bronzeado. Até demais.

— Meu Deus, cadê minha Larinha? Você é um camarão gigante! – brinquei e ela riu.

— Ficamos muito tempo no sol... – Lucas falou sorrindo.

— E esqueceram o protetor solar? – alfinetei. Sério! A minha sobrinha não podia ter pais normais? Que fossem cuidadosos?

Ele sorriu sem graça, coçando a cabeça e eu só meneei a cabeça.

— Dá tchau ao seu papai, meu amor, vamos subir!

Eles se despediram assim que eu a coloquei no chão. Lara pegou o novo bichinho de pelúcia em forma de sereia enquanto eu estacionei minha moto em seu devido lugar, então quando voltei a me aproximar, minha sobrinha enlaçou sua mão pequena na minha após acenar uma última vez para o pai. Eu acenei também e então entramos.

— Que lindo bichinho! – falei quando estávamos no elevador.

— Foi vovô que me deu! – ela respondeu contente, abraçando a pelúcia.

Às vezes a família de Lucas fazia isso: comprava Lara com presentes, como se isso compensasse a ausência.

Logo nós estávamos no apartamento e ela estava visivelmente cansada, por isso cuidei em lhe dar um banho e preparar um misto quente, ela comeu contando como havia sido o fim de semana e adormeceu enquanto assistíamos os primeiros minutos de Frozen, uma aventura congelante. Ela estava com a cabeça em meu colo, ressonando e eu alisando seus cabelos, enquanto mexia no celular e o filme continuava passando a nossa frente. Filme este que eu já sabia até os suspiros decorados.

Todas as Batidas do Coração (DUOLOGIA CORAÇÃO - LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora