DUOLOGIA CORAÇÃO - LIVRO 1
Ela é grande. De coração, alma, doçura e manequim.
Ele nunca se importou com padrões.
Ela é farmacêutica bioquímica, tem dois empregos e ama o que faz.
Ele é médico oncologista e hematologista, um dos donos de um Centro...
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Ele me fazia um bem danado, esta era uma verdade absoluta. Não tinha como negar e eu estava cada vez mais envolvida por aquele homem, era incrível como ele me fazia bem, feliz e até suspirar. Eu sabia que era um caminho muito perigoso, mas cada passo que eu dava, parecia me levar em direção a ele e eu não conseguia achar resistência dentro de mim para não me deixar ir.
Minha razão gritava para que eu fosse cautelosa e eu até tentava, mas como ter cautela quando ele me chamava de meu bem? Como não me iludir com tudo acerca de nós dois?
— Esse homem deve ser tudo de bom mesmo! – ouvi a voz de Isabel e a olhei.
Era tarde de quinta-feira e minha amiga estava ao meu lado, enquanto comíamos um bolo de cenoura com cobertura de chocolate que ela havia preparado. A melhor coisa do mundo era ter a minha melhor amiga como vizinha, sem sombra de dúvidas.
— Que homem?
— Deixa de ser sonsa, Maria Helena. – ela implicou, rindo. – Um tal médico que só tá te fazendo sorrir, cheia de brilho no olhar.
— Ah... É inevitável. Ele é... Eu não tenho palavras. – suspirei.
— Tão fofinho te ver se abrindo e desabrochando assim, espero que ele valha a pena e saiba valorizar o tesouro que você é!
— Você sabe que somos apenas amigos, não sabe?
— Eu também era amiga do Thiago, veja só onde estamos agora.
— É diferente...
— Para de negar o óbvio, Leninha. Você está caída demais por ele...
— Eu assumo, é impossível não ficar. Ele é tão... Diferente. Se preocupa comigo, age de uma forma toda atenciosa, presta atenção no que digo, me faz rir...
— Meu Deus, só falta se beijar. Vamos logo com isso?
— Bebel, isso é um ponto, eu preciso dizer que tenho medo.
— Dele te devorar? – sugeriu, maliciosa.
— Não! – ri. – Bom, também. Mas de não ser bom.
— Vai ser ótimo! É que nem andar de bicicleta, a gente nunca esquece.
— Tomara, viu?
Fomos interrompidas por passinhos vindo em nossa direção e um sorriso imenso me encarando. Lara apareceu vestida em sua fantasia de sereia – presente da minha amiga – e ela estava mais do que radiante.
— Eu fiquei linda demais! – decretou, dando uma voltinha.
— A sereia mais brilhante do reino das águas. – sorri.
— Obrigada, tia Bel, eu amei muito minha fantasia.
