017 ━ I ruined three lives

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ᴇᴜ ᴄᴏsᴛᴜᴍᴀᴠᴀ ғɪᴄᴀʀ ᴘʀᴀ ʙᴀɪxᴏ.
ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴘᴇʟᴀs ʙᴀʟᴀᴅᴀs,
ᴇsᴛᴀᴠᴀ ɴᴏ ᴍᴇᴜ ᴄᴀɴᴛᴏ,
ᴀᴛᴇ́ ϙᴜᴇ ᴘᴇʀᴄᴇʙɪ ϙᴜᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴇ́ ᴜᴍ
ᴇʀʀᴏ ᴄᴏʟᴏssᴀʟ ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ ɴᴀ̃ᴏ ᴅɪɢᴀ
ᴘʀᴏs sᴇᴜs ᴀᴍɪɢᴏs ϙᴜᴇ ᴀɪɴᴅᴀ
sᴏᴜ sᴜᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ

─── tusa, by karol g
& nicki minaj

Afrodite Thoja
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Na aula de geopolítica, Lincoln passou um trabalho em dupla sobre solos territoriais e o cuidado da nação. Atena propôs que fizéssemos o trabalho separado, mas não ia rolar.

Então, depois da aula, concordamos em ir para o apartamento do Vinnie e fazer o mais rápido que pudermos.

— Riley, você... — olhei rapidamente para seus dedos entrelaçados com os de Lauren — Vocês... Meu Deus! Vocês estão juntas?

— É uma fase experimental. — ri, caminhando com as duas até o refeitório.

— Bom dia peruas. — Avani me abraçou pelos ombros. — Dite, a gente pode conversar rapidinho?

Lau e Ry foram em direção a cantina, enquanto nós duas íamos para os armários.

— Você parece nervosa. — zombei, encostando no meu armário.

— Anthony quer que eu conheça a família dele. — franzi o cenho. — Em Omaha, Afrodite!

— Ah... Uau! — ela ri, provavelmente de nervoso. — Jett me chamou para ir na casa dele no Natal, podemos ir todos juntos!

— Espera... O Jett o que? — escondi o sorrisinho. — Afrodite Thoja, você é uma piranha! — gargalhei.

— Eu estou solteira, não? — ela sorri. — Enfim, convence o Reeves a ir no Natal, e você não precisa aguentar a barra sozinha.

— Você é a melhor, sabia? — me abraçou.

— O Jett meio que me diz isso todos os dias. — zombei. — Vem, vamos voltar, estou morrendo de fome.

[...]

Vinnie insistiu que eu aceitasse sua carona – sem que sua namorada visse, obviamente –, mas eu neguei e fui caminhando com Jett.

— Como está se sentindo? — suspirei, chutando as pedrinhas do chão.

— Estranha. Não sinto mais o ódio dele como antes, mas ainda assim eu preciso de uma distância considerável, sabe? — ele me olha.

— Então você... — deixou no ar.

— O quê? Não! Nada vai voltar a ser como antes, Jett, esse climão nunca vai acabar. Nunca. — suspirei, encarando a portaria do prédio deles.

Antes de subir, cumprimentei o porteiro, rindo das suas piadas sem graça.

O elevador subiu os nove andares mais lentamente do que eu me lembrava, e quando ele abriu, eu desejei que ele estivesse mais lento.

— Relaxa, ok? Eu estou com você. — assenti e abracei ele. — Vai dar tudo certo, vocês vão terminar isso em vinte minutos e depois nós vamos para algum lugar.

— Obrigada. — ele beijou minha testa antes de abrir a porta.

Entrei atrás dele, vendo Atena sentada no sofá, assistindo um programa aleatório, mas desligou a TV quando viu que chegamos.

— Vamos logo com isso. — resmunguei.

Vinnie Hacker
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De longe, observei Jett entregar seu notebook à Afrodite e se deitar no sofá menor. Ela resmungou, querendo espaço, mas ele teimou em não sair, o que acabou com ela sentada em seu colo.

Mas que merda??

Afrodite explicou para Atena sobre a divisão do trabalho, e Atena se gabou sobre seu dom no desenho.

— Graças a Deus! — Dite murmurou. — Certo, você pode desenhar o território italiano, enquanto eu escrevo sobre os cuidados da nação e blá blá blá. — Atena concordou com a cabeça, pegando um lápis e uma cartolina.

Perdi a noção do tempo olhando para Afrodite, e então a mesma percebeu e se mexeu desconfortável. Antes que eu desse meia volta e volta e fosse ao meu quarto, ouvi a voz de Atena.

— Amor, você pode me ajudar? — deu ênfase no apelido, deixando Dite ainda mais desconfortável.

Segurei a folha no chão enquanto ela olhava o mapa no celular e desenhava no papel, idêntico.

Em dez minutos, o desenho estava contornado e sombreado, enquanto ela escrevia as legendas sobre os estados.

— Terminei, eu acho. — Atena murmurou.

— Jett, você pode ler?

Engoli em seco e voltei a focar no desenho, enquanto Jett lia o trabalho de Afrodite.

— O dez já tá garantido, gatinha. — piscou, devolvendo o notebook a ela.

Gatinha? desde quando ele chama ela assim?

— O documento já foi enviado ao meu celular, é só imprimir e encapar. — fechou o notebook. — O desenho está lindo, a propósito. — deu um sorriso mínimo, sendo o mais gentil que consegue ser.

— Nos vemos na próxima aula de geopolítica. — Atena rebateu, também sorrindo pequeno.

— Jett... — Jett se levantou e pegou a chave do seu carro. — Tchau. — nos olhou e saiu sem que nós pudéssemos responder.

Atena finalizou o desenho e enrolou a cartolina, colocando dentro do tubo de proteção depois.

— Até que ela é legal. — revirei os olhos sem que ela visse. — Eu estava esperando uma selvagem, que gritasse comigo, ou fosse mandona sobre o trabalho, sei lá...

— Vou tomar banho. — mudei o assunto e me levantei, esfregando as mão.

— Eu tenho que ir pra casa. — mudou a sua expressão.

— Eu te levo. — ela assente e recolhe os lápis do chão.

Adiei o banho e peguei minhas chaves, deixando Atena passar primeiro.

— Você estava tão calado hoje. — me olhou.

Como se fosse possível eu estar normal com a minha ex e a minha atual no mesmo cômodo, foi o que eu quis dizer.

— Impressão sua. — foi o que eu disse.

As vezes eu acho que a Atena é um bebê, e tenho que ser o mais delicado possível com ela, ou ela se quebra por inteiro. A primeira vez que nos vimos eu estava bêbado na frente de um salão de festas, onde ela estava com a família dela, e eu a vi chorando na calçada.

Qual é o meu problema com garotas chorando na calçada de uma festa?

Ela foi tão doce, tão ingênua, e foi impossível eu não me encantar.

Acho que arruinei três vidas depois desse dia.

Hurts like Hell ¹ | Vinnie Hacker ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora