Hurts like Hell ¹ | Vinnie Hacker ✓

07 ━ You can't do that!

Eu não posso contar uma
mentira, isso é televissionado.
Você precisa de caras melhores

─ what to do?, by travis
scott & don toliver

Afrodite Thoja
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Vinnie me olhava sem dizer nada, ainda meio perplexo.

— Você.. — coçou a garganta — Você ainda me ama?

— É impossível deixar de amar alguém em uma semana, Vinnie! — revirei os olhos.

— Nós...

— Não existe mais "nós", porra! Você não cansa, Vinnie? — ele passa os dedos pelo cabelo.

Jett se aproximou de nós e eu o olhei, séria.

— Podemos conversar? — sua voz era grave e mostrava sua tensão.

— Hoje não, Jett. — seu olhar vacilou, caindo ao chão.

Olhei para o lado quando dois seguranças pararam ao nosso lado.

— Já provocaram coisas demais, não acham? — o mais alto diz.

— E vocês chegaram tarde demais, não acham? Se fosse algo grave, alguém já teria morrido. — o mesmo segurança me olha com sangue nos olhos.

— Escuta aqui, garota! — apontou o dedo em meu rosto mas eu o tirei.

— É melhor abaixar o seu dedo antes que eu o faça por você! — Vinnie soou extremamente assustador.

— Todos vocês para fora! Agora! — o outro segurança diz, evitando mais confusões.

Os oito saímos da boate, com olhares julgadores sobre nós.

— Eu vou dormir no Anthony — Avani avisou. — Pode levar o meu carro pra sua casa, amanhã eu passo lá pego.— acenei, pegando as chaves.

— Mark, quer que eu te leve para a sua casa? — todos me olharam.

— Se não for muito incômodo, eu aceito a carona. — ele sorri fraco e em seguida reclama de dor no maxilar, onde foi golpeado.

— Afrodite, você não pode fazer isso! — a voz rouca de Vinnie me fez criar sangue nos olhos.

— O que eu não posso? Levá-lo para casa? Ou transar com ele? — enxerguei sete pares de olhos arregalados. — Você não me diz o que fazer, Vinnie! Achei que já tinha entendido isso.

— E eu achei que você já tivesse entendido que apesar de eu ser um babaca, eu te amo e me preocupo com você!

— Ainda bem que sabe que é um babaca.— Mark ri atrás de mim. — Vamos, Kettering.

Riley nos seguiu, também querendo carona para casa, e eu abandonei o resto do grupo.

Ry se sentou no banco do carona enquanto eu apertava o volante, com as palavras de Vinnie na minha cabeça.

—"Eu te amo e me preocupo com você" — murmurei e ri sem humor. — Ele não pareceu me amar e se preocupar comigo enquanto saía do quarto do hospital para se encontrar com ela!—  esbravejei, socando o volante.—  Como ele pode dizer que me ama e se preocupa comigo, Riley? Como?

— Dite, você tem que superar isso! Não pode ficar se remoendo em cada vez que o vê. — Riley colocou sua mão em minha coxa.

— Só faz uma semana, literalmente uma semana, que eu soube que o meu namorado tinha duas namoradas, e você quer que eu fique bem com isso? — olhei pelo retrovisor e Mark cochilava no banco de trás.

É melhor assim.

— Eu não disse para você fica bem, eu disse para você superar! —a olhei com tédio. — Não é a mesma coisa! Olha, se lembra de quem você é. Honra o teu nome, mulher!

Ela tem razão. Eu vou honrar o meu nome!

Deixei Riley em sua casa e acordei Mark em seguida.

— Está morando no mesmo lugar? — ele concorda em um aceno. — Sua irmã voltou com você?

— Não, mas no final do mês ela vai estar aqui. — sorri em resposta.

Em cinco minutos estacionei em frente a sua casa.

— Até qualquer dia, e me desculpa pelo idiota do Vinnie — ele sorri fraco.

— Até, Dite.

Vinnie Hacker
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— Por que você continua tentando? —Avani esbravejou. —Você já a perdeu, Vinnie, pra sempre!

Não, não pode ser verdade. Não pra sempre.

— Eu a amo, Avani, que caralho! — gritei, liberando a minha raiva.

— Você acha que ama, Vinnie, mas você só ama a si mesmo! — eu realmente já estava cansado de ouvi as mesmas coisas.

Anthony e Avani foram na frente, enquanto Damen, Jett e eu fomos no banco de trás, em completo silêncio.

Anthony parou em frente ao condomínio e destravou o carro.

Estava prestes a abrir a boca e falar algo sobre Afrodite para Avani, mas um par de olhos castanhos e fios longos me chamaram atenção.

— Atena? Por que está aqui a essa hora? —a abracei

—Os meus pais brigaram de novo, e foi feio dessa vez, eu não conseguia mais ouvir tantos gritos e vim pra cá, o porteiro não acreditou que eu sou sua namorada e não me deixou subir. — secou o canto dos olhos.

Lembro no início do meu relacionamento com a Afrodite, ela fez "amizade" com o porteiro e brincou "eu sou a namorada dele, seu Carlos, a única que pode subir sem autorização", e bem, parece que ele levou a sério.

— Vamos subir, vem. — enrolei ela em meus braços.

Não sei exatamente que horas eram, mas tinha certeza que já passava da meia-noite.

— Quer alguma coisa? — ela abana com a cabeça, se escondendo entre o meu edredom.

— Dorme comigo. — estreitou os olhos.

— Só preciso ir ao banheiro primeiro. —ela concorda, fechando os olhos.

A distância entre eu e Afrodite estava me enlouquecendo cada vez mais. Eu conseguia vê-la em todos os cômodos do apartamento.
Podia vê-la sentada no chão, com as pernas cruzadas e focadas no video-game. Podia vê-la na cozinha, reclamando que a pia estava cheia de louça e me obrigando a ir lavá-la. Podia vê-la no banheiro, sentada na pia enquanto eu tomava banho. Podia senti-la deitada ao meu lado na cama, com seus cabelos me fazendo cócegas no rosto.

Mas agora, nada mais disso é real, e essas coisas foram substituídas por Atena, permanentemente, embora ela não jogue video-game, ela mesma lava a louça e não fica no banheiro comigo.

Lavei o rosto e suspirei. A culpa foi minha, eu mereço estar tão mal quanto já estou.

Troquei a calça jeans por uma de moletom e fiquei sem camiseta, achando um lugar para me encaixar com Atena.

— Eu te amo, Vinnie — murmurou, dando um beijinho no meu maxilar.

—Eu também te amo, Atena.