Hurts like Hell ¹ | Vinnie Hacker ✓

024 ━ My mother is back.

ɴᴀ̃ᴏ ᴏ ᴄʜᴀᴍᴇ ᴅᴇ ᴀᴍᴏʀ
ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴀᴍᴏs ɴᴏs ғᴀʟᴀɴᴅᴏ ᴜʟᴛɪᴍᴀᴍᴇɴᴛᴇ
ɴᴀ̃ᴏ ᴏ ᴄʜᴀᴍᴇ ᴄᴏᴍᴏ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴄᴏsᴛᴜᴍᴀᴠᴀ ᴍᴇ ᴄʜᴀᴍᴀʀ

─── cherry, by
harry styles

Afrodite Thoja
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Whutering Heights estava pousado em
minhas mãos, enquanto alguns barulhos de cadeiras sendo arrastadas preenchiam a enorme biblioteca. A intenção era esquecer a noite da festa, e da minha tentativa ridícula de fazer Jett se desapaixonar por mim, que claramente não funcionou, e estou partindo para Nebraska com ele amanhã.

— Achei você! — me assustei quando Avani se sentou na cadeira a minha frente. — Por que não está arrumando as suas malas? Vamos partir ás cinco.

— É, as cinco da manhã, e agora são seis da tarde! — resmunguei, fechando o livro.

— É, mas você é a pessoa mais enrolada que eu conheço! — revirou os olhos, rindo.

— Tudo bem, você venceu, vou ir arrumar as minhas coisas. — coloquei o livro no lugar e me levantei da cadeira.

Avani conduziu até a minha casa, e notei um carro na frente do portão.

— Quem mais está aqui? — franzi o cenho. — Você vai ficar?

— Não posso, ainda tenho que treinar a minha dicção antes de ir. — gargalhei, descendo do carro.

— Tudo bem, até mais tarde. — ela acena com a mão e sai.

Abri a porta, inicialmente, não vendo ninguém além do meu pai, que já era meio estranho, visto que ele quase nunca passa o dia em casa.

— Papai? — ele se virou, liberando o meu campo de visão.

Uma enorme cabeleira cacheada me fez saltar do lugar. Mónica me olhava, sugestiva, provavelmente a espera de um abraço, ou de lágrimas de felicidade. Mas não teve nada além de uma expressão neutra.

— Oi, filha... — tentou sorrir.

— Não se atreva a me chamar de filha! — seu sorriso se desfaz. — Por que está aqui? Cansou de gastar todo o seu dinheiro em whiskey velho e maconha barata? — gritei.

— Afrodite! Ela ainda é a sua mãe! — meu pai me repreendeu.

— Papai, ela não é a minha mãe! Ela é só a mulher que me deu a luz, mas nunca agiu como uma mãe, e isso não vai acontecer agora. — explodi. — Ainda não me disse porque veio aqui!

— O seu pai e eu temos andado conversando por uns dias, e ele achou que seria uma boa ideia se passássemos o Natal juntos, em família. — gargalhei por alguns segundos.

— Divirtam-se assando um peru, porque eu estarei bem longe daqui! — meu pai me olhou de forma triste, mas não me impediu de sair da cozinha, ele sabe que, de certa forma, eu estou no meu direito.

Fiz a mala mais rápido do que pensei que faria, totalizando em uma mala grande e uma mochila. Vai ser só uma semana, de qualquer forma.

— Te mando mensagem quando chegar em Omaha. — abracei rapidamente meu pai e sai arrastando a mala pela rua, até parar na esquina.

Vinnie Hacker
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Atena já havia partido para New York, e só voltaria dia cinco de janeiro. Vou sentir falta dela.

Enquanto Jett dormia profundamente, pude ouvir o seu celular zumbir por alguns segundos. Afrodite.

— Alô? — atendi, mesmo sabendo que não deveria.

— Vinnie? Cadê o Jett? — ela estava ofegante e com a voz embargada, ela estava a ponto de chorar.

— Ele está dormindo. O que aconteceu? Você está bem? — perguntei apressadamente, preocupado.

— Estou... — fungou. — Você pode me buscar na minha casa? Eu realmente não tenho para onde ir com uma mala tão grande. — soltou um riso fraco.

— É claro. Chego em cinco minutos.

Dito isso, peguei minhas chaves e logo estava conduzindo para a rua da casa de Afrodite, e antes que pudesse parar em frente a sua casa, enxerguei seus cabelos selvagens no fim da rua. Por que ela está sozinha no frio?

— Sabe que não pode ficar tão exposta no inverno, não sabe? — pelo seu sobressalto, concluí que ela levou um susto.

— Eu não ligo. — diz, depois de colocar suas bagagens no banco de trás. — Você disse que o Jett estava dormindo?

— Sim. E você devia fazer o mesmo, avião não é o lugar mais confortável do mundo. — ela sorri fraco. — Pede para ele segurar a sua mão quando o avião decolar, assim você não vai sentir tanto medo. — apontei, vendo seu sorriso se tornar envergonhado.

Ela realmente pensou que, mesmo não estando mais juntos, eu esqueceria de tudo relacionado a ela?

Eu ainda sei que ela morre de medo de altura, do mar, trovões e aranhas. Foi tão hilário quando ela me acordou uma vez, gritando, porque pensou que tinha visto uma aranha, e depois ficou acordada o resto da noite, com medo que ela aparecesse novamente.

— Eu também vou. — ela me olhou. — Achei que devesse saber, provavelmente vamos nos encontrar lá. — sorri fraco, esperando que ela não desista de ir por minha causa.

— Isso é ótimo, sua família deve estar morrendo de saudades suas. — sorriu em resposta.

Kaylan sempre foi louca para conhecer Afrodite. Ela me xingou de todos os nomes quando soube de tudo o que fiz.

— O meu vôo sai ás nove da manhã. — comentei.

— Avani e Anthony  vão estar lá também. — ela sorri largo. — Estou feliz por eles, esse é um grande passo.

De repente, essa conversa passou para um lado mais sentimental, e ela também percebeu, e se calou em seguida.

Quando estacionei na minha vaga, ela pulou para fora do carro e abriu a porta de trás, puxando a sua mala.

— Deixa que eu levo. — ofereci, pegando no plástico que cobria a barra de metal.

— Obrigada.

O elevador estava parado no andar onze, então demoraria para chegar.

— Por que estava chorando? Quando ligou para o Jett, estava chorando. Por quê? — ela deu um longo suspiro antes de olha para o numerador do elevador. Nove.

— A minha mãe está de volta.