13- verdades

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Todo e qualquer caminho que optamos seguir, nos levarão a estradas distintas... Sejam elas, conhecidas ou não, algumas podem transformar tudo... Desse modo, cada instante do resto de nossas vidas, talvez dependa de algum atalho ou trilha que tenhamos escolhido percorrer...

Em pouco tempo todos da mesa juntaram-se a Ava, Sara e Pâmela.

_ Mas, o que está acontecendo aqui? _ indagou Quentin, preocupado com o clima que fatalmente se instaurou no local.

_ Quer que eu responda, ou a Senhora mesma prefere explicar sobre a paternidade do bebê? _ disse John, direcionando suas palavras à Dina*.

A mulher sentiu suas pernas perderem toda a força, precisando amparar-se em seu marido.

_ Mãe, o que está havendo? Do que ele está falando? _ Sara, já trêmula, questionava.

Dina baixou a cabeça por alguns instantes. Em seguida, erguendo-a, tomou fôlego para responder ao rapaz.

_ Eu mesma explico...

_ Finalmente! _ exclamou John _ Vamos até o escritório.

_ Não pode falar aqui, Senhora Lance e acabarmos com isso? _ Ava sentia uma vontade inigualável de sair daquele lugar.

Ela estremeceu, pois, naquele momento percebeu que, de fato, havia algo a ser contado. O mesmo ocorrera com Sara, apesar de relutante, acompanhou-lhes até o escritório.

_ Por Deus, o que você fez dessa vez, Dina... _ murmurou Quentin, próximo a esposa, apenas recebendo um olhar em retorno.

_ Mãe, o que está acontecendo afinal? _ a loira desesperou-se antes mesmo de ouvir o que a mãe tinha a dizer.

Ava estacou ao lado da porta, de braços cruzados e semblante repleto de seriedade.

_ Espero que algum dia você me perdoe, filha... _ virou-se para a loira mais Alta_ E, você também Ava.

_ Dina, o que houve de tão sério? _ perguntou Pâmela.

_ Não era doador anônimo... John foi quem doou o sêmen.

_ O QUÊ??? _ o grito de Sara ecoou por toda sala _ O QUE VOCÊ FEZ?

Ava congelou, não teve reação alguma, parecia petrificada.

_ Meu Deus... _ Quentin sentou-se na cadeira próxima a ele, segurando a cabeça com as mãos.

Randy achegou-se até a filha, após notar a reação calada e relativamente calma que ela demonstrava, um tanto quanto incomum.

_Está sentindo alguma coisa, minha filha?

_ Ódio... _ resumiu.

_ Filha, não se esqueça... Estamos aqui para você! _ enfatizou sua mãe, sem saber como agir diante de tal disparate. Por fim, questionou a sogra de sua filha _ Isso é mesmo verdade, Dina? _ de tão absurdo que achava, Pam ainda preferiu dar-lhe o benefício da dúvida.

_ Eu tenho documentos que provam, Senhora Sharpe. _ adiantou-se John.

A mulher fuzilou-o com os olhos.

_ É melhor se calar, rapaz. Você já causou o suficiente. _ aquele, certamente, não era apenas um pedido de Randy e sim um aviso, que foi entendido por John.

_ Documentos? Mas, os que eu assinei eram do doador anônimo. _ disse Sara.

_ Você não lê documentos, Sara... _ lembrou-a, Ava.

_ Mas, você leu Ava... Lembra? Eu dei pra você ler!

Naquele exato segundo, Ava percebeu o quão maquiavélica fora sua sogra.

❦  𝙎𝙤𝙗𝙚 𝙖 𝙇𝙪𝙯 𝙙𝙤 𝙇𝙪𝙖𝙧- 𝑨𝒗𝒂𝒍𝒂𝒏𝒄𝒆 ❦ Onde histórias criam vida. Descubra agora