1- Um pós-plantão conturbado

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Ass.: Essa é minha primeira produção. Então, peço desculpa desde já, se a leitura não lhe causar emoção. Ou se em algum momento ouve erros ortográficos não percebidos por mim. Ao todo, lhe desejo uma boa viagem literária.
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O hospital estava cheio nesse plantão. Pessoas chorando, enfermeiras correndo de um lado ao outro, gritaria e muita dor de cabeça.

Estava parada de frente a janela do meu escritório, observando os prédios gigantescos de São Francisco, enquanto me questionava o que tinha dado de errado com aquela paciente. Eu tinha tudo sobre controle, já tinha feito aquele procedimento milhares de vezes. Talvez fosse o cansaço. Fazia 3 noites que não conseguia relaxar meus musculos e cessar meus pensamentos na hora de dormir. Era como se eu tivesse ligada sempre nos 220, nunca tinha tempo para descanso.

-Ei, você quer um café? - perguntou Bernardo. Me fazendo voltar a realidade e expulsando os meus pensamentos distantes.

-Acho que estou precisando de um pouco de cafeina agora. - respondo, me virando para ele e dando um sorriso cansado.

-É, você precisa mesmo! - Ele ri sem graça, entregando-me uma xícara com café.

-Obrigada!- Pego a xícara e logo o cheiro do café invande meus sentidos e me abraçada como um colo de mãe.
- Meu Deus, eu amo café!- falo, enquanto fecho os olhos e inspiro o aroma, para sentir a emoção de forma mais prazerosa.

-Eu sei, "você poderia se casar com o café". Você ja me disse isso. - debocha Bernardo, quando se aproxima de mim.

-Mas, o que você estava pensando olhando pro nada, agora a pouco? - perguntou.

-Eu já me casei querido, hoje em dia, é a minha relação mais duradoura. -respondo, rindo e bebericando meu café.

-Eu não estava olhando pro nada, eu gosto de apreciar a paisagem que tenho do meu escritório, nem todos tem esse privilégio. -falo, me virando para a janela para observar mais uma vez, antes de me virar novamente para ele.

-Sim, mas você não respondeu minha pergunta. O que te deixou tão pensativa?
-insiste ele.

- Ah, não é nada. Só estava pensativa sobre algumas coisas. Não muito importantes. E, você o que tem para me contar desse plantão?- pergunto, tentando mudar de assunto.

-Você deveria se abrir mais comigo, Luna. Eu sou seu namorado, mas não sinto que faço parte da sua vida. Você sempre me deixa distante nesses momentos. - ele fala, deixando a xícara na mesa e se aproximando para perto de mim.

-Bem, o plantão foi bem chato, não teve muito emoção. Mas eu sei, o que tem emoção. -ele vai se aproximando mais e fica quase um passo de mim.

-Para com isso, Bernardo. Estamos no trabalho. - digo, me afastando dele.

-Eu ja acabei meu turno e você também. Não estamos no horário de trabalho. -ele fala, chegando mais perto e acaricia com o polegar a minha bochecha.

Fico parada, o calor dele junto ao meu. A mão dele se movimentando no meu rosto, até que o polegar dele encontra minha boca. Eu olho para ele e vejo o fogo que abita naqueles olhos. Quando ele me toma pela sua boca, eu fico surpresa, mas cedo, como se precisa-se daquilo. Meus lábios se movimentam junto ao dele, como uma dança exagerada e sincronizada. Ele desenha a linha do meu pescoço com língua, até voltar para minha boca novamente. Eu resmungo algo baixo.

Vivendo uma nova experiência na FazendaOnde histórias criam vida. Descubra agora