Capítulo 15

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- Não vai atender o telefone Dylan? - a pergunta de Anthony ecoava em sua mente.

- Hum... o quê? Ah, sim. Eu vou... - Dylan procurou não demonstrar qualquer sentimento ao amigo.

Distanciando-se, Dylan viu no visor o nome de Anna.

- O que você quer?

- Oi para você também!

- Diga o que precisa Anna, estou com os alunos visitando a cidade.

- Nossa! Só desejava ver como estava!

- Estou bem! Se era somente isso...

- Ah, e também precisamos conversar, quando você retornar de sua viagem. - O tom de voz de Anna era frio.

- Conversaremos! - Num impulso, Dylan desligou o telefone sem ouvir a resposta do outro lado da linha.

Retornando a mesa do bar, Dylan bufou sentando-se em frente ao amigo.

- O que está acontecendo, Dylan?

- Como assim?

- Te vejo a alguns dias muito estressado. Algo acontecendo em casa? Ou na universidade?

Mal sabia Anthony, o que realmente estava acontecendo e tampouco poderia descobrir.

- Não é nada, Anthony. Nada que eu não possa resolver. - Dylan tentava permanecer indiferente.

- Sua aluna e assistente não veio ao passeio, ela está bem?

- Hum... não, sabe que eu nem notei que ela não veio com os demais?!

- Sério?! - Anthony ergueu a sobrancelha.

- Está acontecendo algo entre vocês, Dylan? Pode se abrir comigo meu amigo!

- De onde você tira essas ideias, Anthony? Não tem nada acontecendo. Talvez ela só quisesse aproveitar a praia.

- Não estou falando disso. Eu vi os olhares de vocês dois essa manhã no café. - Anthony girava seu copo de uísque e na mesa.

- Não procure algo que não existe! E vamos que já esta na hora de retornar-mos para as apresentações.

Levantaram-se e seguiram em silêncio por um longo tempo, enquanto todos os alunos se dirigiam ao ônibus que os esperava.

                        
                                              ***

Grace estava sentada na areia de pés descalços fazendo traços com um graveto. De relance, olhava em direção ao farol e pensava no quão bom foi a noite que passara com Dylan naquela cabine. " Será que devo realmente ir? Ele não sabe o quanto sou apaixonada por ele, e isso pode estragar as coisas."
- O pensamento martelava em sua mente. Mas em seu coração, algo se dizia que deveria se entregar a essa paixão. Se enchia de um sentimento que não conseguia explicar.

- Sr. Gavin? - Grace tocou-lhe o ombro.

- Ah, oi Grace, digo Senhorita O'Connor! Chegaste em tempo. Me ajude com essas redações, sim?

Ao entregar as folhas nas mãos de Grace, segurou por um momento e lhes disse baixinho:

- Leu o meu bilhete?

- Sim.

- E então? Posso te esperar? - Os olhos de Dylan estavam atentos e com a pupila dilatada. Um sorriso malicioso saiu de seus lábios.

- Estarei lá. - Grace, pegou as folhas em suas mãos e dirigiu-se a uma das cadeiras vazias do auditório.

Enquanto tudo corria bem, durante as apresentações, Dylan sentou-se discretamente em um lugar que pudesse enxergar a pequena Grace. "Ela está tão linda."  - Dylan passava um dedos em seus próprios lábios, imaginando-se tirando aquele vestido floral encantador. Seu jeito inocente o deixava ainda mais louco. "Minha." Pensou. Não  conseguia desviar o olhar de seus lábios rosadas, imaginando-a chupando-o. Precisava se recompor ou alguém repararia no volume de suas calças. Dylan já não prestava atenção nas apresentações. Tudo o que via era Grace despida em sua frente. Olhou novamente de relance e viu Grace o olhando de volta, viu seu rosto corar e sorriu com o rubor dela. Naquele momento, sua vontade era de sentar ao lado dela e poder discretamente, passar o dedo indicador de leve em suas coxas, levantando lentamente a borda de seu vestido. Então, olharia para o seu rosto angelical de perfil, e veria ela mordendo os lábios de forma sedutora, tentando se conter. Ele estaria nesse momento levando ela secretamente a loucura, sentada naquela cadeira. Seus dedos iriam subindo por dentro de sua coxa, enquanto ela tentaria se ajeitar na poltrona. Então ele finalmente encontraria sua calcinha completamente molhada pelo desejo de tê-lo. Se imaginou puxando a calcinha dela para o lado e tocando em seu clítoris encharcado. Ela iria se contorcer sob seus dedos. E não poderia demonstrar, afinal, todos estariam olhando. Ele podia sentir a sua excitação enquanto introduzia um dedo para dentro dela, quando o outro massageava lindamente seu clítoris. E então, ela gozou em seu dedo. Ele podia sentir sua vagina se contraindo, pulsando em seu dedo. Ela havia chegado ao orgasmo, tapando a sua própria boca. Por fim, ele levaria o dedo até a boca e sentiria o gosto da vagina molhada dela. Tão saborosa! Dylan por um segundo fechou os olhos e sorriu pensando naquela cena. Viu molhar levemente a calça com o desejo que explodia na ponta de seu pênis. Foi então, que arrancado de seus devaneios, pelos aplausos, percebeu que a apresentação de Anthony havia chegado ao fim.

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