Ao final da aula, Dylan ainda sentia o latejar da sua cabeça. Com as mãos na cabeça e cotovelos apoiados em sua mesa, tentava aliviar a dor de uma ressaca de domingo a noite.- Professor?
Dylan reconheceu a voz doce que vinha da porta.
- Grace, quero dizer, Senhorita O'Connor! O que faz aqui?
- Vi seu semblante no intervalo e fiquei preocupada. Vim saber como está. - Grace agora se aproximava mais.
- Obrigado pela preocupação Senhorita O'Connor, mas estou bem. - Dylan permaneceu com a cabeça entre suas mãos.
- Então, acho que vou indo. - Disse Grace afastando-se lentamente.
- Senhorita O'Connor?
- Sim?
Dylan olhou por alguns segundos os belos olhos de Grace e continuou.
- Gostaria de saber se lhe interessa me ajudar no Congresso? Preciso de um assistente e, acredito que ninguém melhor que você para me ajudar, já que tens as melhores notas da classe. - Seu olhar permaneceu fixos no de Grace.
- Sr. Gavin, seria uma honra ajudar. Mas o Senhor tem certeza que posso com tamanha responsabilidade?
- Se não estivesse certo, não haveria lhe pedido.
Grace corou e baixou seu olhar desviando sua timidez.
- Então, aceito.
E com um sorriso, Grace deixou a sala e Dylan com seus pensamentos.
- Dylan? - A voz de Peter ecoou pela sala vazia.
- Oi Peter.
- Não me diga que sua Grace é quem estava aqui agora?
- Minha Grace? Que história é essa?
- Não se lembra nada de ontem? Você quase se matou para alcançar aquela moça do bar chamando pela Grace, que até onde eu sei, essa é a sua única aluna chamada Grace. Me fala a verdade Dylan, ela é virgem mesmo? - Peter apontava o dedo para a porta.
- Cala a boca Peter! Alguém pode ouvir. Caralho! Estou fodido mesmo. - Afirmou, baixando a cabeça entre as mãos.
- Porquê?
- Cara, estou tentando ficar longe dessa garota e o que eu fiz? A chamei para que seja minha assistente no Congresso. Eu sou um idiota mesmo. Penso com a cabeça de baixo como qualquer outro estúpido homem das cavernas.
- Ei calma aí cara! Também não é assim.
- E como é?
- Dylan, me fala a verdade. Você está a fim dela?
- Claro que não! Sou casado, não posso me envolver com ninguém, nem quero. Principalmente se tratando de uma aluna. Grace é doce..,inocente...tem um cheiro bom e, cacete! É virgem. O que está acontecendo comigo?
- Dylan, talvez você só não esteja bem no seu casamento e...
- Eu me masturbo pensando nela Peter! - Dylan agora gritava. - Eu não consigo olhar para ela, sem imagina-la sob a minha mesa. Tenho tesão só de imaginar tirando a virgindade dela, caralho! - Seus punhos estavam cerrados e então ouviu-se um estrondo na mesa.
- Caramba! Meu velho, não sei o que te dizer. - Peter passou a mão pelos cabelos.
- Então não diga nada. E me deixe aqui com a minha agonia. - Dylan voltou a baixar a cabeça.
***
Grace acordou disposta depois do convite do Sr. Gavin. Ela seria sua assistente. Poderia passar mais tempo ao se lado, aspirando aquele aroma gostoso de seu perfume, trocando ideias sobre seus autores preferidos, e talvez ele até pudesse mostra-lhe o quão belo era essa cidade que tanto falava. Ou talvez Grace devesse tirar da cabeça essas ideias idiotas que insistiam em brotar em sua mente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Farol de Vênus
Romansa**ATENÇÃO** Contém tema adulto e linguagem imprópria. Recomendável para maiores de 18 anos. Quando uma revelação muda o rumo das coisas, irá Dylan conseguir conciliar sua vida pessoal e profissional? E depois daquele pedido? A inocência de Vênus irá...