Change

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Ola queridos(a)
Boa leitura <3
~ CAPÍTULO REESCRITO ~

" Change pt. 2
RM "

" I can't believe I loved you once
Fool me once, then fool me twice
Shame on you, yeah, shame on me
Think I lost my sanity
Chemistry we had for sure
Gradually we wanted more
They say you can't fix someone
Seems you got one fit you right "

🍂

Batidas fortes ecoam no meu quarto. Não me lembro de ter dormido, mas a tela apagada do computador e a dor em minha coluna denunciam que eu cochilei sobre o teclado por um bom tempo.
Pego meu telefone, quando batidas frenéticas soam outra vez e nota que quem quer seja está tentando derrubar a porta do meu quarto; são três horas da madrugada.

A pessoa volta a bater e enfim eu ouço, ou melhor, sinto a falta do som barulho que meus colegas de apartamento estão sempre escutando, independente do horário ou dia. No meu ecrã, ainda ligado, mensagens da minha mãe se amontoam a algumas outras, são muitas de uma vez, mas talvez ela só tenha tentado me fazer entrar no chat para ver a foto de alguma flor que desabrochou em sua estufa.

Decido parar a pessoa que não se cansa se esmurrar a minha porta antes de respondê-la, porque sei que no momento que abrir a sua conversa entrarei em um esquema de pirâmide de fotos da sua bela estufa.

Alongo as costas no caminho até a porta e me pergunto qual dos três idiotas que moram comigo está sóbrio o suficiente para me incomodar. Abro a porta parcialmente, olhando através, meu espanto é grande o suficiente para terminar de abrir a porta.

ㅡBoa noite, senhor, recebemos uma denúncia de perturbação do sossego. -O policial a minha frente é calmo aí explicar, com a voz clara e firme. ㅡLor não ser a primeira vez que atendemos a uma denúncia neste apartamento, os inquilinos estão sendo intimados a comparecer na delegacia no prazo de vinte quatro horas.

Minha mente dá uma volta, passando por todas as vezes que os vizinhos pediram para desligarem o som ou das tantas vezes que policiais tiveram que intervir. Claro, estavam sendo tolerantes até demais. Estava me perguntando quando medidas mais drásticas seriam tomadas, mas não esperava que fosse enquanto eu ainda estivesse morando aqui.

ㅡEspera , todos? Isso significa que eu também estou sendo intimado?

ㅡExatamente, senhor.

Raiva é a única emoção que tenho no momento, não dos policiais, eles estão cumprindo seu papel. Mas sim, dos caras com quem divido essa espelunca, eles estavam cientes que os vizinhos já estavam fartos de todo esse inconveniente.

ㅡEntendi, certo.. -Como se deve reagir a uma intimação? Eu sequer pisei na delegacia em toda a minha vida e justo agora tenho apenas 24 horas para estar lá. ㅡCom todo respeito, senhor, mas pode perceber que eu claramente não faço parte disso. -Fako apontando para a bagunça na sala.

Ele afirma como se compreendesse, mas o que sai da sua boca não é o que eu esperava ouvir. ㅡEstar ciente e não fazer nada se encaixa como cumplicidade.

Não falo mais nada porque ele está certo. Eu me deixei ficar mesmo sabendo de tudo que acontecia e dia tantos problemas que já foram causados aqui. Isso é completamente culpa minha.

Eu agradeço ao policial, que logo se retira. As enormes caixas de som foram confiscadas e os meus colegas estão bêbados demais para sequer tentar protestar.

Deixo um suspiro me escapar dos lábios quando fecho a porta após os policiais irem embora. Passo pelas garrafas de bebidas no chão e volto ao meu quarto, trancando a porta outra vez
Pego meu celular sobre a mesa e me jogo na cama. Me sentindo mais cansado do que poderia ser possível depois de um longo cochilo. Meu telefone acende e as mensagens da minha mãe estão da mesma maneira que minutos atrás e penso que talvez suas flores e selfies com sorrisos doces me mostrando seu dia elimine uma parte da tensão que se formou sobre meus ombros.

Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora