Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO

Não Foi Dessa Vez

Olá docinhos!
Boa leitura <3

                   -Nao foi dessa vez-

Izuku Midoriya pov's 

Em algum momento eu havia parado de respirar, meu corpo estava tremendo e eu sentia minhas pernas fracas. Para ser bem sincero eu não entendia bem porque estava assim, atrás dessa porta só tinha pessoas que eu conhecia a minha vida inteira. Eu confiava em cada um deles e sabia que independente do que acontecesse eles ainda seriam minha família. 

Mas eu me sentia apreensivo, principalmente em vê-lo. Claro, eu quero mais do que tudo sentar ao seu lado e conversar sobre tudo, deixar as coisas claras e se possível acertar o'que temos, mas isso não significa que será fácil. Conheço Katsuki desde que me entendo por gente e não houve um momento em sua vida que ele não ficasse estressado, até quando estava feliz ele ficava com raiva, isso já era motivo suficiente para me fazer engolir seco. 

Respirei fundo e abri a porta, estava silencioso, o único barulho foi da minha mala sendo posta no chão e dos meus sapatos. Precisei olhar mais de uma vez enquanto fechava a porta e caminhava até a sala para ver minha mãe sentada na pequena vara do olhando para o céu e a cidade. Só quando eu já estava ao seu lado foi que ela me notou. 

-Oh meu lindo, você voltou. 

Ela me abraçou assim que sentei na cadeira vaga ao seu lado, acariciando meus cabelos e os beijando, exatamente como fazia quando eu caia e me machucava na infância. 

-Como você está? Se sente mais tranquilo agora? - Minha mãe acariciou minhas bochechas e analisou meu rosto. - Você bebeu? 

Afirmei, para todas as suas perguntas. 

-Ele… 

Ela afirmou sem nem mesmo me dar a chance de terminar a frase, mas eu sabia que ela havia entendido. As mães sempre sabem como estávamos no sentido e o'que pensamos, principalmente nesses momentos mais complicados. 

-Mit e o Masaru o arrastaram para o quarto pouco depois dele voltar e até então não saíram de lá. - Ela sorriu antecipadamente. - A parte boa é que eu não ouvi nada sendo quebrado ou gritos. 

Nós rimos fraco, quando a tia Mit ficava estressada tínhamos que sair de perto e tirar os objetos mais frágeis também. Nisso ele se parecia muito com ela. 

-Poderia…avisá-lo que eu voltei e que quero conversar com ele? 

-Você quer mesmo? Sabe que sempre pode esperar mais um pouco, né? 

Afirmei outra vez. 

-Quanto mais cedo resolvermos isso melhor será. 

Ela beijou a minha testa antes de se levantar. Eu segui até o quarto que dizíamos ser nosso, enquanto a minha mãe foi até o outro. Me sentei na cama e não pude evitar mexer nos dedos de forma nervosa. Eu sempre fui muito tímido Quando era mais novo, sempre me escondendo e usando o Katsuki como escudo, a quando tinha ele comigo era que enfim podia fazer algo que eu considerava ousado ou assustador. 

Depois que nos separamos eu tive que aprender a fazer essas coisas por conta própria. Tive que ser o meu próprio escudo e o meu próprio apoio. Deixei de ser um garotinho tímido e enfrentei tudo que precisei. Eu sentia que enfim havia crescido. 

Mas ter Katsuki outra vez na minha vida me fez relaxar e mais uma vez o coloquei como escudo, achando que tudo se resolveria se eu deixasse por sua conta. Só agora percebo que nem tudo ele pode solucionar. 

Eu pensei que se ficássemos próximos em algum momento ele daria um fim ou veria meus sentimentos, mas não é tão simples. Algumas coisas óbvias também precisam ser ditas.