Katsuki Bakugou após o término:
Enquanto meus pais preparavam o jantar tudo que vinha a minha mente era a facilidade com que Izuku foi embora. Fazem algumas horas, mas em minha mente as suas costas cruzando a porta de saída daquele que foi o nosso lar por esses tantos meses ainda esta fresco, minha mente insiste em relembrar e relembrar sem parar.
-Katsuki?
Minha mãe estava me encarando preocupada, ela me estendeu um copo de água e eu o peguei.
-Ficar pensando tanto não vai fazer as coisas mudarem.
Eu afirmei, embora não pudesse parar de lembrar. Fazem álbuns dias que tudo terminou e um pouco menos que Izuku e tia Inko foram embora. Também estamos empacotado todas as coisas que sobraram, a maioria vai para doação e o resto vou arrastar até o meu próximo ape ou para a casa dos meus pais. Eu sinto que se ficar aqui ou tiver algo dele comigo acabarei surtando, talvez beba como o idiota que sou e ligue para ele, para pedir que volte ou para xingako.
Nunca se sabe.
As palavras de Izuku grudaram na minha mente durante todos esses dias, me impediram de dormir e de ir até o trabalho, mas a única coisa boa foi que enfim entendi oque ele quis dizer. Um relacionamento construído por sentimentos frágeis não iria durar. Se não eu mesmo fui capaz de responder às suas perguntas sobre a veracidade dos meus sentimentos como espero que ele fique?
Eu sei que o amo, hoje e agora, mas e amanhã? Quão durável isso seria? No fim só acabaríamos machucando mais uma vez.
-Você precisa comer, não quero vê-lo cair por estar fraco demais.
Mitsuki me olhou com uma serenidade não muito típica dela e sorriu, empurrando o prato em minha difração e observando atentamente enquanto eu comia.
-Voltará conosco para casa enquanto não achar outro ape?
Meu pai perguntou ao se se tão ao meu lado.
-Se eu voltar não vou conseguir trabalhar e vou acabar sendo demitido.
Eu realmente não queria voltar ao trabalho agora, eu não queria nada, pra falar a verdade.
-Você reclama tanto desse trabalho que eu realmente acho que não faria falta, não é?
Eu concordei com ela e ri.
-Ele me disse uma vez que se eu ficasse sem emprego um dia poderia facilmente ter um restaurante, com sei lá quantas estrelas.
Eu ri mais uma vez, me lembrando da outra parte, da parte que ele estaria comigo.
-Vamos para casa, filho. Você precisa de um momento para por os pensamentos em ordens.
Eu afirmei. Passei tantos meses dependo dele para controlar as minhas emoções, fui tão dependente que agora que não o tenho mal sei escolher a minha própria comida.
Tudo que quero, apesar de tudo, é que ele seja feliz.
//
Katsuki voltou para a casa da sua infância alguns dias depois, primeiro ele visitou todos os lugares que geralmente frequentava quando era adolescente. Encontrou velhos amigos e até saiu com alguns deles algumas noites, bebeu um pouco e se esqueceu momentaneamente de tudo.
Um tempo depois já se sentia mais livre para voltar a ser um adulto responsável. Katsuki começou a trabalhar em um bar no centro da cidade, lá ele conheceu um cara que por coincidência sabia de um restaurante que estava precisando de ajudantes e depois de experimentar a comida que Katsuki fazia, ele não pode deixar de insistir que ele fosse trabalhar lá.
Mesmo não estando muito confiante, Katsuki foi, trabalhou como assistente e em poucos dias já era sub chefe. Katsuki trabalhou lá até tomar coragem e juntar dinheiro suficiente para abrir seus próprios restaurante, com a ajuda dos pais, dos amigos e da tia o restaurante foi um sucesso de primeira.
Nem em seus sonhos ele sonhou que poderia fazer algo assim, que abriria seu próprio restaurante e chegaria um momento em que estivesse tão requisitado que tivesse que expandir o negócio. Ele tinha um restaurante na sua cidade Natal, era um negócio que começou muito pequeno mas que não demorou nada a crescer, atualmente era até difícil para os clientes conseguirem alguma mesa, tendo que fazer a reserva vários dias antes.
Ele estudou e fez muitos cursos em diferentes áreas da gastronomia, até mesmo se tornou sommelier e confeiteiro. Suas opções e alcances cresceram bastante e agora era quase impossível achar um restaurante na região que se equiparasse ao seu.
Ele poderia dizer que certamente estava vivendo um bom momento em sua vida.
//
-Hoje não deveria ser meu dia de folga? Porque diabos estou sendo obrigado a cozinhar para vocês?
Reclamei ao ver meus pais empurrando todo o trabalho para mim, os dois mais velhos só riram e se sentaram na mesa da cozinha me observando e tomando vinho.
-Você é o chefe aqui, querido.
Minha mãe brincou e eu tive que revirar os olhos para não jogar todos os ingredientes em uma panela e rezar para que ficasse bom.
Nos três conversamos sobre qualquer assunto que minha mãe puxava, até que ela tocou em um específico e aí foi impossível não ficar rígido.
-Inko estava me contando que o Izu lançou um aplicativo de segurança para bancos. Muito inteligente o nosso garotinho, não é?
Ela sorriu animada e meu pai também. Sim, tem razão, ele é inteligente e eu não esperava menos daquele nerd, sempre soube que alcançaria tudo que quisesse e não havia ninguém melhor que ele quando se tratava da segurança tecnológica.
-Como era o nome mesmo…que a Inko disse que se chamava o sistema?
Mitsuki tentou lembrar, mas não conseguiu. Ela e meu pai ficaram nessa de tentar lembrar até quando eu já estava prestes a terminar o jantar.
-Oh! É isso, "Granatus" tem origem latim.
Meu pai quase gritou, eu apenas ri da empolgação deles.
-Sim, isso mesmo. É uma pedra preciosa e se não me engano se traduz como "Granada".
Minha mãe disse e então meu pai pegou seu telefone, não entendi e apenas os assisti enquanto esperava o ponto da carne.
-Nunca ouvi falar dessa pedra, vamos dar uma olhadinha querida.
Ele pesquisou e os dois observaram a tela do telefone por um tempo antes de exclamar em surpresa.
-Oh meu Deus! O que é isso…
-Do que infernos estão falando? O'Que de tão surpreendente tem uma pedra?
Eu perguntei e ela me chamou. Eu me aproximei deles para olhar e quase não pude crer.
-Elas são…
Minha mãe de uma hora para outra perdeu a fala. Embora eu não pudesse julgá-la, estava tão surpreso quanto ela.
No fim eu tentei dizer a mim mesmo que a escolha do nome não tinha nada haver comigo, que essas coisas não passavam de pequenas coincidências. Não posso me dar ao luxo de ter esperança por algo que nem posso ver, ele está do outro lado do mundo e muito provavelmente nem pensa mais em nós.
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O do Kat é no mesmo estilo do Izu. Portanto, podem perguntar caso tenham dúvidas.
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Beijinhos de luz e até o próximo.
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Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO
FanfictionEm uma reviravolta surpreendente, Katsuki e Izuku se veem obrigados a compartilhar o mesmo teto, uma situação imposta por seus pais na esperança de ressuscitar uma amizade que se dissipou. No entanto, o que os mais velhos não sabem é o motivo pelo q...