Where do we go now?

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Boa leitura. <3
~ CAPÍTULO REESCRITO ~

"Sweet Child O' Mine
Guns N' Roses

She's got a smile that it seems to me
Reminds me of childhood memories
Where everything was as fresh
As the bright blue sky

Now and then when I see her face
She takes me away to that special place
And if I stare too long
I'd probably break down and cry

Oh, oh, oh, sweet child of mine
Oh, oh, oh, oh, sweet love of mine"

🍂

Izuku nunca fora fã de silêncios e lugares vazios. Desde a infância, sua mãe, sempre simpática e comunicativa, estava constantemente cantarolando, contando histórias ou descrevendo detalhadamente como cultivar uma planta ou preparar uma sopa de legumes. Sua educação era marcada por conversas constantes, sem espaço para guardar sentimentos ou ficar em silêncio. E a família Bakugou, com sua agitação e caos, fazia parte desse cotidiano que Izuku adorava. Ele cresceu expressando seus pensamentos, sempre com um confidente ao seu lado, alguém que, mesmo zombando de suas inseguranças e medos, nunca o julgava.

Agora, Katsuki parecia o mesmo de sempre — com seus cabelos loiros bagunçados e uma postura de indiferença. No entanto, Izuku sentia uma barreira invisível entre eles, uma força que o impedia de entender o que se passava na mente de Katsuki e o fazia permanecer em silêncio. Suas palavras estavam restritas à superficialidade, enquanto seus verdadeiros pensamentos pareciam bloqueados.

O caminho de volta para casa foi envolto em um estranho silêncio. Katsuki parecia perdido em seus pensamentos, alternando o peso das sacolas de um lado para o outro. Izuku percebeu que não era o peso que incomodava Katsuki, mas algo que o atormentava desde a saída do mercado. Não se atrevia a perguntar, não sabia o que questionar ou se Katsuki estava disposto a falar. O silêncio não significava que o desentendimento entre eles tivesse cessado. Izuku decidiu ignorar a curiosidade e focar em seus próprios passos.

Ao chegarem em casa, o pouco tempo passado no mercado parecia ter sido exaustivo. As sacolas pareciam intermináveis, e, em um consenso silencioso, começaram a separá-las em seções.

— Eu realmente preciso de um carro... Da próxima vez, devemos voltar de táxi — Katsuki resmungou, sua irritação evidente.

— E eu preciso aprender a dirigir antes de querer um carro — Izuku respondeu distraidamente.

Bakugou olhou para ele com uma mistura de incredulidade e frustração.

— Você não sabe dirigir? Como ainda não aprendeu isso? É uma habilidade básica que todo mundo desenvolve na época da faculdade.

— Desculpe, mas estive ocupado com os estudos e não consegui arranjar tempo para uma autoescola — Izuku tentou manter a calma.

— Fala sério... Aposto que também é horrível com bebidas, já que provavelmente nunca foi a uma festa universitária.

— Não gosto de ter meus sentidos nublados ou esquecer o que fiz no dia seguinte. Então, apesar de ter ido a algumas festas, não bebi muito — Izuku enfatizou, um pouco ofendido.

Bakugou revirou os olhos e estalou a língua, como se não conseguisse compreender a situação de Izuku.

— Às vezes, eu esqueço o quão obcecado você é por estudos e o quanto você realmente é um nerd, um "bebê da mamãe" que aparentemente nunca se embriagou na vida.

Izuku deu de ombros, com um leve sorriso de orgulho nos lábios.

— Acho que sou mesmo.

— Está concordando comigo? Tem certeza? — Katsuki perguntou, com surpresa e sarcasmo. — Sabe que ser um "virjão" não é motivo de orgulho.

Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora