Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO

The boy I used to know

Boa leitura <3
~ CAPÍTULO REESCRITO ~

“Waves
-Dean Lewis

There is a swelling storm
And I'm caught up in the middle of it all
And it takes control
Of the person that I thought I was
The boy I used to know

But there is a light in the dark
And I feel its warmth
In my hands, in my heart
Why can't I hold on?”

🍂

Era uma típica manhã de sábado, o tipo de dia em que a preguiça toma conta de todos. Izuku não era exceção. Deitado no sofá há algumas boas horas, seus olhos verdes brilhantes fixos no vazio, ele mal prestava atenção ao tempo que passava. O esverdeado sabia que Katsuki tinha passado pela sala algumas vezes, mas não fazia ideia de que horas o loiro havia acordado ou se já tinha tomado café, apesar de ter ouvido sons na cozinha logo pela manhã.

A noite anterior tinha sido estranha. Após o jantar, cada um foi para o seu quarto, e desde então, não tinham mais se visto. Izuku estava perturbado. Katsuki ainda era o mesmo: arrogante, de boca suja, problemático, caçava confusão sempre que possível, mas algo nele parecia... diferente. Essa diferença incomodava Izuku de uma forma que ele não conseguia ignorar. Ele sabia que os anos poderiam ter mudado Katsuki, mas agora, convivendo com ele novamente, os detalhes que antes passavam despercebidos agora gritavam em sua mente.

Ele não queria pensar tanto sobre isso, não queria deixar sua mente explorar esses caminhos perigosos. Katsuki fazia parte do seu passado – uma parte enorme e inescapável – mas deveria continuar lá. Apesar disso, Izuku se pegava querendo permanecer ali, imóvel, perdido em pensamentos contraditórios. Parte dele queria simplesmente relaxar, deixar sua mente vagar livremente, olhando para o verde das plantas e ouvindo os passos de Katsuki pela casa. Mas a outra parte estava inquieta, incomodada com a mudança sutil que percebia em Katsuki e, mais ainda, com o que isso provocava dentro dele.

Izuku teria permanecido em seu devaneio se uma cabeleira loira e um rosto com proporções de tirar o fôlego não tivessem invadido seu campo de visão. Katsuki, com seus olhos vermelhos afiados, o encarava como se pudesse atravessar sua alma com aquele olhar.

Ele tinha noção do quê causava as pessoas quando as olhava assim?

— Levanta. Vamos limpar essa porra de casa antes de ir ao mercado.

Izuku piscou, ainda meio atordoado pela presença do loiro.

— Oi? — perguntou, apenas para confirmar se tinha ouvido direito.

Katsuki bufou, cruzando os braços sobre o peito.

— Levanta essa bunda mole do sofá e vamos limpar o caralho da casa! — Sua voz carregava a impaciência de quem estava prestes a explodir.

Izuku revirou os olhos, exasperado, mas levantou-se, mesmo contra sua vontade.

— Para sua informação, minha bunda não é mole — retrucou, com um tom de voz irritado, enquanto saía quase marchando pelo corredor.

— Se você diz...— Katsuki murmurou, os olhos involuntariamente seguindo a curva das costas de Izuku ate abaixo de sua cintura. Ele mal teve tempo de registrar o pensamento traiçoeiro antes de se repreender com raiva. —Que porra é essa? Não pense nessas merdas, Bakugou.

Quando Izuku voltou, usando roupas folgadas que lembravam as de Katsuki, o loiro não pôde deixar de notar o contraste entre eles. As cores vibrantes de Izuku chocavam-se com o preto e cinza de Katsuki, como se até suas roupas gritassem que eram completos opostos.