Beijos

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Olá docinhos!
Boa leitura <3

                               -Beijos-

O fim do inverno não demorou a chegar e os dias correram como água em uma nascente, brandos.

Izuku e Katsuki seguiam suas vidas como sempre, trabalhar, discutir as vezes e conversar com os pais sobre um falso noivado. Mentir nunca é a opção, nunca é a solução. Quanto mais tempo se passava maior essa bola de neve de mentiras crescia e crescia e, cada vez mais ameaça rolar por cima dos dois e os sufocar.

Eles não tocaram no assunto dos dias na casa dos pais, nem dos selinhos e nem da proximidade e da intimidade. Era como um tabu que os dois faziam questão de evitar.

Os amigos de Katsuki sabiam do noivado e assim como os pais, acreditavam que eram de verdade. Os amigos da época de escola também já estavam cientes e alguns com quem ainda mantinham contato até lhes desejaram felicidades. Como foi dito, a mentira nunca parava de crescer.

Izuku gostava de pensar que em algum momento a bola de neve gigante iria derreter assim como a neve da cidade e seria esquecida, ele desejava desesperadamente por isso, embora soubesse que estava longe disso acontecer.

No fim o esverdeado não se mudou, Katsuki alegou que seria estranho para todos caso eles simplesmente começassem a morar em lugares diferentes. Então foi decidido que dividiriam o apartamento até o ''término do noivado"

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-Viu aquela minha gravata azul? 

Katsuki apareceu na cozinha com um de seus típicos ternos de trabalho. Todas as manhãs quando ele saia do quarto tão elegante assim, Izuku precisava segurar a própria respiração para não se perder na tentação. Katsuki era bonito, do tipo de beleza natural e rústica, não precisava de acessórios para ajudá-la. Mas o esverdeado tinha plena certeza de que o terno preto e justo eleva essa beleza toda aos céus. 

Então depois de olhá-lo brevemente ele disse:

-Acho que coloquei na gaveta do seu armário, na segunda, talvez. 

Katsuki concordou e voltou para o quarto. O loiro adorava o quão adorável Izuku era pelas manhãs, de cabelos bagunçados e cara amassada, como um pãozinho recém saído do forno. Midoriya era angelical em todos os seus traços, belo demais para esse mundo e Katsuki tinha medo de um dia precisar encarar a realidade de ter que deixá-lo e então não achar ninguém como ele na terra. Katsuki adorava também o fato de Izuku sempre saber de tudo, até das coisas dele, ele sempre sabia bem e estava ali para amenizar o furacão bagunçado que Katsuki era. 

-Achei!

Ele gritou quando puxou a gravata da gaveta, exatamente onde Izuku disse que estaria. Sorriu em frente ao espelho enquanto a colocava em volta do pescoço.

Ao chegar na cozinha se sentou ao lado de Izuku e eles tomaram café da manhã em silêncio. Até que teve que sair, mas antes, como estava sendo todas as manhãs Izuku agiu. 

-Deixe-me ver.

Katsuki parou, com a maleta do trabalho em uma das mãos e já com os sapatos sociais calçados, perto da porta. Midoriya não precisava ficar na ponta dos pés já que o degrau da entrada o tornava da altura de Katsuki. Ele sorriu quando sentiu o loiro observando seu rosto, os dedos firmes do esverdeado colocavam alguns fios mais rebeldes em seu lugar e depois arrumaram a gravata que ele nunca saberia que era deixada assim de propósito por Katsuki.

Depois da primeira vez que Midoriya se ofereceu para arrumar a gravata, Katsuki passou a sempre deixá-la torta de propósito só para tê-lo pertinho por um tempo e poder observar o rosto da manhã dele.

Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora