Izuku Midoriya após o término:
-Você anda tão sem graça, estou ficando preocupada com você filho.
Minha mãe caminhou pela sala e sentou-se ao meu lado, de imediato me aproveitei desse momento para ter um pouco do carinho de mãe, talvez assim pudesse cicatrizar meu coração partido.
Minha mãe e eu voltamos no mesmo dia após o meu término definitivo com Katsuki para casa, tia Mit e Masaru ficam lá com o loiro, desde então não tive notícias dele já que pedi a minha mãe um tempo. Ela entendeu e mesmo que conversasse todos os dias com seus amigos não insistia em me contar nada.
Embora eu soubesse que se algo grave acontecesse ela me contaria mesmo sob meu pedido.
-Katsuki é alguém importante na minha vida, mãe. Ele sempre foi e sempre será, mas por agora eu tenho que reaprender a só vê-lo como amigo. Não estou morrendo, só sofrendo de amor.
A mulher riu um pouco aliviada, acariciando meus cabelos e me confortando. Eu sorri para ela e fechei meus olhos.
-Você ainda o ama, não é?
-uhum.. E acho que isso nunca irá mudar...
-Sabe, Izu…-Ela começou. - Quando conheci o seu pai eu vivi os dias mais excitantes da minha vida, quando o perdi tudo ficou cinza por tanto tempo que achei que nunca mais veria o sol brilhar de novo. Mas aconteceu, eu voltei a viver minha vida e reconstruir meu coração, não encontrei outro alguém por opção própria e não porque ainda estou apegada às lembranças dele. Você também vai superar, também vai passar por isso, términos não são o fim de tudo. E um dia quando menos esperar outro alguém vai estar batendo à sua porta e vai caber a você deixá-lo entrar ou não.
Minha mãe estava certa. Eu sei que havia tomado a melhor decisão no momento. Eu sabia que se ficássemos juntos acabaríamos machucando um ao outro, em algum momento iríamos brigar e nos odiar outra vez, e eu preferi estar longe do que saber que Katsuki me odeia.
Eu só espero que ele encontre a felicidade.
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Izuku Midoriya recebeu uma proposta, trabalhar do outro lado do mundo. Com a mente cheia e nada realmente o prendendo ao Japão, ele decidiu que era hora de criar asas e construir o seu próprio caminho, sozinho.
Não demorou a aceitar e muito menos a deixar o país.
Ele teve uma festa de despedida no bairro onde cresceu com seus amigos de infância, sua mãe e tios, depois embarcou e não olhou para trás.
Sua vida no Brasil não foi fácil no começo, embora fluente em inglês teve muita dificuldade em se adaptar à cultura e a entender tudo. Conheceu novas pessoas que salvaram sua vida nesse quesito, fez amigos que tinha certeza que queria levar para o resto da vida. Estudou e aprimorou seus talentos, cresceu na carreira e em menos de dois anos deixou de ser um empregado e começou a fazer parte dos centros de conversas dos acionistas.
Aprendeu uma língua nova e se dizia bastante fluente. Jogou vôlei em seus momentos de descanso com jogadores do Japão que estavam treinando no Brasil.
Izuku diria que foram anos que o fizeram crescer.
Sua mãe o ligava todos os dias mesmo com o fuso horário e ele lhe contava todas as novidades, lhe dizendo que voltariam juntos a passeio algum dia.
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Izuku fechou o notebook e alongou o corpo, estalando os dedos logo em seguida, ele olhou para a mesa da cozinha de sua casa, repleta de documentos importantes e de folhas com suas anotações do mesmo jeitinho que fazia quando ainda era adolescente. Ele ouviu o som do forno avisar que seu jantar estava pronto, então se levantou, arrumou o máximo que pode da mesa, depois pegou um prato e serviu de escondidinho de carne que preparou para o almoço e agora foi aquecido para ser sua janta também.
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Take Me Home |BakuDeku| - REESCREVENDO
FanfictionEm uma reviravolta surpreendente, Katsuki e Izuku se veem obrigados a compartilhar o mesmo teto, uma situação imposta por seus pais na esperança de ressuscitar uma amizade que se dissipou. No entanto, o que os mais velhos não sabem é o motivo pelo q...