Lívia Maria Lancaster, está destruída. Acabada.
Depois de longos 15 anos, ela ainda varria para debaixo do tapete suas memórias mais cruéis e angustiantes.
Por fora Lívia era uma mulher de 26 anos independente e com uma boca inteligente.
Por...
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Eu gostaria de começar dizendo que a minha noite se saiu totalmente como o planejado, que meus avós ficaram quietinhos em seus lugares e que mais tarde naquela noite levei a Srta. Tentação para conhecer meu apartamento.
Mas não foi exatamente isso que aconteceu... infelizmente.
Enquanto escutava todo o escândalo que minha irmã resolveu fazer por perceber que agora nossos avós pertenciam ao seu grupo de amigos, por algum motivo eu senti falta dela e foi exatamente isso que me fez a procurar igual um condenado, varrendo meus olhos por todos os cantos daquela boate, até finalmente a encontrar sentada em um dos bancos do bar.
Deixe-me te dizer algo sobre Lívia Lancaster, na cama ela era sexy, gostosa e confiante, mas também era doce e carente ao mesmo tempo. E eu gostava disso!
Meu peito se encosta em seu braço esquerdo enquanto me debruço sobre o balcão do bar.
- Fugindo? - sussurro em seu ouvido a sentindo estremecer logo abaixo de mim, meus olhos se prendem aos seus. - Você é boa nisso!
- Eu sou boa em muitas coisas! - ela diz desviando o seu olhar do meu.
- Por que você tem que fazer com que tudo pareça tão obsceno Lívia?
- Na verdade Harry, acho que você deve ser aquele tipo de cara que pensa em sexo 24 horas por dia. Deveria pensar em procurar um médico, vai que seja alguma doença e você não saiba!
Ela tinha uma boca esperta... eu gosto disso.
- Então... você é veterinária? - péssima pergunta. O olhar que ela me lançou logo em seguida me questionavam mentalmente se eu era burro.
- Considerando o fato que você saiba que eu estudei com a sua irmã na faculdade e que ela fazia o mesmo curso que eu, sim sou veterinária! Mas o que você faz? Quero dizer, quando não está infernizando mulheres em bares alheios? - um pequeno sorriso foi a minha única reação ao seu sarcasmo.
- O que você acha que eu faço?
- Acho que é advogado. Respondendo perguntas com outras perguntas, dando sorrisinhos...
- Eu não sou advogado. Mas você poderia ser. Eu me lembro de ter havido uma pergunta respondida com outra. E isso - faço um gesto em direção a sua boca e tenho a plena certeza que meus olhos escureceram a medida que observava a curva dos seus lábios -, isso é definitivamente, um sorrisinho! - minha voz surge rouca.
Ela riu uma risada sonora e profunda, que vibrou através do meu peito. Seus olhos cintilaram em mim.
- Okay, você até que é bom com as palavras - ela suspira, apertado seus lábios um no outro, como se não quisesse rir mais.
- Eu sou bom em muitas coisas... - copio suas palavras anteriores.
- Em você não brilha! - ela aponta seu dedo indicador em minha direção e semicerra os olhos.
