Capítulo 17

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Após uns momentos ali em silêncio naquele abraço, Draco a olhou.

- O que aconteceu? Eu vi você fechar os olhos e de repente começou a murmurar coisas e eu chamavane não acordava!- ele disse falando rápido preocupado.- Fiquei assustado!

- Desculpa...- murmurou Joana de cabeça baixa com lágrimas nos olhos que recusava a deixar cair.

Então ela contou o que acontecera.
Ela olhou os olhos azuis e viu preocupação neles.

Sentiu Draco apertar o abraço.

- O que interessa é que está bem, eu estou bem... Estamos aqui os dois bem.- ele disse baixinho a deixando mais calma.

Ela respirou fundo.

- Sim, nós estamos bem.- ela concordou sentindo o loiro deixar um beijo na sua testa.

Um pouco depois, eles saíram dali e foram ter com o George, o Lee Jordan e o John. Depois vieram a Millie e a Ginny.

Joana notou que os rostos das duas estavam avermelhados.

Conversavam calmamente quando Mariana e Fred chegam correndo.

- O que é que vocês fizeram?- perguntou logo Joana notando a expressão dos dois.

- Nós?- perguntou Fred parecendo indignado.- Nós não fizemos nada.

- Claro que não! Nós? Acha mesmo?! O quê?- reforçou Mariana apontando para eles os dois.

- Digam logo, não somos idiotas.- brincou George.

Os dois se entreolharam e começaram a falar com uma voz arrastada de falsa inocência.

- Então... Nós estávamos sentados na relva perto de um lado e TALVEZ...- começou Mariana

- Apenas TALVEZ- repetiu Fred.- TALVEZ nós possamos acidentalmente...

- ACIDENTALMENTE ter deixado POR ACASO um dos doces deles cair.- Exclamou Mariana apontando para os gêmeos.

- Pois... E talvez, hipoteticamente um sapo PODE ter aparecido assim do nada.

- E ter POR ACASO comido o doce.- completou Mariana.

- E... ele PODE assim DO NADA... Ter aumentado de tamanho mudando de cor e assustado muita gente.- disse Fred.

- E então nós podemos TALVEZ ter fugido para não pensarem que fomos nós.- concluiu Mariana.

- Mas foram mesmo vocês!- exclamou Draco batendo a mão no rosto suspirando. Estava com certeza se perguntando porque aceitou ir ali com aquela gente.

Todos riram.

- Vocês dois juntos só não acabaram com a escola porque AINDA não tiveram tempo!- disse Millie.

- Hey, hey, se for para acabar com a escola ao menos não me deixem de fora!- reclamou George.

Mais tarde Joana voltou para a comunal dos Gryffindor após se despedir de todos. Como todos ainda estavam em Hogsmeade ela estava vazia... Bem, QUASE vazia.

Ali sentada num dos sofás a ler pacificamente estava Brunna Collins.

Joana se aproximou dela.

- Olá Brunna! Como está?- ela perguntou à amiga.

- Olá Joana. Estou bem e você?- respondeu ela tirando os olhos de seu livro.

- Estou bem também. Vim da festa da Mariana, ela me disse que te tinha convidado, o que aconteceu?

- Ah, bem.... Não estou muito no clima de festas.- Brunna disse encolhendo os ombros.

- Porque não? Aconteceu algo?- Joana perguntou.

- Sim, mais ou menos. Ando com uns problemas com os meus pais. Eles não queriam que eu viesse para Hogwarts. Acham que devia andar numa escola normal e que os três anos anteriores já devem ter sido o suficiente para controlar a magia. - contou ela sem muita emoção.

- Hm.... Tente falar com eles com calma. Lhes explique o quão Hogwarts é importante para a tua magia e para você.- A loira aconselhou.- Tentar que eles entendam que você não é uma garota normal sem magia. Não pode andar numa escola "normal".

- Tenho que falar com eles no Natal. Obrigada.

- De nada, mas e ficou aqui o dia todo?

- Oh, não. Estive com o Blaise Zabini. Sabe aquele menino dos Slytherin?

- Ah, sim conheço.- confirmou Joana sorrindo.

- Ele esteve comigo na maior parte do dia. Acabamos nos encontrando por acaso. É muito simpático.- elogiou Brunna sorrindo também.

- Ainda bem que se deram bem.- ela diz sorrindo.

(...)

Uma semana passou... Os treinos de Quidditch começaram e Joana não podia estar mais feliz, ela adorava. Por outro lado, as aulas estavam se tornando mais difíceis e trabalhadoras do que nunca, particularmente a de Defesa Contra a Magia Negra.

Para surpresa de todos, o professor Moody anunciou que iria pô-los, um de cada vez, sob a Maldição Imperius, para demostrar o seu poder e ver se eles conseguiam resistir aos seus efeitos.

- Mas...mas o Professor disse que era ilegal.- observou Hermione hesitante, quando Moody fez desaparecer as secretárias com um gesto de mão, deixando um grande espaço livre no meio da sala.- O senhor disse que usá-las contra outro humano era...

- O Dumbledore quer que vocês saibam como é.- respondeu Moody, fixando o olhar em Hermione.- Se prefer aprender da pior maneira, quando alguém lançar em você para poder te controlar completamente, por mim tudo bem. Está dispensada.

Mas apesar da sua fala, Hermione não se mexeu.

Moody, começou a chamar os alunos à vez e a colocá-los sob a Maldição. Joana foi observando os colegas um a um, a fazerem as coisas mais extraordinárias sob a influência do professor. Dean percorreu a sala aos saltos três vezes, a cantar o hino nacional. Lavender imitou um esquilo. Neville executou uma série de exercícios de ginástica espantosos de que sem dúvida não teria sido capaz no seu estado natural.

Nem um único pareceu conseguir lutar contra a Maldição. Harry quase conseguiu resistir, demorou imenso para fazer o que o professor queria.

- Frost!- rosnou Moody.- Agora é você.

Joana se deslocou para o meio da sala, para o espaço que Moody indicou. O professor levantou a varinha, a apontou a Joana e disse.

- Imperio

Era uma sensação maravilhosa. Joana se sentia a flutuar.

E, então, ouviu a voz de Moody ecoar numa zona distante do seu cérebro.

Salta para a secretária... salta para a secretária...

Joana não se mexeu.

Salta para a secretária...

Mas porquê? Ela achava a ideia Ridícula, não o queria fazer.

Salta! Já!

Não, ela não o queria fazer e não iria obedecer a ordens como essa. Ficou imóvel fazendo tamanha força mental que ela própria nem sabia que conseguia tal ato.

- Bom, assim está melhor!- Exclamou Moody e de repente Joana se viu novamente na sala de aula.- Olhem para isto! A Frost lutou! Lutou e conseguiu resistir. Muito bem Frost, vamos tentar novamente. E quero tentar novamente contigo também Potter!

Os dois foram atingidos com a Maldição Imperius mais duas vezes. Joana continuou a resistir e Harry só conseguiu resistir à segunda vez.

Após isso foram todos dispensados.

- Da maneira como ele fala,- murmurou Harry a coxear da aula por ter batido com o joelho na mesa ao tentar resistir.- dir-se-ia que vamos todos ser atacados a qualquer momento.

- Nem me fale.- concordou Joana se sentindo cansada.

Não iam ser aulas fáceis.

✩Joana Frost✩ [4]Onde histórias criam vida. Descubra agora