18- De corpo e alma.

12 3 0
                                    

Eu: Éric é você?!

- tome cuidado, não volte a ir atrás de alguém que te rouba.

Ele começou a andar indo embora.

Eu: espera Éric.

Fiz ele parar.

Ele parecia um mendigo, abracei ele e comecei a chorar.

Mas ele parecia estranho, não dizia nada.

- eu te conheço?!- perguntou ele.

Eu: sou eu, Florindo, teu marido.

Éric: estás louco?! Eu não conheço você.

Eu: não te lembras de mim?! Qual é teu nome?!

Éric: não me lembro, me deixe em paz.- disse passando por mim.

Eu: espera.

Desbloqueei o meu celular e fiquei a mostrar fotos nele.

Éric: cara eu não sou esse cara da foto, olha para mim, me deixe em paz.

Eu: você vira comigo.

Éric: não volte a me seguir.

Ele foi andando, eu seguia ele de longe e vi onde ele ficou.

Sentei vigiando ele, o Oliver não parava de ligar para mim.

Éric comprou uma garrafa de wiski e bebeu até cair.

Fui buscar ele, e o levei até uma pensão, dei banho nele, cortei seu cabelo fiz sua barba e algemei ele na cama.

Horas depois ele acorda.

Éric: o que estás a fazer o que você fez?!

Tirei um espelho e mostrei para ele e também mostrei a foto.

Eu: esse é você, meu marido.

Ele parecia perplexo.

Éric: não me lembro de nada.

Eu: se você deixar, eu ajudo você. Mas para isso tens que confiar em mim.

Éric: você mostrou-me fotos, o fato de me mostrar essas fotos, não significa que tenho que confiar, porque tenho que confiar em ti?!

Eu: vou tirar as algemas.

Tirei as algemas nele.

Éric: agora o que?!

Eu: vou te ajudar a lembrar de tudo. Tens que vir comigo, vou te levar para um lugar seguro.

Ele ficou uns segundos calado.

Eu: podes confiar, eu prometo que vais voltar a ser o que eras antes.

Éric: o que eu era antes?!

Eu: um rei.

Éric: tudo bem, vou confiar em ti.

Saímos da pensão, pegamos um ônibus e saímos da cidade, mudamos de cidade, levei ele para uma cabana no meio do nada, no seu lugar favorito.

Só havia árvores e rio.

Ninguém visitava o lugar.

Éric: que lugar é este?!

Eu: era o teu lugar favorito. Fique a vontade.

Éric: gostei. Quanto tempo vamos ficar aqui?!

Eu: vou fazer de tudo para que seja pouco tempo.

Éric: eu gosto daqui, é melhor que morar na rua.

Eu: estou cheio de fome, você quer alguma coisa??

O odeio que semeiasOnde histórias criam vida. Descubra agora