21- Nosso irmão

16 3 0
                                    

Eles nos deixaram a sós.

Eu: o que você quer?!

Aarón: eu te amo, e sei que também me amas.

Eu: para por favor!!! Olha eu estou embriagado e não quero falar nada que possa te machucar. Melhor a gente conversar outro dia.

Deixei ele ali e fui para cara.

Dia seguinte de manhã estava com muita dor de cabeça.

Ícaro: você não nasceu para beber.

Eu: pare de falar besteira.

Daniel: já estamos atrasados.

Ícaro: hoje não vai dar pai, tenho aulas na universidade.

Daniel: tudo bem. Se cuidem, e pede algo na sua tia para tirar a dor de cabeça.

Eu: eu estou bem tio.

Ele foi embora, entrou o Aarón na sala.

Ícaro: vou deixar vocês conversando, além disso já estou atrasado. Fique a vontade Aarón.

Ele foi nos deixando a sós.

Eu: eu estou com muita dor de cabeça.

Aarón: eu te ajudo.

Ele foi fazer algo na cozinha e trouxe para mim.

Eu tomei e parecia vomito.

Eu: ekahhhh!!! O que é isso?!

Aarón: toma tudo, vai te fazer bem.

Eu: ou vais me matar de uma vez.

Aarón: pare de reclamar.

Terminei de beber e a gente ficou uns segundos em silêncio.

Eu: quer dar uma volta?!

Aarón: claro.

Saímos de casa, eu saudava a todos do solar.

Aarón: me lembro que todos aqui te odiavam, ninguém te suportava.

Eu: eu fui bem terrível, te lembras que o Sanches gritava quase todo dia tentando me afastar da sua filha?!

Aarón: bons tempos.

Eu: sim. Mas já passou.

- Ash quer jogar basquete com a gente?!

Eu: precisas aprender mais, vou ganhar de novo, dessa vez vou cobrar.

Paramos olhando um ao outro.

Aarón: até quando vamos adiar o nosso amor?!

Eu: Aarón...

Aarón: eu te amo Ash.- disse segurando em minhas mãos.- eu sei que você me ama, eu posso dar tudo que você quiser.

Eu: Não Aarón, por favor me entenda que não vai dar.

Aarón: isso é por não confiar em ti?! Por ter dito que foi culpa tua a morte do Artur.

Eu: não, eu não quero te machucar, deverias estar viajando e a viver tua vida. Não se prenda a mim por favor!!

Aarón: você ama ele não é?!

Eu: não quero falar sobre isso.

Soltei minha mão e começamos a andar de novo.

Aarón: não podes te prender a alguém que está morto.

Eu: tens toda razão.

Fomos nos sentar na praça.

O odeio que semeiasOnde histórias criam vida. Descubra agora