Oie, meu bolinhos de baunilha! Como vocês estão?
estou mandando finalmente o primeiro capítulo!
Espero que gostem 💙
- comentem pra dinda saber o que estão achando -
•*•
O trecho com algumas baldeações e um pequeno percurso a pé me tomou cinquenta e cinco minutos para chegar no endereço que me foi fornecido. Eu definitivamente odeio transporte público.
Como se era de se esperar, com minha mente ansiosa, eu não havia conseguido dormir muito na noite anterior. O que de certo modo foi bom, já que me ressalvou de um atraso, me fazendo chegar trinta minutos antes do horário agendado. Depois de tantas entrevistas, eu esperava estar em uma melhor situação hoje, até mesmo apliquei uma leve camada de maquiagem em meu rosto e evitei correr durante o percurso a fim de manter-me minimamente apresentável. Mas ainda assim eu sentia minhas mãos suarem e tremerem levemente. Todos os cenários ruins se passando pela minha cabeça. Tudo parecia mais intenso do que das outras vezes, talvez pelo fato de já estar a tanto tempo sem um trabalho e com a possibilidade eminente de ter que voltar para Ohio e ter que lidar com os olhares julgadores que toda cidade pequena tem.
Olhei para cima mais uma vez, observando o edifício imponente a minha frente. As paredes espelhadas refletindo tudo ao redor. O fluxo intenso de pessoas entrando e saindo do lugar. Para que tipo de pessoa eu estou me submetendo a trabalhar?!
Respirando fundo, caminhei a passos lentos para a entrada do prédio, apertando firmemente a bolsa contra meu corpo. Agradecia aos céus por ter chegado com antecedência o suficiente para ter meu surto antes de realmente encarar quem quer que vá realizar minha entrevista.
A sensação de não pertencimento me atingindo em cheio quando olho para a curta fila a minha frente enquanto aguardava atendimento. As pessoas que transitavam por ali exalavam finesse, dinheiro, elegância, superioridade, padrão... todos ali demonstravam encaixar perfeitamente dentro dos padrões determinados pela sociedade. Exceto eu.
Olhei para baixo, analisando minhas roupas. Quando saí de casa, eu estava me sentindo bem, confiante e bem vestida. Mas naquele momento, eu me sentia o próprio patinho feio e sem esperança de ser encontrada pela família.
Suspirei em descontentamento.
Eu já estava aqui, agora tinha que encarar. Eu precisava disso.
Ao entrar no elevador, depois de lidar com o olhar analítico do atendente do térreo, o número dezoito brilhava no visor um pouco acima de minha cabeça, agradeci aos céus estar sozinha e sequei minhas mãos nas laterais de meu sobretudo. Todas as possibilidades de dar tudo errado passavam pelo meu fluxo de pensamentos, procurando constantes soluções até para as hipóteses mais mirabolantes. Meu peito pesava mais a cada minuto.
O piso reluzente refletia meus passos enquanto eu caminhava até a recepção localizada na entrada do andar. Uma mulher loira, com o rosto esguio e um sorriso falso nos lábios me desejou bom dia assim que as portas de vidro se abriram.
- Bom dia. Por favor, tenho uma entrevista agendada às nove. – Incrivelmente falando, minha voz não saiu tremula.
Como se aquela frase fosse repetida com maior frequência com a qual ela gostaria, seus traços firmaram-se suavemente. – Para qual vaga?
- Babá.
- Pode seguir o corredor, terceira entrada à esquerda. – Falou apontando um corredor formado pela área do escritório de um lado e uma parede de vidro do outro.
- Desculpe, qual corredor? Aquele? – Apontei para um corredor à minha direita e pude jurar que a vi revirar os olhos.
- Sim, apenas o siga, haverá alguém para te recepcionar lá. – Falou insistindo em me estender um crachá branco e preto.
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The babysitter
FanficAndrea se vê sem saída quando nada que ela fizesse era o suficiente para resolver seus problemas. Ser babá definitivamente não era algo que estava em seus planos, mas o que ela não esperava era que o emprego fosse capaz de ir além de uma mudança na...