ᴍᴇᴜ ᴘʀᴏғᴇssᴏʀ - 24

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Josh Beauchamp

A semana estava sendo muito difícil, eu sentia que Any estava cada vez mais distante, porém eu estava respeitando o espaço que ela me pediu.

Eu fui um grande imbecil, a machuquei da pior forma. Eu mereço passar por toda a dor, mas eu não queria que ela me afastasse da gravidez, eu queria saber de tudo, sou o pai dessa criança.

Entro em casa depois de um dia de correção de provas e o silêncio me afirma que ela não está em casa.

Tiro minha camisa e jogo minhas coisas no sofá.

Caminho até a cozinha e me surpreendo ao ver Any, ela comia tão concentrada que não notou minha presença.

A bochecha dela estava um pouco sujas de doce e os olhos dela brilhavam pro bolo a sua frente. Sorrio de lado e vou ate a geladeira.

Any nota minha presença, mas faz de conta que não me viu e continua a comer. Me junto a ela na mesa e tomo meu suco.

- Sua formatura é que horas? - puxo assunto e ela me olha rápido.

- Você não foi convidado.

Eu podia dormir sem essa, mas resolvo alfinetar.

- Na verdade sim, sou o orador, irei fazer o discurso, você vai ter que me aturar.

Ela bufa revirando os olhos e volta a comer o bolo. Pego uma fatia na bandeja e ela me olha feio, começo a comer e sinto o olhar dela queimando em mim.

- Esse bolo é meu, eu comprei.

- Não sabia que agora havia restrição aqui, combinamos que não haveria essas confusões por conta de dinheiro.

Respondo o que tínhamos combinado e ela ignora.

- Foda-se, o bolo é meu.

- Se o problema é o dinheiro, eu dou essa merda.

Pego minha carteira e ela levanta rápido da mesa e pega meu prato o jogando no chão.

- Você está maluca?

- Não, você que está, eu te pedi espaço, não quero ficar perto de você, pois toda vez que eu olho pra sua cara, eu lembro daquela cena patética...

- Eu já te pedi perdão, eu realmente me arrependi, não sei que o tenho que fazer pra você me perdoar.

- MORRE!

O grito dela me assusta. Any se apoia na mesa e antes que ela caia no chão, a seguro em meus braços. A respiração dela está desregular e me sento no chão com ela entre minhas pernas.

Any aperta minhas coxas e sopro o pescoço dela.

- Vai passar...

Sussurro lhe dando conforto e ela relaxa em meu peito. Fico alisando o cabelo dela e consigo sentir a respiração dela se normalizando aos poucos.

Any levanta o olhar e a olho com todo o amor que existe em mim.

- Eu te amo e espero que você possa me perdoar.

Any tinha adormecido em meus braços, a levei até a cama do quarto de hóspedes e fiquei a observando em quanto dormia.

Eu nunca irei me perdoar pelo o que fiz.

Sento na cadeira da penteadeira e o corpo pequeno dela abraça o travesseiro.

Eu devia estar ali, devia ser o porto seguro dela, devia ser a pessoa que os seus braços envolvem durante a noite.

ᴍᴇᴜ ᴘʀᴏғᴇssᴏʀ ➳ ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ ᶜᵒⁿᶜˡᵘⁱᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora