Uma Confeitaria

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— Jisung, volta aqui.

— Vou pedir cheio de pimenta, você vai ver.

Os risos de Jisung ecoavam por toda a rua, ele corria como uma criança brincando em um parque enquanto ia em direção das famosas barraquinhas de comida tailandesa. Lee Minho nunca acreditou que poderia achar ele mais bonito que isso, mas com as luzes de Bangkok sobre sua pele e seu sorriso, poderia acreditar em qualquer Deus.

Jisung se aproximou da barraquinha dizendo um Sawadeekrap* tímido e fez pedido de algo que ele nem sabia o que era direito, mas pela foto parecia gostoso -adorava experimentar coisas novas. Sentou no banquinho vermelho simples de plástico e esperava ansioso a mulher com a pele enrugada e velha fazer o seu pedido.

— Fica parado – disse Minho enquanto apontava a câmera para ele.

A cada dia que passava, Minho era completamente mais apaixonado. Amava tirar fotos quando sentia que o amor não cabia mais em seu peito – o tempo todo- e para eternizar os momentos. Era cômodo para Jisung porque ele amava ser seu modelo pessoal, a prova disso era sua galeria que era dividida em duas categorias: Han Jisung e gatos. Por isso, o esquilo esticou umas das pernas e jogou suas costas para trás quase caindo do banquinho para ter uma boa pose; Minho tirou a foto sorrindo por trás da câmera.

— Ei, lembra da primeira vez que eu te vi? - Minho assentiu com a cabeça – Na realidade eu fui falar com você porque eu te achei mais bonito que eu. E naquela época, eu tinha certeza que eu era a pessoa mais linda da JYP.

— Por que isso não me surpreende? – Minho disse rindo e viu a comida chegar pelas mãos da senhora -Deveria ser um tipo de elogio ou você só tinha inveja?

— Eu achava que era inveja, mas na verdade era desejo.

— Poderia ter dito aquilo naquela época, ia poupar muito tempo.

Tomaram um tempo confortável em silêncio para comer, claro que a cada colherada Jisung fazia algum barulho de aprovação ou não, porque diante de Minho ele era a pessoa mais tagarela do mundo.

— Meu bem, esses dias eu vi um vídeo nosso feito pelos fãs.

— Foi bom? – Lee perguntou ainda olhando para seu prato e comendo.

— Fizeram uma análise corporal, Minho. Vamos ser descobertos a qualquer segundo. Essa stay fez uma teoria sobre quando começamos a namorar e pasme, ela estava certa – dizia arregalando os olhos e assentindo com a cabeça.

— Você falou que me amava no Two Kids Room*. Todos já sabem.

— Eu falei que amava leite, não você. Uyu, não you. Você mesmo disse na primeira vez que fomos juntos ao mercado.

— Não acredito que se lembra disso – riu brevemente.

— Claro, foi o nosso primeiro encontro.

— Jisung, a gente foi no mercado- Minho deu uma pausa dramática- Com o Felix.

— Pra mim foi um encontro...

— Precisamos de vários encontros quando voltarmos para casa porque a geladeira vai estar vazia.

Han riu e chutou levemente a perna de Know por baixo da mesa. Seu desejo era tornar tudo aquilo um hábito eterno, mas sabia que ao voltar a Coréia do Sul não poderia sentar na mesinha da rua e conversar abraçado com o namorado, não poderia sequer sair com ele em um parque sem ser filmado e apontado; as vezes a fama não era tão gratificante assim.

Lee Felix pensava na mesma coisa enquanto conversava com umas pessoas que conheceu na área VIP da boate de Bangkok. Como ele conseguiu chegar até lá? Vamos dizer que ele tem uma boa lábia, além de ser uma borboleta social;

The Backstage [minsung]Onde histórias criam vida. Descubra agora