Mesmo Sem Ser Verdade

1.2K 144 161
                                    

Era 03:20 da manhã quando Minho olhou o horário no seu celular, estava vendo tudo meio embaçado como efeito dos shots de tequila de antes. Caminhou meio torto até o parquinho que ficava na parte de trás da casa e foi capaz de encontrar seu namorado sentado em um banco de madeira, sentou-se ao seu lado.

— Oi, esse gostoso tem nome? – Lee disse apertando sua coxa.

— Não quer me chamar pelo seu nome? – Jisung piscou lembrando do famoso filme.

— O que é isso? Fui te ensinar flertar e criei um monstro.

— Meu bem, vou no banheiro. Espera aí.

Han Jisung se levantou quebrando todo clima, deu um beijo molhado na testa de Minho – limpou a testa molhada com cara de nojo- e saiu. Mas, no momento em que seus olhos se depararam com aquela quantidade de pessoas, quase desistiu porque parecia aumentar a cada segundo, dificultou o seu simples trajeto de ir ao banheiro. Acabou esbarrando em um homem estranho no processo.

— Desculpa. Não te vi – Jisung abaixou a cabeça em respeito.

O homem apenas agarrou o moreno pelo braço e disse baixo em seu ouvido:

— Se gritar, morre.

Como estava meio bêbado, não conseguiu observar bem o rosto da pessoa que o puxava com força. Tentou escapar durante a caminhada, mas quando teve consciência da situação, já estava no interior de um carro que ele não conhecia. Começou a suar frio.

— Quem é você? O que quer comigo? – Jisung disse olhando-o amarrar seu braço em algumas cordas velhas.

O homem sombrio manteve-se em silêncio como se não fosse função dele responder as perguntas do sequestrado, apenas vendou o menino e sentou no banco do motorista para dirigir. Han não pensou muito. Como não estava sóbrio, sequer pensou em gritar por ajuda porque teve a certeza de que era apenas uma brincadeira. Em sua cabeça, tudo rodava em uma velocidade lenta e a única informação que recebia de seus neurônios era esvaziar sua bexiga.

— Eu estou sendo sequestrado, é isso? – concluiu depois de alguns minutos vendado e amarrado- Amigo, eu não posso ser sequestrado, você já viu meu namorado? Ele é doido, ele te mata com um olhar.

Ele poderia ter falado muito mais sobre os olhares afiados do famoso Lee Know, mas decidiu usar o resto de sanidade e ficar em silêncio para ao menos sentir a direção do carro.

— Sério, me leva de volta. Avisa o Wooyoung que acabou a brincadeira. Não é engraçado.

Finalmente, havia começado a ficar nervoso ao perceber que não estava sendo respondido. Seu celular estava no bolso de trás da calça de Minho, então não tinha sequer uma solução, uma faca para cortar a corda ou uma resposta do motorista. De repente, sentiu o carro parar o jogando um pouco para frente.

— Desça.

O homem desamarrou os pés e retirou a venda, apenas deixando suas mãos atadas. Seus olhos doeram um pouco com as luzes do jardim de uma mansão branca jamais vista por ele. Observou o velho nojento sair da enorme porta principal e entendeu o que estava acontecendo, sentiu a adrenalina se instaurar e ficou um pouco mais sóbrio.

Park Hyunbin sentiu um profundo êxtase quando seus olhos se encontraram com o menino naquela situação. Por isso, andou poeticamente até ele que estava amarrado em pé ao lado do carro onde acabara de sair, ou melhor, ser puxado para fora.

— Parece que quem acabou com as mãos atadas foi você, não é mesmo? – disse sarcástico relembrando o que Jisung disse no primeiro encontro sobre as algemas.

The Backstage [minsung]Onde histórias criam vida. Descubra agora