⊰❉⊱ Capítulo 9 ⊰❉⊱

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⊰❉⊱ Eduardo (Dudu) ⊰❉⊱

Acordar em lugares macios havia se tornado um pequeno hábito na minha nova rotina, mesmo que eu nem faça ideia de como surgiu. Lembro vagamente que estava entretido olhando a paisagem pela janela do trem, depois lanchei e brinquei com Atum até que dei uma soneca e acordei no quarto totalmente estranho e sozinho.

— Mãe? Pai? - chamo por eles, temendo estar sozinho naquela cama até então desconhecida, ainda usava as roupas de ontem, então fui apenas posto nela e nada tinha acontecido - Mamãe? - chamo de novo, saindo dela sem nem mesmo ter sinal de Atum que uma hora dessas estaria em cima de mim.

Abro a porta do quarto com cautela, podendo escutar a voz da Celine Dion ecoar de forma baixa pelo corredor que levava até uma escada. Resolvo sair, observando que o quarto de onde saí era o primeiro do corredor onde existiam mais três portas. Sendo uma em frente à minha e as outras duas também de frente, mas de forma desalinhada, além das cores serem diferentes...

Não era hora para isso! Precisava achar meus pais.

Isso me lembra os velhos tempos... - ouço a voz de papai assim que começo a descer as escadas, além de sentir um cheiro muito bom de comida vindo de algum lugar se espalhando pela casa inteira.

O que significava que nada grave tinha acontecido enquanto dormia.

Ou que tivesse sido sequestrado de verdade e eles capturados.

Para com isso, John! Irei queimar as panquecas - escuto mamãe reclamando deixando uma risadinha escapar, me deixando mais aliviado em escutar a risada dos dois assim que a música termina, deixando a casa em silêncio novamente. Atum logo apareceu quando terminei de descer as escadas, me fazendo ir pegá-lo no sofá do que parecia ser a sala que era enorme.

— Senti sua falta, nanico - falo com Atum, esfregando meu rosto no seu, escutando seu ronronar seguido de um miado fino muito fofo.

— Olha quem acordou! - papai fala, me fazendo virar em sua direção, visto que estava de costas para a cozinha, onde os dois estavam sorridentes na beira do fogão, com papai abraçando a cintura de mamãe que fazia as panquecas com agilidade - já ia chamar você, filho. - Se solta dela, vindo bagunçar meus cabelos e fazer o mesmo nos pelos de Atum, que adorava um carinho.

— Quando chegamos? - questiono confuso, indo até a bancada com meu gato em mãos, ainda observando os dois que se movimentavam, familiarizados com a cozinha totalmente diferente da nossa antiga.

Coloco atum no chão antes de coçar meus olhos com a ponta do moletom para espantar o que ainda sobrava de sono e tirar a remela seca do olho.

— Ontem à noite, mas você estava cansado e te colocamos no quarto de hóspedes para dormir, achamos melhor do que te acordar à toa - mamãe explica enquanto papai colocava pratos em cima da bancada, me mandando sentar para tomar café - agora iremos comer, aí mostraremos a casa para você. — Sorri ainda mais radiante, até mesmo de uma forma que nunca tinha visto em toda minha vida.

— Depois, você vai escovar os dentes e nos ajudar a desempacotar o restante da nossa mudança - papai informa, passando por mim, deixando um beijo em minha testa. Depois, bagunçou meus cabelos de novo, me fazendo concordar.

Olhando de longe, não nos parecemos em nada com as pessoas de dias atrás, isso chegava a me assustar um pouco, eram muitas mudanças para assimilar de uma única vez.

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