Humanos... humanos são obcecados com o sobrenatural. Na verdade, humanos são obcecados com tudo aquilo que está acima da mera vida chata e mortal deles.
Vocês - e por vocês eu estou incluindo você que está lendo isso agora, leitor - não perdem a opo...
N/A: OI! (escondo a cara) GENTE, acho que nunca demorei tanto pra atualizar! Mas também, pudera: DESPIROQUEI esses dias, morreu gente na minha família, ansiedade subiu aos céus enquanto o ânimo desceu ao inferno fazendo quadradinho.... muito louca a coisa toda. ENFIM, aqui só quero dizer que:
Pet Sematary é uma fic que necessita reler pra pegar tudo o que tento passar nas entrelinhas, e eu só fui perceber hoje após um papo muito legal com a @Agtha_Lis, que aliás mandou um recadinho: voltem ao capítulo 1 e lembrem de quem Sakura era e o que ela queria!!!!
É ISSO! OUÇAM ESSA BETA MARAVILHOSA.
Acho que cabe um ALERTA DE GATILHO aqui. A fic em si trata de consentimento (um dos pontos principais), e acho que isso tá muito forte nesse capítulo em especial. Então, aqui alerto o desconforto que a Sakura sente ao se sentir violada. É desconfortável e pode ser gatilho. Fora toda a violência, ok?! Então: CONTEÚDO SENSÍVEL NO CAPÍTULO!
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No chão, ainda apoiada contra a parede, Haruno Sakura ficou presa em sua própria angústia por horas.
Ela ficou encarando a madeira à sua frente, mas sem realmente a ver; o conflito interno que enfrentava era tamanho, como se estivesse lidando com duas personalidades muito distintas que procuravam tomar controle de sua mente, de suas ações. Uma se sentia abatida, humilhada; queria vingança, mas não por suas próprias mãos... queria que alguém o fizesse, mas queria mais apenas esquecer tudo isso e seguir em frente em sua... nova vida. Já a outra queria sangue; queria sim vingança por suas próprias mãos. Ela queria tomar o sangue daquele que ousou mudar todo o seu destino como se não fosse nada. Esse lado não queria raciocinar; esse lado queria morte. Queria dor. Queria provocar sofrimento em quem quer que fosse que entrasse em seu caminho; inocente ou não.
Apertando — mais ainda — seus joelhos magros contra seu torso, ela se perguntava se definharia até a morte caso ficasse ali, sentada naquele porão para sempre. Se considerava covarde demais para ficar parada no sol até virar pó, e se considerava medrosa demais para procurar Hatake Kakashi e pedi-lo para que a matasse.
Vingança. Rá! Pobre mulher. Mal conseguiu tomar conta de si mesma nessas poucas horas de uma nova vida. Fala sério, ela quase deixou de existir duas vezes em menos de uma hora e, em um canto de sua mente, havia aquela falsa sensação de poder. De que conseguiria se quisesse. Conseguiria a própria morte, essa é a verdade.
Agora que conseguia pensar com certa clareza, Haruno Sakura se autoflagelava internamente por não ter conseguido controlar o seu... seja-lá-o-que que Hatake Kakashi disse que ela tinha. Céus! A coitada teve a sorte (?) de encontrar uma outra pessoa igual a ela, aparentemente mais experiente, e a irrita a ponto de ser colocada, literalmente, contra a parede e abandonada. Novamente.
Era tão insignificante assim?
Ela, sinceramente, não queria saber a resposta óbvia para isso.
