O cheiro forte da fumaça, queimava o nariz de Kara enquanto ela arrastava o primo, um ano mais novo, para fora da mansão dos El. - CORRA CLARK BUSQUE AJUDA - Gritava a pequena garota, tapando o rosto com a manga chamuscada de seu vestido.
As memórias daquela noite nunca foram tão claras, os El estavam sendo anfitriões de uma grande festa de caridade quando repentinamente o fogo surgiu, não se sabia de onde, mas a rapidez preocupante com a qual ele havia se espalhado, causou pânico em todos, tanto que por um momento, a pequena loira temeu por sua vida, não porquê poderia ter aspirado a fumaça, mas porque adultos e adolescentes muito maiores do que ela empurravam e pisavam em tudo sem se importar com aqueles que poderiam machucar fazendo isso.
Kara olhou em volta, em busca da mãe ou do pai em meio as pessoas que estavam ali, mas não conseguia encontrá-los, no desespero e tapando novamente o rosto, Kara correu em direção as chamas, indo contra os protestos daqueles que haviam se salvado do incêndio. Ela precisava encontrá-los, ela precisava.
–MAMÃE, PAPAI - Gritou, ainda que a manga de seu vestido abafasse o som de sua voz - KARA SAIA DAQUI - ouviu a mãe gritar de outro cômodo, imaginou ser a sala, por isso, suas pequenas pernas a levaram para lá, quem dera não tivessem o feito.
Antes que ela pudesse alcançar Allura, sua amada mãe, parte do teto despencou sobre a mulher, que tentava ajudar o marido e naquele instante, com lágrimas em seus cristalinos olhos azuis, Kara presenciou quando a vida deixou os corpos de ambos os seus pais.
–Moça - Kara ouviu distante, quase como um eco. - Moça - Dessa vez alguém tocou seu ombro, a fazendo acordar repentinamente, olhando para quem a chamava, a imagem a sua frente um tanto embaçada devido a claridade. - Chegamos a estação final. - Disse o funcionário do trem, a loira assentiu brevemente. - Obrigada - Agradeceu com um sorriso simpático e buscou a carteira para dar uma gorjeta ao rapaz, observando que o trem já estava completamente vazio.
Deu uma nota de cinco dólares para ele, que não parecia ter mais do que uns dezesseis anos e foi atrás de recuperar sua bagagem antes de finalmente descer do trem, e procurando com o olhar, não demorou a encontrar a imagem de seu primo, Clark, que lhe acenava alegremente. Ao mesmo tempo que um calor e uma grande dor preenchiam seu peito, Kara pôde concluir: ela havia chegado a Smallville.
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Emerald Eyes | Supercorp G!P
FanfictionJaneiro de 1975, hits como The Way We Were e Jolene tocam em todas as rádios e marcam a chegada da forasteira Kara Danvers na pequena cidade de Smallville, pensando que apenas passaria alguns poucos dias ajudando seu primo Clark e sua esposa Lois a...