6- O caminho do jovem Quin-sanrá

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Só lembrando que a parte legal do watt é a interação dos comentários e as piadas. Quanto mais comentar e observações, mais eu tenho vontade de voltar aqui. Mas sigo na força do ódio mesmo.
Vamos para essa nova aventurinha.

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Não fique tão nervosa sobre ela vir ou não. Ela virá

‘Eu não tenho certeza, tá legal?! hupf isso é tudo muito novo. Eu… eu não sei o que esperar.’ 

Eu vou estar ao seu lado todo tempo, Billie.

‘Claro! eu nem sei se você é real.’ 

Rue-Una se calou. Sua presença se afastou da minha cabeça e  a sensação de ter alguém se foi. 

Estava em uma cafeteria movimentada. Era de tarde e , devido ao inverno e  neve, as pessoas se encontravam mais em ambientes fechados que servissem bebidas quentes e  atividades divertidas em salas. 

Estive com essa ansiedade desde que Rue apareceu e  agora, ela só aumenta pelo possivel encontro que me dará respostas. Acho que vomitei no caminho para cá e  estou segurando firme o muffin e o chá quente no estômago. Minha perna estava em um sobe e  desce nervoso e  compulsivo e já lavei meu rosto duas ou três vezes em uma hora. 

O sino da porta toca e eu diria que somente eu e  mais uma garçonete ouvira, já que as vozes cobriam a maioria dos sons miúdos. Era Camila. Tinha um cachecol e  gorro, retirou as luvas e  me procurou com o olhar. Seu cheiro de flores e  campo silvestre se espalhou, mas eu apostaria que eram apenas os meus sentidos mais aguçados. Eles estavam um horror. 

- Billie! - me mandou um de seus sorrisos - hey, que bom que ligou. Com licença. 

E  sentou-se a minha frente, terminou de tirar o gorro e o cachecol. 

- Oi, Camila. Que bom que veio. Eu… eu não sabia mais para quem ligar. 

- Imagino. Você me falou de algumas coisas estranhas e alucinações, quando nos falamos pelo telefone. Quer conversar sobre isso? 

Ela foi direto ao ponto, porém parecia muito compreensiva. Aposto que ela sabia que eu iria enrolar e  andar em círculos com a conversa. 

-Camila, eu não sei se estou perdendo a cabeça. Aquele dia, nos parque, que Lauren e  você me encontram, eu parecia… alguma coisa muito louca aconteceu, algo que não poderia ser real. - minha respiração acelerou - tinha garras… e  pêlos… eu já não sei o que é real, Camila. 

Passei as mãos pela cabeça, sentido as pontas das unhas quase me ferirem. 

Olhei minha mãos: veias e  unhas enormes. 

Escondi no colo. 

Olhei em pânico para Camila, eu estava sem ar e  sem força para correr ou me defender. 

Seus olhos castanhos não foram nada mais do que dóceis e quentes, como se eu não fosse algo assustador e  incomum. Ela estendeu a mão por cima da mesa com a palma para cima. Era um sinal para eu segurar sua mão. 

Com exitação, tiro minha mão de seu esconderijo seguro. 

A bela segura a mão de uma fera. 

-Tudo foi real, Billie. E  não há nada de errado com você. Pois, há mais coisas entre o céu e  a terra que os humanos compreendam. 

-Eu não estou louca. - minha voz sai na falta de fôlego e no tremor do alívio - eu não… eu sou real. 

Desventuras Lupinas G!POnde histórias criam vida. Descubra agora